Está contado na revista Placar – Nº 280, de 08.08.1975 - que o presidente do América-RJ, Wilson Carvalhal, havia emprestado o passe (antiga sistemática de domínio) de Edu Coimbra, ao Vasco da Gama, com uma certeza: ao final do empréstimo, os cartolas cruzmaltinos devolveriam o meia-atacante, alegando não terem dinheiro para ficar com o craque, em definitivo.
“Acertou”, relata Placar, acrescentando que o capitão do time vascaíno, Alcir Portela, chegara as propor, com o apoio de todos os colegas, disputar-se um amistoso com renda voltada para a compra do passe do apelidado Eduzinho (por ser baixinho e magro) Resultado: a cartolagem cruzmaltina nunca respondeu aos jogadores, e Edu foi para o rival Flamengo, em 1976, pelo qual disputou 22 partidas e marcar seis gols. Depois, sagrou-se campeão estadual, pelo Bahia, e tornou-se artilheiro do Campeonato Paranaense, pelo Colorado, atual Paraná.
Carioca, nascido
em 5 de fevereiro de 1947, Edu Antunes Coimbra estreou cruzmaltino, no 30 de
janeiro de 1975, em Vasco da Gama 1 x 0 Goytacaz, amistosamente, no Estádio Ari
de Oliveira e Souza, em Campos-RJ, por esta formação: Andrada; Paulo César Puruca, Joel Santana, Moisés (Renê) e
Alfinete; Alcir, Zanatta (Gaúcho) e Edu
(Jair Pereira); Jorginho Carvoeiro (Jaílson),
Roberto Dinamite e Luís Carlos Lemos (Galdino), dirigidos pelo treinador Mário
Tavaglini. No jogo seguinte, também, amistoso, marcou o seu primeiro gol
vascaíno, nos 2 x 0 Central, de Barra do Piraí-RJ, com dois minutos de bola
rolando, em São Januário, diante de 3.496 pagantes.
Reprodução de www.futebolsaudade.blogspot.com
O terceiro jogo do Edu vascaíno – novamente, amistoso - foi contra o Flamengo, do seu irmão Zico, no Estádio Hermenegilo Barcelos, em Arraial do Cabo-RJ. Ele venceu o duelo familiar, por 2 x 1, marcando gol, aos 23 minutos. A partida seguinte foi – quer dizer: seria - a sua primeira oficial e valeria pelo Campeonato Carioca/Taça Guanabara. Nela, marcou dois gols, mas o jogo não valeu, foi anulado, porque Jair Pereira atuou irregularmente, por sinal o substituíndo. Com aquilo, só no 26 de fevereiro, em Vasco 2 x 1 Portuguesa-RJ, rolou o primiro jogo oficial que valeu do Eduzinho. Em dois de março, mais uma vez, ele enfrentou o Zico: em Vasco 2 x 2 Flamengo, pela Taça GB, com 55.715 pagantes no Maracanã. Daquela vez, foi o irmão quem bateu na rede.
Em 13 de junho
daquele meia-cinco, o Eduzinho voltou
a ganhar do Zico: Vasco 3 x 2, diante de 66.507 pagantes, no Maracanã, pelo
terceiro turno do Estadual-RJ, mas sem gol dele – e nem do mano. Em 10 de agosto, marcou o seu último tento vascaíno, aos 43
minutgos do primeiro tempo de Vasco 1 x 4 Fluminense, pelo turno final do
Estadual. Quatro dias depois, vestiu, pela última vez, a jaqueta da Turma da Colina, substituindo Roberto
Dinamite, no decorrer de Vasco 2 x 0 Botafogo, pela mesma etapa citada acima,
diante de 40.790 pagantes, no Maracanã.
O Eduzinho
deixou a Colina ajudando o Almirante a carregar a Taça Danilo Leal
Carneiro, referente ao terceiro turno do Estadual, e em terceiro lugar ao final
do Campeonato Carioca.
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