Seguramente, em 1997, ninguém jogou mais bola neste planeta do que o vascaíno Edmundo. Só não foi "bola de ouro" de todas as premiações mundiais porque não defendia nenhum time europeu. Afinal, nem o argentino Diego Armando Maradona, o maior craque pós-Pelé, fora agraciado pelos cartolas do Velho Continente. Sem problemas! O filme sobre a magia nas chuteiras do "Animal" passa, a qualquer tempo, no cineminha da memória dos torcedores do time da Rua General Almério de Moura, fundos com São Januário. Edmundo, além de gastar a "maricota", como falávamos os nossos gloriosos "speakeres" de antigamente, falava coisas do "arco da velha". Gostou dessa? Prometia perder pênalti, se os houvesse, em seus tempos de "contra". Chegou a perder emprego por causas disso. O jornal diário carioca "Lance" fez esta belíssima capa (E) com ele saindo para o abraço, comemorando, com todos os centímetros quadrados e cúbicos do seu "coração explodinte de alegria". Um outro vascaíno arretado, retrinca, como falam os baianos, que honrou a jaqueta de São Januário, foi Felipe. Jogava o que o diabo nunca imaginara atentar contra as marcações adversárias. Ganhou o apelido de "Maestro", por fazera o que queria com a "gorducha". As vezes, lembrava o endiabrado "Mané Garrincha". Ei-lo mostrando o símbolo sagrado e gritando gol com a galera (D). O fotógrafo de "Lance" estava no lance.
A galera adorava o "Animal" e o "Maestro", mas foi um outro crumaltiníssimo quem reinou na Colina: o coroado Juninho Pernambucano, o glorioso Antônio Augusto. Barbaridade! Disseras, por várias vezes, os gaúchos, quando o viram em ação pelos gramados dos Pampas. Parecia o "Negrinho do Pastoreio". De comum, Edmundo, Felipe e Juninho tiveram algo, além de muita bola pela casa: fizeram as suas passeadinhas pro fora, mas sempre voltaram para a Colina.
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