Vasco

Vasco

sexta-feira, 30 de junho de 2023

FERAS DA COLINA - MARCELO VITA

19.02.1984 - Vasco da Gama 9 X 0 Tuna Luso-PA – maior goleada cruzmaltina em Campeonatos Brasileiros, só inferior a Corinthians 10 x 1 Tiradentes-PI. O adversário, campeã estadual-1983, é da mesma família lusitana, por ter sido fundado por portugueses, usar faixa em diagonal e a Cruz de Cristo em seu uniforme verde-e-branco.

A goleada fez parte do primeira fase da Taça de Ouro, espécie de elite do torneio, e rolou em São Januário, tendo por um dos destaques o atacante Marcelo Vita, marcando três tentos. Ele substituiu Roberto Dinamite, que estava com dores lombaresm, e seus três gols saíram aos 8, 9 e 29 minutos do segundo tempo.  Logo, naquele prélio ele foi "triredeiro", pintou com três peixes na rede paraense. Um autêntico "The Sting", um ferrão malvadaço.

               REPRODUÇÃO DE WWW.YOUTUB. COM

Marcelo Gonçalves Vita, nascido no bairro da Mooca, em São Paulo, no 19 de fevereiro de 1963, era habilidoso e oportunista. Começou a carreira nas categorias de base do Radium, de sua cidade, em 1979, e profissionalizou-se em 1980. A seguir, defendeu o Guarani de Campinas-SP e integrou a Seleção Brasileira Sub-20 que disputou a Copa do Mundo da Austrália, quando o Brasil fez 1 x 1 Romênia;  1 x 0 Itália;  3 x 0 Coreia do Sul e 2 x 3 Katar, sendo elimiando nas quartas-de-final. Na mesma temporada, ficou campeão da Taça de Prata (Série B do Brasileiro da época), marcando um gol na final contra o Anapolina-GO. Em 1983, o Vasco da Gama o levou e, em 1984, o negociou, com a italiana Udinese.

 Em 1973, Marcelo Vita disputou 17 partidas e marcou sete gols vascaínos. Em 1984, em 33 prélios, fez 13, totalizando 50 pugnas e 20 bolas no filó. A suas estréia vascaína foi em 31 de julho de 1983, diante der 25.803 pagantes, no Maracanã, em Vasco 1 x 2 América-RJ, pelo Estadual-RJ. Dirigido por Carlos Alberto Zanatta, substituiu Roberto Dinamite, no segundo tempo. O seu primeiro gol para a Turma da Colina saiu em 14 de agosto daquele mesmo 1983, em Vasco da Gama 3 x 1 Moza-ITA, amistosamente, no Estádio Comunale, em Monza.

 Quanto a Vasco da Gama 9 x 0 Tuna Luso em que ele excedeu, rolou em uma tarde de domingo, apitado por Roque José Gallas-RS. O público foi de 12.855 pagantes e a renda chegou a Cr$ 21.007.000,00. O técnico Edu Coimbra mandou este Vasco à cancha: Acácio (Roberto Costa); Edevaldo, Daniel González, Nenê e Aírton; Pires, Geovani e Arthurzinho; Jussiê, Marcelo Vita e Marquinho (Claúdio José).

   


        

quinta-feira, 29 de junho de 2023

VASCO, DOCE VASCO DOS APELIDADINHOS

 Cocada, Picolé e Pirulito! Qual criança não pularia em cima de uma corrocinha que transportasse geladinhos e de um tabuleiro com docinhos? Em São Januário, no entanto, eles entraram com o gosto de apelidos de dois atacantes e um de defensor. Vamos até eles?

 Cocada, isto é, Luís Edmundo Lucas Correia, quando menino, era louco pela cocada preparada pela vizinha Anita. Não deu outra: a molecada do Lar do Trabalhador, bairro da sul-mato-grossense Campo Grande, rapidão, o apelidou pelo nome do seu doce predileto. Jogou as suas peladas no meio da rua e, aos 13 de idade, foi convidado a reforçar o São Bento, time amador da cidade, rolando uma bolinha legal que mereceu convite, do treinador Carlo Castilho (ex-goleiro do Fluminense e campeão mundial-1958, na Suécia) para mostrar o seu veneno com a camisas do Operário. Era 1978, quando elea começou a aparecer no time alvinegro de Campo Grande-MS.


                         Cocada reproduzido de álbum de figurinhas 


 Em 1983, o Cocada já estava no Flamengo, Estreou marcando dois tentos sobre o amazonense Rio Negro, de Manaus, mas não foi muito longe como rubro-negro. Quando o treinador rubro-negro era Carlinhos "Violino" Nunes este o dispensou, para o rapazinho cheio de sonhos ciganar por Guarani, de Campinas-SP, Santa Cruz-PE e Americano, de Campos-RJ. Depois, atravessou o Atlântico e foi  viver o português Farense, do qual o Vasco da Gama o repatriou para ser o reserva do lateral-direito gaúcho Paulo Roberto Curtis.

 Cocada teve a sua maior glória durante a noite de 22 de junho de 1988, quando o Almirante decidia o título estadual-RJ, com o Flamengo, no Maracanã, assistido por 31.816 pagantes. pagantes. Entrou em campo, aos 41 minutos, marcou gol, aos 44, e foi expulso, aos 45. Após bateer e,com 1 x 0, ar o caneco da temproada ao Almira, ele correu para o banco dos reservas flamenguistas e atirou a sua camisa na direção de Carlinhos. Provocou tremendo rebu no gramado, com jogadores dos dois times saindo no tapa e o árbitro Aloísio Viug expulsando só Romário e Renato "Gaúcho" Portaluppi, além dele, Cocada, evidentemente.

Mesmo com aquele serviço prestado ao Almirante, este, também, o mandou embora - em 1989. Depopis, passou por mais quatro times e encerrou a carreira, em 1992.    

    Picolé em montagem sobre foto da Revista do Esporte
  

Picolé foi registrado, civilmente, por José Geraldo de Camargo. Viveu por 68  temporadas, até 2007, tendo feito o nome como goleador do paulista São Bento, de Sorocaba, para o qual voltou pra encerrar a carreira. Passou, também, por outros times paulistas - São José, de Cerquilho, Comercial, de Tietê, Palmeiras e XV de Piracicaba. Pelo Vasco da Gama, foi campeão do Torneio Rio-São Paulo-1966, nas disputou poucos jogos com a jaqueta da Turma da Colina, o que lhe deixaram só com duas visitas às redes - contra a Portuguesa de Desportos e o Atlético-MG. Depois de pendurar as chuteiras, estudou Direito e foi aprovado em concurso público para delegado da Polícia Civil de São Paulo. 

