Vasco

Vasco

domingo, 6 de agosto de 2017

OS XEFIFES DA COLINA - ANANIAS - 12

Foto reproduzida da
 Revista do Esporte
Com Ananias não tinha conversa. Embora fosse um católico que sempre “batesse um papinho” com São Roque, o seu santo protetor, principalmente nos instantes que antecediam a sua entrada em campo, quando pedia uma ajudinha para ser o dono da área, ele chegava junto, sem olhar pra cara de quem. Nem o “Rei Pelé” escapou de levar uns tapas dele.
Aconteceu na noite de 8 de dezembro de 1965, na finalíssima da Taça Brasil, no Maracanã, quando a polícia teve de entrar em campo para acabar com a bagunça que rolava. Claro que Ananias e Pelé foram convidados a se retirarem do recinto, pelo árbitro Armando Marques, mas desaforos ele não levava para o vestiário –  o time em que Ananias jogou no dia em que saiu no tapa com o "Rei" teve: Gainete; Joel Felício, Caxias e Oldair Barchi; Maranhão, Nivaldo (Luisinho Goiano) e Danilo Menezes; Mário 'Tilico", Célio Taveira e Zezinho.
O carioca Ananias Cruz, nascido em 13 de setembro de 1938,  formou parcerias na Colina com Brito e Caxias. Embora fosse zagueiro, sabia jogar, também, como lateral e volante. Cria do Bangu da década-1950, ele foi levado para aquele clube pelo maior jogador brasileiro pré-Pelé, o  “Mestre Ziza”, isto é, Thomaz Soares da Silva, o Zizinho, o craque da Copa do Mundo -1950.
Na época em que tornou-se um banguense, Ananias tinha oito de idade e foi integrado ao time infanto-juvenil. Para os padrões físicos dos  zagueiros brasileiros de sua época, ele tinha estatura que não comprometia o seu jogo aéreo: 1m72cm. Mantinha o peso de 67 quilos e encarava os marcadores usando chuteiras de número 41. Muitos atacantes o consideravam um “xerifão” violento.  



 

Nenhum comentário:

Postar um comentário