Vasco

Vasco

domingo, 15 de março de 2020

ALMIRANTE NÃO ESCOLHE COR DE CAMISA

Pernambucano, brazuca e kinzemarcista
           Reprodução (E) de capa de livro
 O 15 de março, politicamente, é data incorreto na história brasileira. Nele, em 1789, Joaquim Silvério dos Reis entregava carta-denúncia contra os inconfidentes mineiros.
De outra parte, quase dois séculos depois, o Club de Regatas Vasco da Gama deixava de ser sediado em república de estados unidos, para ser de república federativa-1967.
 Passados mais oito temporadas, deixava de ser guanabaraino, para ficar sendo do Rio de Janeiro, que passara por fusão com a Guanabara-1975.
Mais 10 temporadas se foram e os torcerdores vascaínos viam o Brasil empossar José Sarney como o seu primeiro presidente civil, após 21 anos de ditadura miliar.
A data registra os nascimentos do maior sociólogo brazuca, Gilberto Freyre, que viveu entre 1900 a  1987, e do gande botânico norte-americano Liberty Hyde Bailey (1858 a 1954).
Entre os atletas vascaínos, desembarcaram no planeta dois grandes atacantes: 1971 – Euller Filho do Vento;  1972 - Valdir Bigode. Leia abaixo sobre as passagens deles pela Rua Geral Almério de Moura. Combinado?

BOLA QUE ROLA - No futebol, os 15 de março tiveram três confrontos cruzmaltinos contra times com uniformes em preto e branco. Se bem que o Santos FC considera o Vasco, também, um alvinegro. Tanto que o convidou para a sua Semana Alvinegra, na década-1940. Adversários alvirrubros, rubro-verdes celestes também estão no caderninho.  

VASCO 3 X 0 BOTAFOGO-RJ - O time da estrela solitária, em uma quinta-feira, foi o primeiro alvinegro batido nos 15 do 3, valendo pelo Torneio Relâmpago-1944 e por 3 x 0 ecrito no placar do etádio das Laranjeiras. O prélio, apitado por  Durval Caldeira, teve gols por Djalma (39 min) e Chico (42 e 75), e o treinador Ondino Viera escalando: Yustrich, Zago e Rafagnelli; Alfredo II, Ely e Argemiro; Djalma, Lelé, Isaias, Jair e Chico.
Treinador uruguaio Ondino Viera (C)
 reproduzido da revista  Esporte Ilustrado

VASCO 3 X 1 BOTAFOGO-PB - Este  foi vencido em tarde de uma quarta-feira, em João Pessoa, no jogo de ida pela segunda  fase da Copa do Brasil-2000, no Estádio Almeidão, em partida assistida por 3.399 pagantes. 

 Romildo Corrêa-SP apitou a peixeirada no bucho dos paraibanos, com cravadas a cargo de Edmudo (28 min);  Dedé (85), e Paulo Miranda (90). 
Treinado por Abel Braga, a formação mostrou:  Hélton; Paulo Miranda, Odvan, Alexandre Torres e Felipe; Amaral, Nasa e Alex Oliveira (Helder); Pedrinho (Marica), Edmundo e Viola (Dedé).

VASCO 3 X 0 AMÉRICA-RJ - Até a década de 1970, o Diabo Rubro ainda foi considerado um dos grandes cariocas. A partir dali entrou em queda livre. Por exemplo, em 15 de março de 1993, nem teve como oferecer resistência aos vascaínos. Foi batido pelos gols de Valdir Bigode (67 min) e de William (76 e 84). Naquele dia, uma segunda-feira, o técnico Joel Santana escreveu mais uma vitória vascaína em seu currículo, valendo pela Taça  Guanabara do Estadual-1993, no Maracanã. O antigo clássico foi assistido por 4.084 pagantes, apitado por Daniel Pomeroy e teve a Turma da Colina armado assim: Carlos Germano; Pimentel, Jorge Luís, Tinho e Cássio; Sidnei (Geovani) Leandro Ávila, Wiliam e Carlos Alberto Dias; Valdir e Bismarck (Vitor).

