Vasco

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quinta-feira, 6 de fevereiro de 2020

A BELA BELÍSSIMA DO DIA - JOANA D´ÁRC


Imagem/divulgação sobre Joana D´Arc, em Santo André-SP.
 Há 599 viradas do calendário, na francesa Ruão, tremenda barbaridade era cometida pela Igreja Católica, sob pressão da Inglaterra: queimaram Joana D´Arc, viva, em uma fogueira, acusada por heresias.
 Mantida presa, em cela escura, vigiada por cinco homens, ela teve processo iniciado no 9 de janeiro de 1431, comandado pelo bispo Pierre Cauchon, de Beauvais.
Foram dez sessões sem a presença dela. Joana foi ouvida, pela primeira vez, em 21 de fevereiro do mesmo 1431, tendo, em 27/28 de março, sido lidos 70 artigos de acusações contra ela.
Em 5 de abril, Joana começou a definhar, devido alimentos venenosos. Seus algozes arrumaram um médico para mantê-l viva e, depois, executa-la. O tal médico, Jean d’Estivet, a acusou de ter ingerido os alimentos envenenados, conscientemente, para matar-se. Como ela poderia envenenar-se, se estava presa e, fortemente, vigiada? Passando bastante mal, em 18 de abril,  por ser muito religiosa, ela pediu um confessor. Os ingleses impacientavam-se pela demora na conclusão do processo, que a condenou à fogueira, em 29 de maio.
Joana  dizia ouvir a voz de Santa Catarina de Alexandria.
Joana D´Arc nasceu na região da francesa Lorena, em em Domrémy, futura Domrémy-la-Pucelle, em sua homenagem. Não se sabe ao certo a data do seu nascimento, pois, na época, não se ligava para idade exata. 
Todavia, historiadores, calculam ter sido em 1412, tendo em vista que  durante a sua inquisição de  24 de fevereiro, ela tria dito "tenho 19 anos, mais ou menos".
Filha de Jacques d'Arc com Isabelle Romée - mais nova da família de agricultores e artesãos, Joana teve três irmãos e uma irmã,  e falou, também, aos inquisidores que, desde os 13 de idade, ouvia vozes divinas. Da primeira vez, saindo da igreja e vendo, no mesmo instante, uma claridade. 
Como contou, ela não a decodificava bem as tais vezes, mas entendeu bem a que lhe mandava lutar contra o domínio inglês da cidade de Orléans. Posteriormente, disse tê-las identificado como sendo do arcanjo São Miguel, de Santa Catarina de Alexandria  e de Santa Margarida de Antióquia.
Três séculos antes de Joana D´Arc entrar nessa história, os ingleses passaram a dominar extensas parte do território francês. Quando o Rei Carlos VII decidiu recuperar o que fora tomado de sua gente, iniciou-se o mais longo conflitos desse planta, a Gurra dos 100 Anos, que durou 116, a partir de 1337. Com nove dias de luta, Joana ajudou a libertar Orleans e virou heroína do seu povo. 
Vitórias guerreiras levaram o contestado (pela Inglaterra) Carlos VII a ser coroado rei na Catedral de Reims (onde eram coroados os reis franceses) e a mudar a sorte para o seu lado no conflito.
Joana assiste, com um estandarte, coroação de Carlos VII
No entanto, em 23 de maio do 1430, Joana foi capturada, em Compiègne, por franceses traidores que apoiavam os ingleses e lhes entregaram a moça. 
Em 1456, a mesma Igreja Católica que  a enviara para a fogueira, por meio de tribunal inquisitorial, autorizada pelo Papa Calisto III, reviu o processo e a reabilitou. Em 1803, Joana tornou-se símbolo nacional da França, por decisão do imperador Napoleão Bonaparte, e,em 1920, estava canonizada pela Igreja Católica.
 Ela é uma das nove padroeiras da França e vem sendo retratada, por todo o planeta, em literatura, pinturas, esculturas e peças teatrais. 
No Brasil, Joana foi homenageada, recentemente, pela Escola Nacional de Teatro, com trabalho dirigido por Vinicius Ribeiro e Renato Jacob, em parceria de Viviane Ribeiro dos Santos, e tendo Amereleinn Cordeiro por assistente de produção e a preparação vocal por Natália Quadros. 
Artistas da peça: Ariane Buenos, Bruna Gabrille, Cristian Rodriguez, Danila Araújo, Kleber Gonçalves, Manuella Guizé, Marina Alves, Nádia Rodrigues e Rodrigo Silva. A peça foi apresentada em e de abril, no Teatro Zé Carlos Machado, na paulista Santo André. 

- A imagem de Santa Catarina de Alexandria foi reproduzida da tela pintada pelo italiano Michalangelo Merisi de Carvaggio, entre 1598/1599 e que se encontra no espanhol Museu Thyssen-Bornemisza, em Madri.  

2 - O Kike não conseguiu identificar o autor da tela abaixo sobre a coroação do Rei Carlos VII. Quem souber, por favor, informe, para o devido crédito por este blog não comercial, só de divulgação esportiva e cultural.  

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