 Enquanto o Picolé derreteu no ataque cruzmalino e o Cocada engasgou a garganta do Almira, um outro atleta que adocicou o paladar da galera vascaína foi o apelidado Pirulito, mais precisamente,  Francisco Carlos Ferreira da Silva, nascido em 5 de agosto de 1954, na mineira Conselheiro Lafaiete, a terra do famoso Fio Maravilha. Mas só vascainou durante parte de partida em que o Vasco da Gama levou 0 x 2 Flamengo, em 15 de agosto de 1976, diante de 13.188 pagantes, pelo terceiro turno do Campeonato Carioca, no Maracanã, dirigido por Paulo Emilio, que escalou: Mazaropi; Gaúcho, Argeu, Marcelo e Gílson Paulino (Toninho); Luis Augusto, Helinho e Zé Roberto (Pirulito); Luís Fumanchu, Jair Pereira e Galdino.   

Pirulito por Pirulito, o Vasco da Gama já teve, também, o centroavante Nílson Pirulito, que perdeu o palito depois de ficara famoso como artilheiro dos gaúchos  Grêmio e do Internacional. Natural da paulista  Santa Rita do Passa Quatro - nasceu no 19 de novembro de 1965 - Nilson Esídio esteave vascaíno pela temporada-1996 e o apelido  foi por ter biotipo compridão, sendo alto - 1m88cm - e magro. Entre 1983 e 2005, ciganou por 27 times, alguns do exterior.  Pela Turma da Colina, disputou 23 partidas e marcou cinco gols.

 

 

quarta-feira, 28 de junho de 2023

TUDO MUITO IGUAL NA ESQUINA DA COLINA

  O Almirante colocou dois times em campo? Parece! As camisass são iguais, com faixas em diagonal. O retrato é de Vasco 0 x 0 Ponte Preta, que tem jaqueta igual à vascaína, exceto a Cruz de Cristo.   

Diego Renan (D) ajeitou bem a pelota, mas não deu para encaçapaa-la,
oto reproduzida de www.vasco.com.br.
Naquele dia, um sábado, os dois times de roupas muito "paricididas" ficaram no chamado oxo no placar e valeu pela Segundona do Brasileirão, com a maricota rolando no Estádio Moisés Lucarelli, na paulistíssima Campinas, Apenas 3.622 pagantes compareceram ao prélio entre o Bacalhau e a Macaca, coim o time vascaino comandado pelo treinador Adílson Batista e formando com:Martín Silva; Carlos Cesar (André Rocha), Douglas Silva, Luan e Diego Renan; Aranda, Guiñazu, Fabrício e Douglas (Rafael Silva); Thalles (Edmilson) e Kleber.

terça-feira, 27 de junho de 2023

DULCE, UMA LINDA ROSA NA COLINA-1

 Já imaginou alguém que ficaria feliz se tivesse morrido? Pois este alguém existiu. E afirmou à revista Grandes Clubes, em 1971: “...morreria feliz, pois teria sido pelo Vasco (da Gama)”.

Convenhamos: só mesmo torcedor mais do que fanática garantiria aquilo. Mas nada de extraordinário em se tratando de Dulce Rosalina que, por mais de duas década, foi a torcedora símbolo do Club de Regatas Vasco a Gama. 

 Dulce Rosalina reproduzida da revista Grandes Clubes

Dulce reproduzida de www.netvasco.com. br

Motivo da declaração: era a quarta-feira. 20 de novembro de 1968, quando ela liderava caravana de toredores que iria assistir o Vasco da Gama enfrentando o Corithians, pela Taça de Prata (embrião do atual Basileirão), em São Paulo. Pela altura do Km-195 da Rodovia Presidente Dutra, o ônibus que levava a moçada despencou numa ribanceira a 15 metros de altura. Todos saíram vivos, embora dois tivessem ficado feridos e 16 internados no Hospital da Santa Casa de Cruzeiro-SP. De sua parte, a chefe da Torcida Organizada saiu do desastre com fratura em um braço e na clavícula. Mesmo diante da gravidade, todos brigaram com os médicos para deixarem os seus leitos e irem pra diante de uma TV, na qual assistiram Vasco 1 x 2 Corinthians. O acidente não foi mole, mas, para Dulce, “o pior mesmo fora a derrota do Vaco”.

 Po causa daquele lance, Dulce Rosalinda ficou sem poder comparecer aos jogos cruzmaltinos. “Sempre vivi em função do Vasco, e não me arrepende de ter deixado de lado muitas coisas para cuiar do meu clube, pois tenho grandes recordações e colecionei muitas alegrias acompanhando tudo o que os vascaínos estiveram em ação”, disse a Grandes Clubes, ascrescentando que não comparecia só aos jogos do futebol, mas, também, aos de todas as competições com o Almirante na jogada. Sobre as histórias de que ela indicava e derrubava treinadores vascaínos, jurou ser lenda, mas confirmou que, as vezes, era consultada pelos cartolasm, e emitia a sua opinião.