VASCO 2 X 1 PALESTRA ITÁLIA-SP - Este mudou de nome e teve vários distintivos até ser Palmeiras. Desde 28 de setembro de 1924 - era branco verde e vermelho no escudo - , quando o duelo começou (amistosamente). Até 28 de agosto de 1940, foram 23 confrontos, com o Almirante consguindo cinco vitórias e 12 empates. Na fase Sociedade Esportiva Palmeiras, o pega vem de 14 de fevereiro de 1943. Em 15 de março de 1992,  os 2 x 1 vascaínos foram no antigo paulistano Parque Antarctica, pelo Campeonato Brasileiro, diante de 21.457 pagantes e com gols marcados por Bebeto (17 e 30 min). Com apitos por Márcio Rezende de Freitas-SC e time treinado por Nelsinho Rosa, o Vasco foi: Regis; Luis Carlos Winck, Jorge Luís, Alexandre Torres e Eduardo (Cássio); Luisinho, William e Flávio; Edmundo, Bismarck e Bebeto.

VASCO 2 X 1 CRUZEIRO valeu pela Taça Libertadores-1999, em  São Januário, apitado por Carlos Eugênio Simon e assistido por  16.347 pagantes. Foi vitória de virada, com  Luizão empatando (27 min) e Donizete Pantera (56) na rede. O time era dirigido por Antônio Lopes, que escalou: Carlos Germano, Maricá (Vítor), Géder, Mauro Galvão, Felipe, Nélson (Válber), Nasa, Vagner (Fabrício Eduardo), Pedrinho, Donizete e Luizão.
                                                 
                                        FERAS VELINHANTES

Reprodução de www.paixaodagama.blogspot.com - agradecimento
Euller Elias de Carvalho, para os locutores esportivos, era o Filho do Vento, por ser um atacante muito veloz. 
Nascido, em 1971, na mineira Felixlândia, defendeu o Vasco da Gama, de 2000 a 2001, sendo considerado por Romário “o jogador mais importante do time”, principalmente, porque dele recebia lançamentos que terminavam com bola na rede.
De sua parte, em 83 jogos vascaínos, Euller  mandou 28 bolas na caçapa. Foi campeão, em 2000, do Campeonato Brasileiro e da Copa Mercosul, e, em 2001, da Taça Rio.  
Foi como membro da Turma da Colina que Euller chegou à Seleção Brasileira. Disputou sete jogos e marcou três gols, um deles no 8 de outubro de 2000, quando os canarinhos mandaram 6 x 0 Venezuela, pelas Eliminatórias da Copa do Mundo, na colombiana Maracaibo - e todos os gols foram vasccaínos –  Romário (4), Juninho Pernbambucano e Juninho Paulista completaram o placar.

Reprodução de wwwsupervasco.com - agradecimento
Valdir de Morais Filho é o Valdir Bigode, por cusa de um bigodinho que sempre usou. Carioca, chegante em 1972, destascou-se na Taça São Paulo Júnior-1992, quando o Vasco da Gama conquistou seu único título das mais importante disputa nacional da categoria. Profissionalizou-se, na mesma temporada, e teve duas duas passagens pela Colina: 1992 a 1994 e de 2002 a 2004, totalizando  226 partidas.
Valdir foi o principal artilheiro dos Estaduais-RJ-1993 e 2004 e é o 11º da história do Vasco da Gama, com 144 na caçapa. 
Com a jaqueta colineira, tem estes títulos, como matador a mando do Almirante: 1991 - Torneio de Verão Jose de Trujillo; 1992 – Taça São Paulo de Futebol (Júnior); 1993; Troféus Cidades de Barceloona e de Zaragoza-ESP-1993 e, também, Torneio João Havelange-RJ-SP; Campeonato Estadual-RJ-1992/1993/1994 e 2003; Taça Guanabara-1992, 1994 e 2003; Taça Rio-1992/1993, 2003/2004. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário