Vasco

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terça-feira, 24 de maio de 2016

FERAS DA COLINA - PASCHOAL CINELLI

Nascido em 24 de maio de 1900, no Rio de Janeiro, o atacante carioca Paschoal, enquanto viveu (até 23.12.1987), jamais deixou de frequentar São Januário, na qual esteve como ponta-direita, entre 1922 a 1932. Ele já chegou balançando a rede. No primeiro jogo, amistosamente, contra a seleção da Marinha, fez o único tento da partida. Dali, por uma década, foi o dono absoluto de sua posição, a qual só a deixou quando uma contusão não lhe permitiu ir mais além.

Figura fundamental no time da conquista do primeiro título vascaíno na Série A do Campeonato Carioca, em 1923, Paschoal Silva Cinelli era tão veloz – chutava, também, com o pé esquerdo – que lhe apelidaram por "Trem de Ferro". Foi descoberto pelo treinador uruguaio Ramón Platero, quando jogava pelada na área chamada de Cais do Porto. Em 1924, com o Vasco enfrentando o racismo dos clubes de elite e escanteado para a Liga Metropolitana de Desportos Terrestres, ele deitou e rolou nas redes dos times pequenos.

                                      Reprodução de www.netvaco.com.br

Campeão carioca em 1922 (Segunda Divisão), 1923, 1924 (LMDT) e em 1929, Paschoal foi o símbolo dos primeiros Vasco19  vencedores. Durante a campanha do bi carioca (1923/24), ele totalizou oito gols (1 em 23 e 8 em 24), em 30 jogos (14 em 23 e 16 em 24). Em seu último título, em 1929, fez todos os 23 jogos e deixou quatro bolas no filó. Por sinal, naquele ano ele integrou o seu melhor time: Jaguaré, Brilhante e Itália; Tinoco, Fausto e Mola: Paschoal, Oitenta e Quatro, Russinho, Marito Mattos e Santana. 

Paschoal deixou o seu nome registrado, também, na história de um dos maiores duelos vascaínos, o“Clássico da Amizade”, denominação em desuso, contra o Botafogo. No primeiro deles, em 22 e abril de 1923, em General Severiano, marcou umdos gols – Mingote e Cecy completaram os 3 x 1. Quando parou de jogar, trabalhou em uma loja de secos e molhados. 


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