A camisa do time
vascaíno tem a Cruz de Cristo e a bandeira do clube a Cruz de Malta. Erro
de fabricação? O “Kike” fez uma passeadinha pela história e encontrou cavaleiros
de Castela, da Baviera e de Provença pousando, separadamente, em Lavalete, na Ilha
de Malta, hoje, possessão britânica na região do Mediterrâneo. Mas não leu nada
sobre interferências da coroa portuguesa sobre a Ordem de Malta. Diz a história
que esta foi fundada por Villiers Adam, um refugiado (com os seus cavaleiros)
em Malta, após ser escorraçado de Rhodes, pelo sultão Salomão.
Em seguida, o
“Kike” pegou o livrinho do estatuto vascaíno e está lá que a bandeira do Club
de Regatas Vasco da Gama “é preta, com uma faixa branca em diagonal, a partir
da tralha, tendo ao centro, em vermelho, a Cruz de Malta”. Portanto, um erro
dos pesquisadores que assessoraram os fundadores da clube, pois o almirante
Vasco da Gama usava a Cruz da Ordem de Cristo no peito e nas velas de suas
caravelas. Foi levando tal símbolo, que Portugal chegou aos seus grandes
descobrimentos.
Além disso, o
“Kike” achou, em “Manchete Esportiva” Nº 9, de janeiro de 1956, transcrição de
anotações do fundador José Lopes de Freitas, o José da Praia, contando: “As
festas que a colônia portuguesa promoveu no Rio de Janeiro, por ocasião dos
festejos do quarto centenário da descoberta do caminho marítimo parta as
Índias, foram suntuosas, extraordinárias. A sessões solenes, bailes, fogos,
iluminações e cortejos alegóricos. O dia 20 de maio (de 1898), data do feito
glorioso, foi feriado. Por toda a parte, se viam bandeiras com a Cruz de
Cristo, essa cruz que o Vasco tomou por símbolo... No Clube Ginástico
Português, houve um grande baile comemorativo em que escolas de ginástica e de
esgrima, apresentaram-se em uniforme especial para esse dia – camisa branca,
coam cruz tomando todo ao peito. Enfim, em toda parte, durante os festejos,
aparecia a bandeira da cruz das caravelas do Gama”.
Finalizando, o
José da Praia fundador do Vasco era vizinho de Henrique Monteiro, que o
convidou a participar da grande aventura da fundação do “Gigante da Colina”,
como ele conta, também, na transcrição de suas recordações. Na matéria, a
revista carioca mostra uma foto do então embaixador português ano Brasil,
Antônio de Faria, exibindo a condecoração da Ordem Militar de Cristo, concedida
pelo governo do seu pais ao Club de Regatas Vasco da Gama. Portanto, um erro
que precisa ser corrigido.
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