    MAIS SOBRE DULCE NO TEXTO QUE O KIKE PUBLICA ABAIXO 

segunda-feira, 26 de junho de 2023

DULCE, UMA LINDA ROSA NA COLINA-2

Dulce (C) topou organizar a torcida e Martim prometeu o título

Em 1956, o Vasco da Gama tinha torcida uniformizada, mas não organizada. Entre os participantes ativos estavam Dulce Rosalina, Domingos Ramalho, Tião, Zé Fonseca, Madame Bastos, Idalina, Teresinha, Aída, Marina, Hilda,  Marlene, Conceição, Ermelinda e Norma Uchoa, principalmente.  
Aquela turma empurrara, tremendamente, o time, na vitória (2 x 1) sobre o Flamengo, na tarde do domingo 18 de março, deixando o treinador Martim Francisco deslumbrado com a força que saía das arquibancadas. Ele era, ainda, treinador do América, que levara ao título do terceiro turno do Campeonato Carioca, na véspera. Mas, como andava brigado com o “Diabo” e já estava enfeitiçado pelo Almirante, no dia seguinte, compareceu ao vestiário vascaíno, após os 2 x 1 Flamengo. 
Depois da partida, Erasmo Porto apresentou Dulce Rosalina a Martim Francisco, que pediu-lhe: “Organizem a torcida, que eu darei o campeonato ao Vasco”. 
Dois dias depois, Marim Francisco mandava o Diabo  (apelido do América) pro inferno e seria anunciado como treinador da Turma da Colina” substituindo Flávio Costa.  Tão empolgada quanto ele, a patota levou a sugestão a sério e, rapidamente, se estruturou. Entre outros cargos, Fonseca ficou tesoureiro; Idalina vice-presidente; Madame Bastos diretora social e Ramalho sendo uma espécie de maestro, mandando clarinadas em um canudo de mamona. Do lado da diretoria, João Silva era um colaborador. E, assim, pelo incentivo do treinador, surgiu a primeira mulher brasileira chefiar uma torcida de clube de futebol, Dulce Rosalina, quei ficou sendo considerada a torcedora-símbolo do Vasco da Gama.
 Antes de Dulce, um torcedor apelidado pro Margarida era quem liderava  galera. Mas ele andava triste, pela perda do pai, e afastou-se do ofício. Foi então que outros torcedores, como Tião e Ramalho, e até o presidente vascaíno, Arthur Pires, convocaram Dulce para suceder o tristonho. Naquele mesmo 1956, ela passou a dirigir a Torcida Organizada do Vasco e criou concurso de baterias e lançamento de papel picado à entrada do time no gramado. Martim Francisco recebia aquilo como um grande incentivo à equipe, que tinha no zagueiro  e capitão Hideraldo Luiz Bellini o atleta mais admirado pela galera. “Foi o ídolo que deixou mais saudade”, declarou Dulce à Revista do Esporte.
 O apoio da torcida organizada a Martim Francisco cresceu após vitória, comvirfadas de placar - Vasco 3 x 2 Fluminense -, após os tricolores fazerem 2 x 0, no primeiro tempo. “Foi o jogo mais emocionante que assisti”, contou Dulce Rosaslina à  revista Manchete Esportiva, sobre aquele clássico - Livinho (2) e Valter Marciano bateram na rede. 
Pelos inícios da década-1960, Dulce Rosalina foi eleita  “maior torcedora  brasileira”,  pela Revista do Esporte, a então única semanária esportiva de circulação nacional. Em 1977,  por conta de divergências políticas, deixou a Torcida Organizada do Vasco e criou a Renovascão. Em um dos episódios mais conhecidos da sua história de torcedora-símbolo, ela foi detida à entrada do Maracanã, por caregar papel picado. Chamou os policiais por “flamenguistas" e piorou as coisas. Quando o time vascaíno ficou sabendo do problema, decidiu só entrar em campo se Dulce fosse solta – soltaram-na e, só assim, a bola rolou.
Dulce Rosalina viveu até 2004. Em homenagem ao seu amor pelo Vasco da Gama, a Prefeitura do Rio de Janeiro emplacou rua com o seu nome, no bairro de São Cristóvão, perto do estádio vascaíno, entre as ruas  de São Januário/Almério de Moura. Ele foi homenageada, também, pelo lançamento de uma boneca, por fabricante que mandou-a para o mercado com o nome de Dulcinha. 



domingo, 25 de junho de 2023

CRAKE EDUZINHO NA ESQUINA DA COLINA

  Está contado na revista PlacarNº 280, de 08.08.1975 - que o presidente do América-RJ, Wilson Carvalhal, havia emprestado o passe (antiga sistemática de domínio) de Edu Coimbra, ao Vasco da Gama, com uma certeza: ao final do empréstimo, os cartolas cruzmaltinos devolveriam o meia-atacante, alegando não terem dinheiro para ficar com o craque, em definitivo.

“Acertou”, relata Placar, acrescentando que o capitão do time vascaíno, Alcir Portela, chegara as propor, com o apoio de todos os colegas, disputar-se um amistoso com renda voltada para a compra do passe do apelidado Eduzinho (por ser baixinho e magro) Resultado: a cartolagem cruzmaltina nunca respondeu aos jogadores, e Edu foi para o rival Flamengo, em 1976, pelo qual disputou 22 partidas e marcar seis gols. Depois, sagrou-se campeão estadual, pelo Bahia, e tornou-se artilheiro do Campeonato Paranaense, pelo Colorado, atual Paraná. 

Carioca, nascido em 5 de fevereiro de 1947, Edu Antunes Coimbra estreou cruzmaltino, no 30 de janeiro de 1975, em Vasco da Gama 1 x 0 Goytacaz, amistosamente, no Estádio Ari de Oliveira e Souza, em Campos-RJ, por esta formação: Andrada; Paulo César Puruca, Joel Santana, Moisés (Renê) e Alfinete; Alcir, Zanatta (Gaúcho)  e Edu (Jair Pereira); Jorginho Carvoeiro (Jaílson), Roberto Dinamite e Luís Carlos Lemos (Galdino), dirigidos pelo treinador Mário Tavaglini. No jogo seguinte, também, amistoso, marcou o seu primeiro gol vascaíno, nos 2 x 0 Central, de Barra do Piraí-RJ, com dois minutos de bola rolando, em São Januário, diante de 3.496 pagantes.

           Reprodução de www.futebolsaudade.blogspot.com 

 O terceiro jogo do Edu vascaíno – novamente, amistoso - foi contra o Flamengo, do seu irmão Zico, no Estádio Hermenegilo Barcelos, em Arraial do Cabo-RJ. Ele venceu o duelo familiar, por 2 x 1, marcando gol, aos 23 minutos. A partida seguinte foi – quer dizer: seria - a sua primeira oficial  e valeria pelo Campeonato Carioca/Taça Guanabara. Nela, marcou dois gols, mas o jogo não valeu, foi anulado, porque Jair Pereira atuou irregularmente, por sinal o substituíndo. Com aquilo, só no 26 de fevereiro, em Vasco 2 x 1 Portuguesa-RJ, rolou o primiro jogo oficial que valeu do Eduzinho. Em dois de março, mais uma vez, ele enfrentou o Zico: em Vasco 2 x 2 Flamengo, pela Taça GB, com 55.715 pagantes no Maracanã. Daquela vez, foi o irmão quem bateu na rede.

Em 13 de junho daquele meia-cinco, o Eduzinho voltou a ganhar do Zico: Vasco 3 x 2, diante de 66.507 pagantes, no Maracanã, pelo terceiro turno do Estadual-RJ, mas sem gol dele – e nem do mano. Em 10 de agosto, marcou o seu último tento vascaíno, aos 43 minutgos do primeiro tempo de Vasco 1 x 4 Fluminense, pelo turno final do Estadual. Quatro dias depois, vestiu, pela última vez, a jaqueta da Turma da Colina, substituindo Roberto Dinamite, no decorrer de Vasco 2 x 0 Botafogo, pela mesma etapa citada acima, diante de 40.790 pagantes, no Maracanã.

