REPRODUÇÃO DE ESPORTE ILUSTRADO
Foi no jogo desta foto –
publicada pela semanária carioca citada acima da imagem - Nº 205, de 12.03.1942 – que o Vasco da Gama descobriu
Ademir Menezes, o grande ídolo de sua torcida nas décadas-1940/1950. Rolou no
estádio vascaíno da Rua São Januário (fundos com a frenteira General Almério de
Moura), em 1º de março de 1942, com o time rubro-negro pernambucano mandando 5
x 4 Vasco, em prélio apitado por José Mariano Carneiro Pessoa.
Para a Esporte Ilustrado, foi
uma “vitória espetacular do campeão perenambucano”, por estasr inferioridado no
placar - 0 x 2 -, com cinco minutos de peleja, e levad o terceiro tentovascaíno
- 0 x 3 -, aos 20. Foi, então, que começou a fulminante reação nordestina, com
Ademir diminuindo o placar, aos 29. Veio o segundo tempo e o Leão da Illha
(apelido do Sport-PE) fez o seu segundo gol, aos três minutos. Aos seis e aos
sete, o que não era imaginável, aconteceu para uma torcida (não divulgada)
incrédula: Ademir virou o placar, para Sport 4 x 3. Os cruzmaltinos chegaram a
escrever 4 x 4, aos 18 minutos, mas Pirombá fechou a conta, em Sport 5 x 4 Vasco,
faltando dez minutos para o final a pugna.
A partir dali, o Almirante
não parou de sonhar com Ademir Marques de Menezes, que era estudante, de
Odontologia, em Recife. Com o interesse, também, do Fluminense, os cartolas
vascaínos usaram até a influência de um ministro do presidente Getúlio Vargas,
o grande ditador brazuca, para ganhar
aquela parada – e ganharam. Ademir , então, trocou a Ilha pela Colina e, de
1942 a 1956 foi o maior ídolo e artilheiro do futebol vascaíno, maracando 302
gols, em 429 jogos. Só perdeu a idolatria, em 1971, para Roberto Dinamite, que
soma 619 tentos contabilizados pela equipe que produziu o Almanaque do Vasco da Gama.
Ademir vestiu a camisa vascaína, pela primeria vez, e, 22 der
março de 1942, durante o amistoso Vasco da Gama 2 x 1 América-RJ, no Estrádio
General Severiano. Naz partidas em que foi descoberto pelo Almira, os dois times
atuaram assism: Vasco: Lourinho, Florindo e Oswaldo Carvalho; Figliola
(Dacunto), Zarzur e Argemiro; Alfredo dos Santos; Russinho, Nino, Villadoniga e
Orlando, treinador por Telêmaco Frazão de Lima. Sport-PE: Manoelzinho. Salvador e Zago; Pitola,
Furlan e Castanheira; Djalma, Ademir, Pirombá, Magri e Walfredo, dirigidos por
Ricardo Diez.
Ademir, que viveu entre
8 de novembro de 1922 e 11 de maio de 1996, foi o maior nome do time cruzmaltino
que ficou conhecido por “Espresso
daVitória” e, de 1945 e 1952, ganhou quase tudo o que disputou – Campeonato
Sul-Americano-1948; Carioca-1945/1949/1950/1952; Torneio Relâmpago-1944 e Torneio
Municipal/1944/1945. Ele foi, também, foi o artilheiro (e vice-campeão) da Cpa
do Mundo-1950, com nove gols, tendo totalizado 32, em 39 jogos, pela Seleção
Brasileira, em um tempo em que se jogava bem menos do que hoje.
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