Vasco

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sábado, 24 de junho de 2023

HISTORI & LENDAS - GALEGO SEGUNDIZA

 Estava escrito pelo implacável destino: o segundo gol vascaíno no maior e mais novo estádio de futebol do Brasil seria marcado por um “ninguém”. Que não esperassem o feito por intermédio do grande goleador o Russinho, e nem das contas de Paschal e, muito menos,  de Torterolli, outros costumazes visitantes das redes.

 Certamente, se o destino mandasse o vento assoprar tal enredo nos oritimbós da galera, iram mangar dele. Pois aconteceu! No dia da inauguração do Stadium Club de Regatas Vasco da Gama, mais conhecido por São Januário, em 21 de abril de 1927, o treinador Harry Welfare não podia contar com o titular Tatu que, também, enburacava os seus golzinhos. Chapinha de Galego, que era do segundo quadro (o time reserva da época), o ídolo-grande-artilheiro Russinho sugeriu ao treinador escalar o seu amigo - proteção ilimitada! “Fui apadrinhado pelo Russinho”, confirmou o carinha, pela revista Grandes Clubes, de 1971, quando fez este ensaio fotográfico (abaixo) com ele.   

Os cartolas vascaínos prepararam gande festa, com a presença do presidente da república, Washington Luís, e do  aviador português Sarmento de Beires, que atravessara o Atlântico - rota Lisboa-Rio de Janeiro - para cortar a fita inaugural do então maior estádio, também, da Améria do Sul.  ecorregaram no tomate ao convidarem para o jogo festivo um grande time do Santos, que tinha ataque superaterrorizante e escreveu 5 x 3 no placar. Mas o primerio tempo fora duro e terminou no 1 x 1, com Negrito marcando o primerio tento do Almirante na casa, empatando o prélio, na penúltima  bola da etapa, aos 44 milnutos. Depois, foi só ressaída de jogo, chutim daqui, dacolá e final do barato.

Veio a segunda etapa e o visitante, que abrira a contagem, aos 20 minutos, desempatou, nos mesmos 20, mas da nova fase. Passados dois minutos, o Vasco voltou a colocar a peleja em cima do muro: 2 x 2, com gol marcado por Galego. Quem? – Carlomagno Borges da Silva, em sua certidão de nascimento.   

 Jogador vascaíno de segundo quadro e nada, por aquela tempo, era a mesma coisa. Até pior! Caso de Galego, apelido dos criocas para os portugueses. Um dia, ele  havia pintado pelas hostes vascaínas, pedindo para treinar, juntamente com Mário Mattos, Carlos Paes e Baianinho. Pedido aceito, chegou a dormir, muitas vezs, no chão duro de onde o time treinava – Rua Morais e Silva –, para não “perder a boca” (gíria da época).

 “Eu deveria ser reserva do Russinho, mas este jogava em todas as partidas, não dava chance a ninguém. O jeito era eu me contentar em entrar em qualquer setor do ataque, quando podia”, confessou, o Galego, pela mesma revista citada acima. Português, de nascimento, ele esteve no futebol vascaíno até 1934. Casou-se no Brasil e teve dois filhos e dois netos brazucas.          

Quanto ao autor do primeiro gol cruzmaltino em São Januário, este foi Negrito, no mesmo asmistoso de abertura da casa. Já o primeir gol oficial teve  o atacante Bahianinho por marcador, em Vasco 11 x 0 Brasil, em 1º de maio do mesmo 1927, pelo Campeonato Carioca – assuntos para outras matérias. Aguardem

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