Vasco

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quinta-feira, 29 de junho de 2023

VASCO, DOCE VASCO DOS APELIDADINHOS

 Cocada, Picolé e Pirulito! Qual criança não pularia em cima de uma corrocinha que transportasse geladinhos e de um tabuleiro com docinhos? Em São Januário, no entanto, eles entraram com o gosto de apelidos de dois atacantes e um de defensor. Vamos até eles?

 Cocada, isto é, Luís Edmundo Lucas Correia, quando menino, era louco pela cocada preparada pela vizinha Anita. Não deu outra: a molecada do Lar do Trabalhador, bairro da sul-mato-grossense Campo Grande, rapidão, o apelidou pelo nome do seu doce predileto. Jogou as suas peladas no meio da rua e, aos 13 de idade, foi convidado a reforçar o São Bento, time amador da cidade, rolando uma bolinha legal que mereceu convite, do treinador Carlo Castilho (ex-goleiro do Fluminense e campeão mundial-1958, na Suécia) para mostrar o seu veneno com a camisas do Operário. Era 1978, quando elea começou a aparecer no time alvinegro de Campo Grande-MS.


                         Cocada reproduzido de álbum de figurinhas 


 Em 1983, o Cocada já estava no Flamengo, Estreou marcando dois tentos sobre o amazonense Rio Negro, de Manaus, mas não foi muito longe como rubro-negro. Quando o treinador rubro-negro era Carlinhos "Violino" Nunes este o dispensou, para o rapazinho cheio de sonhos ciganar por Guarani, de Campinas-SP, Santa Cruz-PE e Americano, de Campos-RJ. Depois, atravessou o Atlântico e foi  viver o português Farense, do qual o Vasco da Gama o repatriou para ser o reserva do lateral-direito gaúcho Paulo Roberto Curtis.

 Cocada teve a sua maior glória durante a noite de 22 de junho de 1988, quando o Almirante decidia o título estadual-RJ, com o Flamengo, no Maracanã, assistido por 31.816 pagantes. pagantes. Entrou em campo, aos 41 minutos, marcou gol, aos 44, e foi expulso, aos 45. Após bateer e,com 1 x 0, ar o caneco da temproada ao Almira, ele correu para o banco dos reservas flamenguistas e atirou a sua camisa na direção de Carlinhos. Provocou tremendo rebu no gramado, com jogadores dos dois times saindo no tapa e o árbitro Aloísio Viug expulsando só Romário e Renato "Gaúcho" Portaluppi, além dele, Cocada, evidentemente.

Mesmo com aquele serviço prestado ao Almirante, este, também, o mandou embora - em 1989. Depopis, passou por mais quatro times e encerrou a carreira, em 1992.    

    Picolé em montagem sobre foto da Revista do Esporte
  

Picolé foi registrado, civilmente, por José Geraldo de Camargo. Viveu por 68  temporadas, até 2007, tendo feito o nome como goleador do paulista São Bento, de Sorocaba, para o qual voltou pra encerrar a carreira. Passou, também, por outros times paulistas - São José, de Cerquilho, Comercial, de Tietê, Palmeiras e XV de Piracicaba. Pelo Vasco da Gama, foi campeão do Torneio Rio-São Paulo-1966, nas disputou poucos jogos com a jaqueta da Turma da Colina, o que lhe deixaram só com duas visitas às redes - contra a Portuguesa de Desportos e o Atlético-MG. Depois de pendurar as chuteiras, estudou Direito e foi aprovado em concurso público para delegado da Polícia Civil de São Paulo. 

 Enquanto o Picolé derreteu no ataque cruzmalino e o Cocada engasgou a garganta do Almira, um outro atleta que adocicou o paladar da galera vascaína foi o apelidado Pirulito, mais precisamente,  Francisco Carlos Ferreira da Silva, nascido em 5 de agosto de 1954, na mineira Conselheiro Lafaiete, a terra do famoso Fio Maravilha. Mas só vascainou durante parte de partida em que o Vasco da Gama levou 0 x 2 Flamengo, em 15 de agosto de 1976, diante de 13.188 pagantes, pelo terceiro turno do Campeonato Carioca, no Maracanã, dirigido por Paulo Emilio, que escalou: Mazaropi; Gaúcho, Argeu, Marcelo e Gílson Paulino (Toninho); Luis Augusto, Helinho e Zé Roberto (Pirulito); Luís Fumanchu, Jair Pereira e Galdino.   

Pirulito por Pirulito, o Vasco da Gama já teve, também, o centroavante Nílson Pirulito, que perdeu o palito depois de ficara famoso como artilheiro dos gaúchos  Grêmio e do Internacional. Natural da paulista  Santa Rita do Passa Quatro - nasceu no 19 de novembro de 1965 - Nilson Esídio esteave vascaíno pela temporada-1996 e o apelido  foi por ter biotipo compridão, sendo alto - 1m88cm - e magro. Entre 1983 e 2005, ciganou por 27 times, alguns do exterior.  Pela Turma da Colina, disputou 23 partidas e marcou cinco gols.

 

 

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