O Eduzinho deixou a Colina ajudando o Almirante a carregar a Taça Danilo Leal Carneiro, referente ao terceiro turno do Estadual, e em terceiro lugar ao final do Campeonato Carioca.    

sábado, 24 de junho de 2023

HISTORI & LENDAS - GALEGO SEGUNDIZA

 Estava escrito pelo implacável destino: o segundo gol vascaíno no maior e mais novo estádio de futebol do Brasil seria marcado por um “ninguém”. Que não esperassem o feito por intermédio do grande goleador o Russinho, e nem das contas de Paschal e, muito menos,  de Torterolli, outros costumazes visitantes das redes.

 Certamente, se o destino mandasse o vento assoprar tal enredo nos oritimbós da galera, iram mangar dele. Pois aconteceu! No dia da inauguração do Stadium Club de Regatas Vasco da Gama, mais conhecido por São Januário, em 21 de abril de 1927, o treinador Harry Welfare não podia contar com o titular Tatu que, também, enburacava os seus golzinhos. Chapinha de Galego, que era do segundo quadro (o time reserva da época), o ídolo-grande-artilheiro Russinho sugeriu ao treinador escalar o seu amigo - proteção ilimitada! “Fui apadrinhado pelo Russinho”, confirmou o carinha, pela revista Grandes Clubes, de 1971, quando fez este ensaio fotográfico (abaixo) com ele.   

Os cartolas vascaínos prepararam gande festa, com a presença do presidente da república, Washington Luís, e do  aviador português Sarmento de Beires, que atravessara o Atlântico - rota Lisboa-Rio de Janeiro - para cortar a fita inaugural do então maior estádio, também, da Améria do Sul.  ecorregaram no tomate ao convidarem para o jogo festivo um grande time do Santos, que tinha ataque superaterrorizante e escreveu 5 x 3 no placar. Mas o primerio tempo fora duro e terminou no 1 x 1, com Negrito marcando o primerio tento do Almirante na casa, empatando o prélio, na penúltima  bola da etapa, aos 44 milnutos. Depois, foi só ressaída de jogo, chutim daqui, dacolá e final do barato.

Veio a segunda etapa e o visitante, que abrira a contagem, aos 20 minutos, desempatou, nos mesmos 20, mas da nova fase. Passados dois minutos, o Vasco voltou a colocar a peleja em cima do muro: 2 x 2, com gol marcado por Galego. Quem? – Carlomagno Borges da Silva, em sua certidão de nascimento.   

 Jogador vascaíno de segundo quadro e nada, por aquela tempo, era a mesma coisa. Até pior! Caso de Galego, apelido dos criocas para os portugueses. Um dia, ele  havia pintado pelas hostes vascaínas, pedindo para treinar, juntamente com Mário Mattos, Carlos Paes e Baianinho. Pedido aceito, chegou a dormir, muitas vezs, no chão duro de onde o time treinava – Rua Morais e Silva –, para não “perder a boca” (gíria da época).

 “Eu deveria ser reserva do Russinho, mas este jogava em todas as partidas, não dava chance a ninguém. O jeito era eu me contentar em entrar em qualquer setor do ataque, quando podia”, confessou, o Galego, pela mesma revista citada acima. Português, de nascimento, ele esteve no futebol vascaíno até 1934. Casou-se no Brasil e teve dois filhos e dois netos brazucas.          

Quanto ao autor do primeiro gol cruzmaltino em São Januário, este foi Negrito, no mesmo asmistoso de abertura da casa. Já o primeir gol oficial teve  o atacante Bahianinho por marcador, em Vasco 11 x 0 Brasil, em 1º de maio do mesmo 1927, pelo Campeonato Carioca – assuntos para outras matérias. Aguardem

sexta-feira, 23 de junho de 2023

ÁLBUM A COLINA - PÁGINA 1949

  Reprodução de homenagem prestada aos campeões estaduais  de 1949 pelo site vscaíno www.netvasco.com.br, faltando o goleiro (provavelmente, Barbosa). Em pé, da esquerda para a direita, estão: Augusto da Costas, Jorge Sacramento, Danilo Alvim, Ely do Amparo e Alfredo dos Santos; agachados, na mesmas ordem: Maneca, Ademir Menezes, Heleno de Freitas, Ipojucan e Chico Aramburu.  

Durante a temporada carioca-1949, a Turma da Colina colocou sete pontos de vantagem sobe o segundo colocado, em campeonato disputado por 11 times, em turno e returno, pelo sistema todos  contra todos. Foi o terceiro título estadual invicto da moçada no profisisonalismo, e o quarto da história cruzmaltina. Nesta campanha, foram 18 vitórias, em 20 jogos, com mais dois empates. O Almira marcou 84  tentos e levou 20, ficando com o estupendo saldo de 60 gols. Artilheiros da equipe: Ademir Menezes (31 gols); Maneca (14), Ipojucan (12), Heleno de Freitas ( 10), Chico (6), Nestor (5), Danilo (3) e Máreio (2), além de um gol-contra, do botafoguense Gérson.       

quinta-feira, 22 de junho de 2023

REMA, REMA, REMA, CRUZMALTINADOS-70

 Em 1970, temporada em que a Seleção Brasileira foi tri da Copa do Mundo, no México, o Vasco da Gama encerrou tabu, de 18 campeonatos, conquistando o Estadual-RJ. Simultaneamente, o remo levantou o caneco da hora, levando para São Januário o  título de Campeão Carioca de Terra e Mar. No futebol,  a taça saiu com uma rodada de antecedência; no remo, no dia das últimas provas do campeonato, na Lagoa Rorigo de Freitas. A rapaziada do Almirante venceu cinco das sete regatas, totalizando 11 vitórias nas últimas 14  provas.

O Vasco precisava só de duas vitórias nas provas decisivas, quando mandou em cinco: Single-Skife; Double; Dois-Sem,  Dois cm e Quatro Sem, com os caras sendo Belga, Pezinho, Bancov e Érico.

                         Reprodução da revista Grandes Clubes

 Além do título principal do remo carioca-1970, o Vasco da Gama conquistou, também, o caneco dos Seniors, Aspirantes e Júniors, só não levanto na categoria Estreantes, na qual foi vice-campeão. Na principal, denominada Campeonato Carioca, entre oito participantes, o Almira somou 514pontos, contra 487 do segundo colocado. Na Seniors, 203 pontos, enquanto o vice chegou a 178. Na Juniors, totalizou 131, deixando o segundo colocado com 123 pontos; os Aspirantes marcram, 114 pontos, quatro amais do que o segundo lugar, e a Estreantes ficou a 12 pontos apenas do vencecor.  

