22.06.1988 – O Vasco da Gama fora bicampeão carioca-1923/24 e 1949/1950. Perseguia o “tribi ” há quase quatro décadas, quando a chance veio na data à lateral-esquerda acima. Em noite quartafeirana, 31.816 pagantes deixaram a sua grana no cofre do Maracanã para assistir a mais um Clássico dos Milhões. Jogo duro, sem trabalho para o garoto do placar, até que o treinador vascaíno, Sebastião Lazaroni, trocou o ponteiro-direito Vivinho pelo lateral Cocada, aos 41 minutos, ou aos 87. Da primeira bola que pegou, aos 44, o Cocada progrediu, pela direita, tirou o zagueiro rubro-negro Edinho da frente e disparou um míssil indefensável para a rede flamenguista. Vasco 1 x 0 e “tribi”, em grande estilo, marcando 104 gols durante a campanha, com 34 de Romário, que substituíra Roberto Dinamite, que passara quase toda a temporada se recuperando de contusão – Acácio; Paulo Roberto Gaúcho, Donato, Fernando César e Mazinho; Zé do Carmo, Henrique e Geovani; Vivinho (Cocada), Romário e Bismarck foi o time.
Sempre disputando as artilharias dos Estaduais-RJ, daquela vez, o Dinamite só fez um gol – 20.02.1988 – em Vasco da Gama 1 x 2 Americano, no Estádio Godofredo Cruz, em Campos-RJ, aos 27 minutos do primeiro tempo, quando formou dupla fatal com Romário, em prélio de apenas 5.588 pagantes, no primeiro turno. Depois, só voltou a jogar em - 07.05.1988 - Vasco 1 x 0 Flamengo e em – 14.05.1988 – Vasco 2 x 0 América, pelo segundo turno.
30.05.1989 - O Vasco da Gama vinha bem no início da Taça Rio, o segundo turno do Estadual-RJ, iniciado pelo 29 de abril. Fizera 3 x 2 Cabofriense; 4 x 1 Volta Redonda; 1 x 0 Itaperuna; 3 x 0 Olaria; 2 x 1 América, de Três Rios, e empatara 1 x 1 Botafogo. Bom para a campanha de cinco jogos e 16 gols. Menos para a torcida cruzmaltina, segundo a qual aquele time “não estava com nada”. Dizia que vencia, mas não convencia. Daquele jeito, o Almirante foi para um clássico com o Fluminense, time do qual a Turma da Colina tinha o maior pavor, principalmente o apoiador França, para quem “enfrentar aquele time era um desespero”, assegurava, apoiado pelo também mêiuquêro Zé do Carmo: “Tem fama de ‘grande’, mas joga só na defesa”, criticava. Otimista só o artilheiro Roberto Dinamite. “O Fluminense é o time que já levou mais gols meus”, citava, respaldado pelas estatísticas que registravam 39 bolas mandadas por ele às redes tricolores.
Veio o clássico, no Maracanã, com 13.899 pagantes. O pavoroso adversário que jogava trancado lá atrás segurou 1 x 0 de frente até pertinho do final. Aos 40 minutos, o Dinamite bateu pênalti e fez o seu 40ºo gol sobre o Flu. Aquele era o Jogo 1 do Teste 962 da Loteria Esportiva e, por 1 x 1, o Almira escrevia o seu empate 144 na apelidada Loteca. Tudo com quastro pelo meio, como time usando 14 peças, o treinador Sérgio Cosme e os jogadores: Acácio; Paulo Roberto Gaúcho, Fernando César e Mazinho; Zé do Carmo, França (Sorato) e Ernàni; Vivinho (Geovani), Roberto Dinamite e William.
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