Nascido em 24 de maio de 1900, no Rio de
Janeiro, o atacante carioca Paschoal, enquanto viveu (até 23.12.1987), jamais deixou
de frequentar São Januário, na qual esteve como ponta-direita, entre 1922 a 1932.
Ele já chegou balançando a rede. No primeiro jogo, amistosamente, contra a
seleção da Marinha, fez o único tento da partida. Dali, por uma década,
foi o dono absoluto de sua posição, a qual só a deixou quando uma contusão não
lhe permitiu ir mais além.
Figura
fundamental no time da conquista do primeiro título vascaíno na Série A do
Campeonato Carioca, em 1923, Paschoal Silva Cinelli era tão veloz – chutava,
também, com o pé esquerdo – que lhe apelidaram por "Trem de Ferro".
Foi descoberto pelo treinador uruguaio Ramón Platero, quando jogava pelada na
área chamada de Cais do Porto. Em 1924, com o Vasco enfrentando o racismo dos
clubes de elite e escanteado para a
Liga Metropolitana de Desportos Terrestres, ele deitou e rolou nas redes dos
times pequenos.
Campeão carioca em 1922 (Segunda Divisão), 1923, 1924 (LMDT) e em 1929, Paschoal foi o símbolo dos primeiros Vasco19 vencedores. Durante a campanha do bi carioca (1923/24), ele totalizou oito gols (1 em 23 e 8 em 24), em 30 jogos (14 em 23 e 16 em 24). Em seu último título, em 1929, fez todos os 23 jogos e deixou quatro bolas no filó. Por sinal, naquele ano ele integrou o seu melhor time: Jaguaré, Brilhante e Itália; Tinoco, Fausto e Mola: Paschoal, Oitenta e Quatro, Russinho, Marito Mattos e Santana.
Paschoal deixou o seu nome registrado, também, na história de um dos maiores duelos vascaínos, o“Clássico da Amizade”, denominação em desuso, contra o Botafogo. No primeiro deles, em 22 e abril de 1923, em General Severiano, marcou umdos gols – Mingote e Cecy completaram os 3 x 1. Quando parou de jogar, trabalhou em uma loja de secos e molhados.
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