A força vascaína no remo já vinha de outros trempos. O clube havia sido campeão estadual, de 1944 a 1958, consecutivamente, tendo no meio disso levado os títulos de terra (futebol) e mar (remo) em 1945,1949 e 1958.

 HISTORIETA -  O remo vascaíno começou logo após a funadção do clube, tendo a primeira vitória chegado em 4 de junho  1999, com a baleeira Volúvel (a oito remos) tripulada por  Adriano Vieira, Alberto de Castro,  José Lopes de Freitas, José Cunha, José Pereira Buda de Melo, Joaquim de Oliveira Campos, Antônio Frazão Salgueiro e Carlos José Batista Rodrigues. O primeiro título de campeão carioca foi em 1905, com o barco Procelânia, e repetiu a dose em 1906, tendo os primeios campeõs sido: Luciano Saroldi (patrão),    Antônio Taveira de Magalhães, Albano Pereira da Fonseca, Manuel da Silva Rabelo, Raimundo Martins, João Jório, Manuel Gomes Rezende, Joaquim Duarte Guerra e João Saliture.    

quarta-feira, 21 de junho de 2023

ROMÁRIO NA ESQUINA DA COLINA-2.000

 Inaugurado, em 5 de setembro de 1965, o Estádio Governador Magalhães Pinto, mais chamado por Mineirão, parecia destinado a não ter as suas redes balançadas por um dos grandes craques do futebol brasileiro, o tetracampeão mundial Romário Farias. Parecia!  

 Sub-15 do Olaria-RJ, entre 1979/80, em seguida  - 1981/82/83 - ele foi para o time sub-17 do Vasco da Gama, que o terve, também, em sua equipe sub-20 – 1984/85. No mesmo 1985, no 6 de fevereiro, em Vasco da Gama 3 x 0 Coritiba, ele disputou a sua primeira partida oficial, entrando na partsiudas durante o segundo tempo Mas o seu primeiro gol como atleta profissional só foi sasir em 18 de agosto daquele 1985, em Vasco 6 x 0 Nova Venécia-ES, no Estádio Zanor Pedrosa Rocha. Dali oor diante, mandou bolas na redes doss prncipais estádios do planeta. Só devia um golzinho na casa que lançou para tgodo o país a moda do “ão”, isto é, donominar estádio pelo superlativo.

          FOTO REPRODUZIDA DE WWW.SUPERVASCO.COM

 Romário quebrou o tabu no Mineirão marcando um dos gols em semifinal do Campeonato Brasileiro - Vasco da Gama 3 x 1 Cruzeiro -, no sábado, 23 de dezembro de 2.000, diante de 64.287 pagantes. O prélio já estava com os vascaínos mandando 2 x 1, quando, o craque bateu na rede, aos 48 minutos do segundo tempo, nos chamados, antigamente, descontos – hoje, acréscimos compensadores de minutos com bola paradas. Ele é o segundo msaior asrtiheiro da história do futebol vascaíno, com 326 gols, atrás de Roberto Dinamite que chegou a 619.

Em Vasco 3 x 1 Cruzeiro do 23.12.2000, apitado por Oscar Roberto Godoi, o time cruzmaltino era treinado por Joel Santana, zagueiro campeão brasileiro-1974,  pela da Turma da Colina. Antes do gol de Romário, a moçada havia chegado à rede por intermédio de Juninho Pernambucano, aos 31 minutos do primeiro tempo, e Euller “Filho do Vento”,  aois 22 do segundo. O time alinhou: Helton; Clebson, Odvan, Júnior Baiano e Jorginho Paulista; Nasa, Jorginho Amorim (Henrique) e Juninho Pernambucano (Paulo Miranda) e Juninho Paulista; Euller (Pedrinho) e Romário.

 Na temporada em quebrou o tabu de não fazer gols no Mineirão, aos 34 de idade,Romário de Souza Faria foiu demais. Em 71 jogos, mandou 65 bolas ao filó: 11 (em 11 jogos) da Copa Mercosul; 19 (do Estadual-RJ, em 17 partidas); três do Mundial de Clubes (em quatro compromissos); 20 do Campeonato Brasileiro e 12 do Torneio Rio-São Paulo.        

terça-feira, 20 de junho de 2023

VASCO DAS CAPAS - CANECO NA COLINA

 Esta foi honra vascaina concedida pela revista-poster Grandes Campeões - Nº 31. Na foto, Éder Luís, Diego Souza e Alecsandro comemoram o gol do título o então chamado Trem Bala da Colina, em cima do Coriba-PR. Ser campeão da Copa do Brasil era o único título que faltava ao Vasco da Gama, pois tal disputa repete a Taça Brasil, da qual o máximo que a moçada conseguiu foi ser vice, disputando final contra o quase imbatível Santos, de Pelé, em 1965. Assim, vencendo os Campeonatos Carioca, Sul-Americano (de Clubes Campeões e Taça Libertadores), Brasileirão, Torneio Rio-São Paulo (precussor do Campeonato Brasileiro) e Copa do Brasil, a moçada completou o ciclo canequeiro nacional e continental. Durante o Copão (apelido da Copa do Brasil), os resultados foram: Vasco 6 x 1 Comercial-MS; 0 x 0 e 2 x 1 ABC-RN; 3 X 0 e 0 x 0 Náutico-PE; 2 x 1 e 1 x 1 Atlétitco-PR (venceu no critério gols fora de casa); 1 x 1 e 2 x 0 Avaí-SC; 1 x 0 e 2 x 3 Coritiba-PR (levou no critério mais gols fora de casa.            

segunda-feira, 19 de junho de 2023

ADEMIR ASSOMBRA ESQUINA DA COLINA

                              REPRODUÇÃO DE ESPORTE ILUSTRADO 

Ademir encaçapou três e endoidou o Almirante

 Foi no jogo desta foto – publicada pela semanária carioca citada acima da imagem - Nº 205, de 12.03.1942 – que o Vasco da Gama descobriu Ademir Menezes, o grande ídolo de sua torcida nas décadas-1940/1950. Rolou no estádio vascaíno da Rua São Januário (fundos com a frenteira General Almério de Moura), em 1º de março de 1942, com o time rubro-negro pernambucano mandando 5 x 4 Vasco, em prélio apitado por José Mariano Carneiro Pessoa.

