Quando Jankiel fotografou Maria Helena Amorim, para ser o destaque dos “ektachrome” coloridos do Nº 3 da Manchete Esportiva, de 10 de dezembro de 1955, ela já colecionava 70 medalhas e 26 troféus. Logo, era fera no tênis. Caprichava nos treinando que fazia nas quadras do Country Clube do Piraquê, ou no Fluminense.
Carioquíssima, de Botafogo, Maria Helena contava 17 anos, quando foi musa (ainda nem se falava nisso) das páginas da então principal revista esportiva do país. Já corria atrás de vitórias desde 1951, tendo estreado nos Jogos da Primavera, que eram promovidos pelo “Jornal dos Sports”. Em 1954, conquistou o titulo brasileiro, por equipe, e o vice das partidas de simples. Foi, também, vice-campeão sul-americana, por equipe, e campeã em duplas, formando parceria com a mexicana Alicia Wright.
Por aquela época, Maria Helena terminava o curso clássico (equivalente ao atual segundo grau), no Colégio Notre Dame. Colecionava flâmulas e distintivos de clubes, e não ária espaço para as paqueras. Preferia ser “namorada do tênis”. Bagunças? De vez em quando. Como no dia em que juntou dois bancos de jardim, para saltá-los, com a sua bicicleta, e saiu da história com um baço quebrado. Fã do ator norte--americano Marlon Brando, ela gostava do perfume “Heure Intime” e tinha no azul-marinho a sua cor predileta.
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