Vasco

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segunda-feira, 12 de junho de 2023

ERA DIA DE JORGE NA ESQUINA DA COLINA

14 de outubro de 1962 – O  Vasco da Gama recebia a visita do Olaria, em São Januário, valendo pelo segundo turno do Campeonato Carioca, vindo de 7 x 0 Campo Grande; 1 x 0 Bonsucesso e 3 x 0 Portuguesa-RJ. Na terceira rodada do returno, era favorito diante do pequeno Olaria, que já havia lhe zebrado, durante o turno, com 1 x 0, no 15 de julho, em seu estádio da Rua Bariri e com gol marcado pelo ex-vascaíno Valdemar. Veio, então, a revanche, em casa. O Almirante virou de etapa na frente, com gol de Saulzinho, aos 22 minutos. Era a tarde da vingança, esperava a sua torcida. Só faltou combinar com o camisa 9 alviazul, Jaburu, que empatou a refrega, aos sete minutos; desempatou, aos 11, e fechou a conta, aos 40 do segundo tempo. Pisões da Colina: Humberto Torgado; Paulinho de Almeida, Brito, Barbosinha e Coronel; Maranhão e Lorico; Sabará, Vevé, Saulzinho e Da Silva, treinados por Jorge Vieira.     

22 de outubro de 1981 – O time cruzmaltino brigava em cima na tabela classificatória do terceiro turno do Estadual-RJ. Se vencesse o Madureira, em São Januário, a galera sairia direto das arquibancadas pra beber aquela cervejinha geladíssima no boteco do português, ao lado do estádio. Ele não esperava pelos 3.0906 pagantes da pugna, mas por boa parte da rapaziada. Só faltou ele combinar com o centroavante tricolor suburbano, Jorge Demolidor. Aos 39 minutos do primeiro tempo e aos oito do segundo, o carinha começou a atrapalhar os planos dele (do portuga), que contava moilhar o pescoço de muita gente por dentro, depois do prélio. Só não viu preju maior no cofre, por conta de Roberto Dinamite e de Wilsinho, que se viraram pra deixar a contenda nos 2 x 2. Pisões do dia: Mazaropi; Gilberto (Ricardo), Zezinho Figueroa, Chagas e João Luís; Serginho (Marquinho)m Dudu e Amauri; Wilsinho, Riberto Dinamite e Silvinho, treinador por Antônio Lopes. 

                           REPRODUÇÃO DE ACERVO DO COELHO 

           Jaburu foi ídolo, também, da torcida do português Porto 

Jaburu – não fora a primeira vez em que ele apontara pra cima dos vascaínos. Em 6 de abril de 1955, jogando pelo América Mineiro, fora o destaque de um amistoso, em Belo Horizonte, matando bola no peito e aplicando um chapéu sobre o xerifão cruzmaltino Ely do Amparo. O Vasco bem que quis levá-lo, mas o português Porto tinha mais grana e fez dele ídolo de sua torcida, que o apelidou por Flecha Negra. Registrado e batizado por Jorge de Souza Mattos, o carioca Jaburu nasceu no 19 de abril de 1933, e defendeu, também, o português Leixões e o espanhol Celta, de Vigo. Foi descoberto pelo treinador Francisco de Souza Ferreira, o Gradim (campeão carioca elo Vasco da Gama-1958), quando este iniciava a sua carreira, pelo Fluminense, em 1954.

                    REPRODUÇÃO DE TRAMPOLIM DA VITÓRIA.NET

Jorge Demoldor (E) fez a festa, também, da glera do ABC-RN 

Jorge Demolidor – homem de nome simples e artilheiro complicado para os marcadores: Jorge da Silva. Ele já havia demolido a segurança da zaga vascaína, em 5 de agosto de 1979, batendo pênalti indefensável (cometido por Abel Braga), aos 15 minutos de Serrano 2 x 1 Vaco da Gama, diante de 12.729 pagantes, no Estádio Atílio Marotti, em Petrópolis-RJ, pelo segundo turno do Estadual-RJ. Entre 1970 e 1985, foi um autêntico cigano do futebol, passando por 12 clubes – São Cristóvão-RJ; ABC-RN; Rio Negro-AM, Comercial-MS; Botafogo e Campinense-PB; Serrano-RJ; Confiança-SE; Leônico-BA; Guarany de Sobral-CE e Mogi Mirim-SP. Nascido no 18 de agosto de 1947, viveu por 63 temporadas, demolindo defesas por onde passou.                

                                      

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