 Para a Esporte Ilustrado, foi uma “vitória espetacular do campeão perenambucano”, por estasr inferioridado no placar - 0 x 2 -, com cinco minutos de peleja, e levad o terceiro tentovascaíno - 0 x 3 -, aos 20. Foi, então, que começou a fulminante reação nordestina, com Ademir diminuindo o placar, aos 29. Veio o segundo tempo e o Leão da Illha (apelido do Sport-PE) fez o seu segundo gol, aos três minutos. Aos seis e aos sete, o que não era imaginável, aconteceu para uma torcida (não divulgada) incrédula: Ademir virou o placar, para Sport 4 x 3. Os cruzmaltinos chegaram a escrever 4 x 4, aos 18 minutos, mas Pirombá fechou a conta, em Sport 5 x 4 Vasco, faltando dez minutos para o final a pugna.

A partir dali, o Almirante não parou de sonhar com Ademir Marques de Menezes, que era estudante, de Odontologia, em Recife. Com o interesse, também, do Fluminense, os cartolas vascaínos usaram até a influência de um ministro do presidente Getúlio Vargas, o grande ditador brazuca, para ganhar aquela parada – e ganharam. Ademir , então, trocou a Ilha pela Colina e, de 1942 a 1956 foi o maior ídolo e artilheiro do futebol vascaíno, maracando 302 gols, em 429 jogos. Só perdeu a idolatria, em 1971, para Roberto Dinamite, que soma 619 tentos contabilizados pela equipe que produziu o Almanaque do Vasco da Gama.

Ademir vestiu a camisa vascaína, pela primeria vez, e, 22 der março de 1942, durante o amistoso Vasco da Gama 2 x 1 América-RJ, no Estrádio General Severiano. Naz partidas em que foi descoberto pelo Almira, os dois times atuaram assism: Vasco: Lourinho, Florindo e Oswaldo Carvalho; Figliola (Dacunto), Zarzur e Argemiro; Alfredo dos Santos; Russinho, Nino, Villadoniga e Orlando, treinador por Telêmaco Frazão de Lima.  Sport-PE: Manoelzinho. Salvador e Zago; Pitola, Furlan e Castanheira; Djalma, Ademir, Pirombá, Magri e Walfredo, dirigidos por Ricardo Diez.   

Ademir, que viveu entre 8 de novembro de 1922 e 11 de maio de 1996, foi o maior nome do time cruzmaltino que ficou conhecido por “Espresso daVitória” e, de 1945 e 1952, ganhou quase tudo o que disputou – Campeonato Sul-Americano-1948; Carioca-1945/1949/1950/1952; Torneio Relâmpago-1944 e Torneio Municipal/1944/1945. Ele foi, também, foi o artilheiro (e vice-campeão) da Cpa do Mundo-1950, com nove gols, tendo totalizado 32, em 39 jogos, pela Seleção Brasileira, em um tempo em que se jogava bem menos do que hoje.


domingo, 18 de junho de 2023

"EMPRESTADOS" NA ESQUINA DA COLINA

   Primeiro clube carioca a jogar em gramados europeus – entre junho e agosto de 1931 --, o Vasco da Gama levou quatro atletas de outros clubes do Rio de Janeiro, que o ajudaram a conquitar oito vitórias eum empate - houve, aind,e três escorregadas. Antes dos vascaínos, só um time brasileiro havia feito isso, em 1925, o paulistano Paulistano (Club Athlético, de 1900 a 1930 no futebol). Saiba (por ordem alfabética) quem foram os cruzmaltinantes do giro:  

Benedito (Benedicto de Moraes Menezes), gaúcho, de Pelotas, viveu entre 30 de outubro de 1906 e 11 de fevereiro de 1944. Disputou a primeira Copa do Mundo-1930, no Uruguai, e, em quatro compromissos canarinhos, marcou um gol, em amistoso do mesmo 1930. Botafoguense, entre 1927/1932, foi, também, dos primeiros brazucas levados pelo futelbol italiano. Marcou três gols vascaínos durante a excursão.

  Carvalho Leite (Carlos Antônio Dobbert de) nasceu em Niterói e viveu de 26 de maio de 1912 a 19 de julho de 2004. Vestiu só a camisa do Botafogo, tendo sido convidado para a excursão vascaína por ser grande artilheiro (273 gols, em 326 jogos). Disputou 25 partidas e assinalou 15 tentos ela Seleção Brasileira, tendo ido às Copas do Mundo-1930/1934. Foi um dos primeiros atletas do futebol brasileiro a graduar-se em Medicina. Mandou sete bolas às redes durante o giro “vascainêro”.

     Reprodução de revista do Século-20  encontrada pela Internet 

O elegante Carvalho Leite

  Fernando (Rubens Pasi Giudicelli), carioca, vivente entre 1º de março de 1906 a 28 de dezembro de 1968. Defendia o Fluminense, quando o Almira o convidou para excursionar ao Velho Mundo. Disputou a Copa do Mundo-1930 e mais um amistoso pela seleção canarinha. Primeiro brasileiro a vestir a camisa do espanhol Real Madrid (1935) e primeiro brazuca a ciganar pelo futebol europeu, jogando por times da Itália, Suíça, França e Portugal.   

Nilo (Murtinho Braga) havia sido o principal artilheiro dos Campeonatos Cariocas de 1924 e de 1927, razão de o Vasco da Gama tê-lo convidado para a excursão. Carioca, viveu de 3 de abril de 1903 a 5 de fevereiro de 1975, tendo feito o nome com a camisas do Botafogo. Defendeu a Seleção Brasileira, em 19 jogos, marcando 15 tentos. Em suas atuações vascaínas pela Europa, marcou nove gols.  

Confira os placares da excursão: 02.06.1931 – Vasco 1 x 3 Barcelona-ESP; 29.06 – Vasco 2 x 1 Barcelona-ESP; 05.07 – Vasco 1 x 2 Celta-ESP; 07.07 –Vasco 7 x 1 Celta-ESP; 10.07 – Vasco 5 x 0 Benfica-POR; 15.07 – Vasco 4 x 2 Seleção de Lisboa-POR; 19.07 – Vasco 3 x 1 Porto-POR; 22.07 – Vasco 9 x 2 Combinado Varzim/Boa Vista-POR; 24.07 – Vasco 6 x 2 Combinado Ovar/Coimbra; 26.07 – Vasco 1 x 2 Porto-POR; 30.07 – Vasco 1 x 1 Vitória-POR; 01.08 – Vasco 4 x 1 Sporting-POR. Foram 45 gols marcados, contra 18 levdos, tendo Rusinho (Moacyr Siqueira de Queiroz) sido o principal  matador”, com 12 bolas na caçapa.            

sábado, 17 de junho de 2023

HISTORI&LENDAS - PÉ NA PISTA + REMADA

 1 – O Vasco da Gama foi fundador da liga de atletismo carioca, em junho de 1938, e filiou-se à Associação Metropolitana de Esportes Atléticos pra levar às pistas grandes nomes, como - entre outros - Aída dos Santos, Solange da Silva Chagas, Waldeia Maria Chagas, Ademar Ferreira da Silva, Ademar Souza Lima, Antônio Damaso, Edgar Augusto dos Santos, Geraldo de Oliveira, Geraldo Luz, José Teles da Conceição, José Bento de Assis, João Corrêa da Costa, Mário Alvim e Wilson Gomes Carneiro. Embora a entidade atlética carioca tivesse surgido em 1938, os vascaínos já haviam vencido as disputas infantis de 1933/34/35.

