Quando Mário Filho criou, em 1948, os Jogos da Primavera, pelo seu “Jornal dos Sports”, não imaginaria, seguramente, que haveria uma edição em que a eleição da “Rainha da Primavera” seria dificílima.
Além de lindíssimas, as duas mais fortes concorrentes, Maria de Lourdes Monteiro (E) e Maria Helena Gioia, eram feras iguais nos desportos. Pois aconteceu, oito temporadas depois.
No “ektachrome” colorido, clicado por Ângelo Gomes, para o Nº 57 da “Manchete Esportiva” de 22 de dezembro daquele “cinco-meião”, você vê uma gatinha jóia, a Maria Helena (D), descrita pela redatora Meg, como “uma princesa como jamais teve o concurso. “Princesa de linhas bonitas, de cor dourada e cabelos lindos. De olhos grandes e bonitos, e de sorriso encantador”, descreveu a menina que praticava o arremesso do martelo e do dardo. A princesa dos Jogos das Primavera não ficou zangada, por não ter sido rainha. “A gente entra no jogo para ganhar ou perder”, filosofava. E, já que o júri pensava diferente da primavera, a primavera não teria como escolher uma outra princesa. Maria Helena era mesmo uma jóia, isto é, Gioia – no sobrenome.
Na foto em preto-e-branco, Maria de Lourdes era coroada como uma “Rainha Grau 100” . A terrível tirou 10, em eficiência esportiva: 45, em plástica, e 45 em fisionomia, o máximo que o regulamento permitia. Uma “rainha” perfeita, a bela sucessoras da também belíssima Daise de Aquino Corrêa.
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