1 – O zagueiro
Abel Braga, uma das principais peças defensivas das equipes vascaínas da
década-1970, estreou como “xerifão” da zaga em 19 de fevereiro de 1976, em
amistoso disputado no alagoano Estádio Rei Pelé, em Maceió, com o “Almirante”
colocando na maleta Cr$ 80 mil cruzeiros de cota, uma boa grana. Foi o
compromisso 2.913 da rapaziada, que o venceu, por 1 x 0, com gol marcado pelo
meia Jair Pereira. Para a estreia do Abelão, foi anunciadas esta escalação: Mazaropi;
Toninho, Abel, Renê e Alfinete; Lopes, Zanatta e Zandonaide; Luís Fumanchu, Roberto Dinamite e |Luiz
Carlos Lemos.
2 - Em 25 de
julho de 1976, o então govenador Jimmy Carter, do estado da Geórgia, nos
Estados Unidos, visitava o Rio de Janeiro e manifestou ao governador Chagas
Freitas o desejo de ir ao Maracanã, no domingo. A tabela do Estadual marcava
Vasco x Botafogo, com Armando Marques no apito.
O futebol ainda não era bem difundido nos Estados Unidos e Carter passou
o jogo inteiro fazendo perguntas, como o nome do atleta, a importância da
jogada que acabara de assistir e porque certos lances foram praticados.
Mostrou-se muito curioso. Quanto ao jogo, ficou no 1 x 1, com Dé “Aranha”
comparecendo à rede par ao time treinado por Paulo Emilio que escalou:
Mazaropi; Gaúcho, Abel Braga, Renê e Marco Antônio; Zé Mário, Luís Carlos
Martins e Helinho; Luís Fumanchu (Marcelo), Dé e Roberto Dinamite. O clássico
teve público de 42 mil pagantes.
3 – Com o término da primeira metade do seu mandato
rolando, o presidente Ernesto Geisel devolveu ao Rio de Janeiro, por uma
semana, a sede da capital do país. Uma homenagem à cidade que ainda mantinha as
presidências de importantes agências governamentais, como Petrobras,
Eletrobras, Nuclebras, Furnas, Itaipu, Siderúrgica Naiconal (combustíveis, aço
e átomo); Institutos Brasileiro do Café e do Alcool; Interbras, Cobec; BNDE,
BNH (comercialização, exportação e habitação) e de outras entidades privadas
importantes, como Confederações da Indústria, do Comércio e da Agricultura;
Sesi, Sesc, Senai e Senac (órgãos de classe); Fundação Getúlio Vargas, Serpro e
IBGE (este federal entre os órgãos que mediam os índices mensais do custo de
vida) e a Escola Superior de Guerra. Durante aquele período, o Vasco disputou
dois jogos pelo Campeonato Carioca: 1 x 0 Goytacaz, com gol de Dé, e 4 x 0
Volta Redonda, com Jair Pereira, Dé, Luís Fumanchu e Luís Carlos |Lemos
balançando a rede.
4- Wilson Francisco Alves, que os colegas
apelidaram-no por Capão, o nome do morro de onde descera para os gramados, foi
um vigoroso zagueiro vascaíno que chegou à Seleção Brasileira. Quando tornou-se
treinador, era mais seguro, ainda. Não revelava nada do que ganhara com o
futebol, pois temia uma mordida forte do “Leão” do imposto de renda. Nascido
(21.12.1927) na então Guanabara – filho de Joaquim Francisco Alves com Corina
da Silva Alves –, o que ele fazia questão de revelar a sua preferência na mesa:
camarada.
5 – Católico praticante, devoto de São Jorge, Wilson
“Capão” casou-se com Margarida era fã da TV. Sagitariano, desdobrava-se nos
treinos físicos para manter o peso de 85 quilos. Media 1m85cm, calcava
chuteiras-41 e jogava com o normal de sua cintura sendo 95cm. Dono de par de
olhos e de cabelos pretos, assinou o seu primeiro contrato, com o Vasco da
Gama, em 1948 – passageiro do “Expresso
da Vitória”. Como treinador, o premir clube foi o santista Jabaquara-SP.
6 – A manjadíssima história do clube que perdeu um
craque porque o considerou muito pequeno, magrinho ou novo, quando apareceu
para treinar, poderia ter dado o apoiador Carlos Roberto, ao Vasco. Consagrado
no Botafogo, como parceiro de Gérson, no meio-de-campo, o atleta tinha 16 anos
quando pediu uma chance aos vascaínos, por simpatizar com o clube. No entanto,
acharam-no muito novo e mandaram-no voltar no ano seguinte. Então, Carlos
Roberto de Carvalho, carioca, nascido no Engenho de Dentro, pediu pai para
leva-lo para a escolinha botafoguense no campo do Nova América, em Del
Castilho. Ficou e foi bicampeão carioca e da Taça Guanabara-1967/1968 (era
disputa à parte).
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