2 – Em 1970, o Vasco da Gama só não venceu, nas disputas oficiais cariocas, em corridas de fundo adulto e infantil (segundo colocado). Na etapa São Paulo do Troféu Brasil de Atletismo, ganhou o revezamento 4 x 400 metros.

3 – Em 1945, o Vasco da Gama carregou os canecos dos Estaduais de Remo e de Futebol, o que valeu-lhe considerar-se Campeão de Terra e Mar. Tanto no remo quanto no balipodo, os títulos foram invictos, merecendo uma estrela na jaqueta do clube, a primeira. O Almirante é o único  carioca com 16 conquistas consecutivas pelos seus remadores - entre 1944-1959. Todos os títulos: 1905, 1906, 1912, 1913, 1914, 1919, 1921, 1924, 1927, 1928, 1929, 1930, 1931, 1932, 1934, 1935, 1936, 1937, 1938, 1939, 1944, 1945, 1946, 1947, 1948, 1949, 1950, 1951, 1952, 1953, 1954, 1955, 1956, 1957, 1958, 1959, 1961, 1970, 1982, 1998, 1999, 2000, 2001, 2002, 2005 e 2008.

4 – Nesta foto dos “Campeões de Terrra”, da esquerda para a direita, vemos: Mário Amerio (massagista), Chico, Ademir Menezes, Ely do Amparo, Isaías, Berascochea, Augusto da Costa, Rafagnelli, Dino, Santo Cristo, Jair Rosa Pinto e Rodrigues.  

sexta-feira, 16 de junho de 2023

ÁLBUM DA COLINA - ADÃO DO "GOL-1"

 





Este foi o primeiro time de Adão Antônio Brandão no Rio de Janeiro, o Centro Português de Ginástica


























Autor do do primeiro gol vascaíno, Adão Brandão atuava pela então chamada linha média, hoje, uma espécie de  intermediária, entre a defesa e o meio-de--campo. Após deixar o futebol, passou para o remo e, substituindo o astro Carneiro Dias, o fez tão bem que o presidente vascaíno, Francisco Marques da Silva, comemorou a sua grande atuação derramando champanhe sobre a sua cabeça.

quinta-feira, 15 de junho de 2023

MUNICIPAL-1944 NA ESQUINA DA COLINA

2 de abril de 1944 – O Vasco da Gama, campeã do Torneio Início, disputado uma semana antes, abriu o Torneio Municipal mandando 3 x 1 Fluminense, no botafoguense Estádio General Severiano, que recebeu 12.2786 pagante. Por ter aplicado 3 x 1 Flamengo, em 30 minutos, na decisão do Initium (grafia da época), o Almirante era favorito diante o Flu. E cumpriu as previsões com gols marcados por Isaías (2) e Figliola. Por aquele tempo, a grande revistas esportiva de circulação nacional era Esporte Ilustrado, que adorava publicar fotos de times posados. Quem a lê, hoje, acha engraçado o texto daquelas eras. O de Vasco 3 x 1 Flu, assinado por Mário Gabriel, narrava:

1 - “Este resultado foi recebido pelos adeptos do clube de S. Januário de braços abertos, tanto que o comemoram com foguetes e morteiros” jornalismo de informações desnecessárias, óbvias. Vitórias não são comemoradas?

                       Djalma, Lelé, Isaías, Jair e Chico era ataque fatal em 1944 

2 – “Disciplinarmente, houve coisas do arco da velha” – gíria da época, sem citar “as coisas.

3 – Os contendores, desta feita....foram menos escandalosos... os pontapés tinham seus momentos especiais e as rasteiras pareciam lances ocasionais” – o futebol carioca da década-1944 primava por pontapés e rasteiras? Tempo da Segunda Guerra Mundial?

4 – “O sr. Mário Faccini (árbitro) ficou alucinado deandte de tudo ... com erros muitos, mas sem obliterar violentamente a fisionomia dos regulamentos” – quer dizer: errou muito, mas deu pra enganar.

5 – Faccini viu, nitidamente, o incidente envolvendo... e fez vista grossa por motivo que não conhecemos” – o repórter saiu do estádio sem procurar saber da informação relativa ao comentário.

6 – “Já se vê que no campo... não existiu um mar de rosas, propriamente, e, sim, o talo com muitos espinhos” – repórter que, hoje, escrevesse assim a crônica o jogo, com certeza, perderia o emprego.  

 Sobre os três tentos vascaínos, o cronista contou:

1 -  O balão (bola) favoreceu a Izaías e este, célere, fulminou Batatais (goleiro) a queima-roupa... ainda tocou a pelota, sem poder detê-la tal a violência do tiro (chute).

2 – Lelé aumentou para 2 x 0 entrando num centro (complementando cruzamento) de Chico, que vencer Renganeschi.

3 – “O 3 x 1 fê-lo Izaías, inapelavelmente, após fintar Norival duas vezes, espetacularmente” – a forma atual (e correta) de escrever a frase seria: “Os 3 x 1 foram feitos por Isaías....após fintar Norival, por duas vezes”.

Enfim, este  Vasco da Gama da foto venceu aquele prélio  - treinado pelo uruguaio Ondino Viera -  formando com: Yustrich, Rubens e Rafagnelli; Alfredo II, Figliola e Argemiro; Djalma, Lelé, Isaías, Jair Rosa Pinto e Chico.     

