14 de maio de 1988 – a Turma da Colina sapecou 2 x 0 América, em jogo noturno, no Maracanã, com gols de Romário e do zagueiro Fernando. Com aquilo, ficou a um ponto da liderança e a dois de distância do terceiro colocado, após a nona rodada do Estadual-RJ. Bom! Menos para os cartolas da Colina. Eles ficaram pê da vida com o público - 2.888 pagantes - que não dava pra pagar as despesas do Almirante para a pugna. Esqueceram de combinar com os donos de botecos, que lucraram mais com os embalos etílicos da raziada naquele sabadão. Sem garrafas ficando em pé, o treinador Sebastião Lazaroni viu torcida quase fantasma aplaudindo a sua rapaziada: Acácio; Paulo Roberto Gaúcho, Donato, Fernando e Lira; Josenilton (Mazinho), Geovani e Henrique; Vivinho, Roberto Dinamite (William) e Romário.
10 de fevereiro de 1990 – ninguém no futebol carioca andava mais sorridente do que o treinador vascaíno Alcir Portela. E não era pra menos. Afinal a sua patota vinha de 1 x 0 Fluminense; 5 x 0 Nova Cidade-RJ e 3 x 2 Americano-RJ. No jogo seguinte, o Almirante mandou 2 x 1 América, de Três Rios-RJ, e foi vaiado. No jogo seguintíssimo, Vasco 1 x 0 Itaperuna-RJ. E novas vaias. Análise do repórter Zildo Dantas, pela diário carioca O Dia: “O glorioso Vasco da Gama é líder absoluto do Campeonato Carioca, com todos os méritos, e mais alguns, estando a dois pontos de vantagem do segundo colocado. E mais: tem o maior número de vitórias, no geral da competição, o ataque mais positivo e o principal artilheiro, Bismarck. Se não está bom, o que a sua torcida quer mais? Pra mim, os que vaiam o time vascaínos são uns neuróticos” – nenhum ‘torcedor-vaiador’ reclamou, até hoje.
Foto reproduzida do álbum de recortes de revistas/jornais do torcedor vascaínio Raimundinho Maranhão - agradecimentoRapaziada venceu e comemorou título com o pescoço seco (por dentro)
5 de agosto de 1990 - para comemorar a conquista do título de campeão estadual-RJ, o Almirante convidou a fraca seleção da Arábia Saudita. Mandaria uma goleada e faria a festa que a torcida esperava. Só que a rapaziada esqueceu de jogar bola e os cartolas do chope comemorativo. Ainda bem, pois a pequena renda – Cr$ 93 mil e 800 cruzeiros – não daria para embebedar a galera. Com programa a seco, o Almira passou apertado pelo visitante – 2 x 1, com gols de Tato e Anderson, um em cada tempo (e empate saudita pelo meio disso aí), em São Januário, na presença de 1.876 pagantes. No dia dessa trapalhada, Alcir Portela (meia e capitão vascaíno da década-1970) era o técnico que escalou: Acácio; Luís Carlos Winck, Célio Silva, Quiñonez e Cássio; Zé do Carmo, William e Bismarck; Tita (Sorato), Roberto Dinamite e Tato (Anderson).
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