 

    

quarta-feira, 14 de junho de 2023

ÁLBUM DA COLINA- PÁGINA 1961

                             REPRODUÇÃO DA REVISTA DO ESPORTE

Durante a temporada-1960, o ataque vascaín andou muito apagado. Para aumentar o seu poder de fogo nas competições de 1961, o Almirante contratou Lorico e da Silva. O primeiro, meia-armador, foi buscado na paulista Portuguesa Santista, ao custo de Cr$ 3 milhões de cruzeiros (moeda da época) e com a fama de ter sido a a última grande revelação do Campeonato Bandeirante. De sua parte, o outro, tirado do |Olaria-RJ, custou a metade do preço de Lorico e teve que passar por avaliação, de 30 dias de experiência. Aprovado, mostrou-se capaz e atuar pelas duas pontas, com melhor rendimento pela esquerda. Lorico, isto é, João Faria Filho, nascido em 11 de dezembro de 1940, em Santos-SP, pelas últimas notícias, aindas está vivo e com 82 de idade. De sua parte, Cleóbulo da Sílva Dócio,  baiano, de Ilhéus, nascido bo 19 de janeiro de 1936, viveu por 82 temporadas.  ...    

terça-feira, 13 de junho de 2023

HISTORI&LENDAS DA COLINA - TILICADA

 1 - Em 5 de janeiro de 1963, o Vasco contratou os atacantes Mário Tilico, junto à Portuguesa de Desportos, por Cr$ 5.000.000,00, e Célio, ao Jabaquara, por Cr$ 11.500.000,00. Os dois foram se juntar ao grupo que excursionava pelas Américas, e o treinador Jorge Vieira não gostou, por não ter sido consultado. No entanto, os dois atletas fizeram sucesso como vascaínos, levando a galera a comemorar muitos gols. Célio, inclusive, tornou-se um dos maiores ídolos dos vascaínos da década-1960. 

2 - Os paulistas Lorico e Célio eram muito amigos quando atuaram juntos pela Portuguesa Santista. Tanto que o primeiro fez força para o segundo ir pra São Januário. Célio  (1963 a 1966) vascainou  sempre devotando muito carinho ao meia João Farias Filho, o Lorico (1960 a 1966). Este foi um inspirador do meia corintiano Sócrates, um dos maiores ídolos do futebol brasileiro da década-1980, jogador de altíssimo nível cultural e formado em Medicina.

3 - Em 13 de outubro de 1957, vencendo o Madureira, por 3 x 0, em São Januário, Vasco ampliou, para 309 jogos, a sua sequência de vitórias sobre o "Tricolor Suburbano". Até então, haviam sido jogadas 55 partidas por Campeonatos Cariocas, com 44 triunfos vascaínos e cinco empates. A rapaziada havia deixado 167 bolas no filó. 

segunda-feira, 12 de junho de 2023

ERA DIA DE JORGE NA ESQUINA DA COLINA

14 de outubro de 1962 – O  Vasco da Gama recebia a visita do Olaria, em São Januário, valendo pelo segundo turno do Campeonato Carioca, vindo de 7 x 0 Campo Grande; 1 x 0 Bonsucesso e 3 x 0 Portuguesa-RJ. Na terceira rodada do returno, era favorito diante do pequeno Olaria, que já havia lhe zebrado, durante o turno, com 1 x 0, no 15 de julho, em seu estádio da Rua Bariri e com gol marcado pelo ex-vascaíno Valdemar. Veio, então, a revanche, em casa. O Almirante virou de etapa na frente, com gol de Saulzinho, aos 22 minutos. Era a tarde da vingança, esperava a sua torcida. Só faltou combinar com o camisa 9 alviazul, Jaburu, que empatou a refrega, aos sete minutos; desempatou, aos 11, e fechou a conta, aos 40 do segundo tempo. Pisões da Colina: Humberto Torgado; Paulinho de Almeida, Brito, Barbosinha e Coronel; Maranhão e Lorico; Sabará, Vevé, Saulzinho e Da Silva, treinados por Jorge Vieira.     

22 de outubro de 1981 – O time cruzmaltino brigava em cima na tabela classificatória do terceiro turno do Estadual-RJ. Se vencesse o Madureira, em São Januário, a galera sairia direto das arquibancadas pra beber aquela cervejinha geladíssima no boteco do português, ao lado do estádio. Ele não esperava pelos 3.0906 pagantes da pugna, mas por boa parte da rapaziada. Só faltou ele combinar com o centroavante tricolor suburbano, Jorge Demolidor. Aos 39 minutos do primeiro tempo e aos oito do segundo, o carinha começou a atrapalhar os planos dele (do portuga), que contava moilhar o pescoço de muita gente por dentro, depois do prélio. Só não viu preju maior no cofre, por conta de Roberto Dinamite e de Wilsinho, que se viraram pra deixar a contenda nos 2 x 2. Pisões do dia: Mazaropi; Gilberto (Ricardo), Zezinho Figueroa, Chagas e João Luís; Serginho (Marquinho)m Dudu e Amauri; Wilsinho, Riberto Dinamite e Silvinho, treinador por Antônio Lopes. 

                           REPRODUÇÃO DE ACERVO DO COELHO 

           Jaburu foi ídolo, também, da torcida do português Porto 

Jaburu – não fora a primeira vez em que ele apontara pra cima dos vascaínos. Em 6 de abril de 1955, jogando pelo América Mineiro, fora o destaque de um amistoso, em Belo Horizonte, matando bola no peito e aplicando um chapéu sobre o xerifão cruzmaltino Ely do Amparo. O Vasco bem que quis levá-lo, mas o português Porto tinha mais grana e fez dele ídolo de sua torcida, que o apelidou por Flecha Negra. Registrado e batizado por Jorge de Souza Mattos, o carioca Jaburu nasceu no 19 de abril de 1933, e defendeu, também, o português Leixões e o espanhol Celta, de Vigo. Foi descoberto pelo treinador Francisco de Souza Ferreira, o Gradim (campeão carioca elo Vasco da Gama-1958), quando este iniciava a sua carreira, pelo Fluminense, em 1954.

                    REPRODUÇÃO DE TRAMPOLIM DA VITÓRIA.NET

Jorge Demoldor (E) fez a festa, também, da glera do ABC-RN 

Jorge Demolidor – homem de nome simples e artilheiro complicado para os marcadores: Jorge da Silva. Ele já havia demolido a segurança da zaga vascaína, em 5 de agosto de 1979, batendo pênalti indefensável (cometido por Abel Braga), aos 15 minutos de Serrano 2 x 1 Vaco da Gama, diante de 12.729 pagantes, no Estádio Atílio Marotti, em Petrópolis-RJ, pelo segundo turno do Estadual-RJ. Entre 1970 e 1985, foi um autêntico cigano do futebol, passando por 12 clubes – São Cristóvão-RJ; ABC-RN; Rio Negro-AM, Comercial-MS; Botafogo e Campinense-PB; Serrano-RJ; Confiança-SE; Leônico-BA; Guarany de Sobral-CE e Mogi Mirim-SP. Nascido no 18 de agosto de 1947, viveu por 63 temporadas, demolindo defesas por onde passou.