Dois dos quadros mais bonitos pendurados na
parede da história do Maracanã foram pintados por atletas cruzmaltinos. Quem afirma?
Jornalistas e radialistas cariocas. Ambos, em domingos carioquíssimos, de muito
sol (nas praias) e calor (na arquibancada e geral), o barato das
duas épocas.
A principal destas
duas telas foi o “Gol Lençol’, colorido por por Roberto Dinamite, em 9 de maio de 1976, durnte a Taça Guanabra, então primeiro
turno do Campeonato Carioca; o segundo, no 14 de dezembro de 1952, valendo pelo
segundo turno do mesmo Estadual-RJ e assinada por Ademir Menezes.
A dinamitada do Roberto aconteceu quando o
apoiador Carlos Alberto Zanatta lançou bola aérea para a área fatal dos
alvinegros. O Dinamite a dominou no peito,
encobriu o zagueiro Osmar Guarnelli e escreveu Vasco da Gama 2 x 1 Botafogo, aos
45 minutos do segundo tempo. Roberto havia marcado o primeiro tento vascaíno,
aos 18 minutos da fase final, empatando o prélio em que os botafogueses haviam
aberto o placar o marcador, aos 43 da etapa inicial. A virada do placar foi
conferida por 39.232 pagantes que prestigiaram o prélio apitado por Armando
Marques. O Almirante levou em sua nau
que, naquela temporada, aportou na praia do vice-campeonato: Mazaropi; Gaúcho,
Abel Braga, Renê e Marco Antônio Feliciano; Zé Mário, Zanatta e Luis Carlos
Lemos; Luis Fumanchu, Robrto Dinamite
e Dé, treinados por Paulo Emilio.
REPRODUÇÃO DO BLOG DENIMENEZES.COM
Roberto chapela Osmar no gol mais + mais já visto no "Maraca"
A segunda pintura
foi pincelada na presença de 12.810 pagantes que escutaram apitos trilados pelo
inglês Thomas Tudor, com o Ademir batendo na rede, aos 14 minutos do segundo
tempo, escrevendo Vasco da Gama 1 x 0 Flamengo. Aquele foi um dos 13 que ele
marcou na competição que o teve por principal artilheiro do campeonato vencido
pelo vascaínos, com 17 vitórias, dois empate e só uma escorregada, tendo somado
40 gols e levados 18 - saldo de 31 bolas no filó. Sobre o gol, foi escrito: “Ipojucan
e Ademir fizeram uma das mais lindas jogadas da história do Maracanã. Ao
perceber a defesa (rubro-negra) mal colocada, Ipojucan fez um toque, de
calcanhar, para Ademir entrar livre e marcr (o gol) com um chute violento” – o que você vê nas fotos do lance.
REPRODUÇÃO DE ESPORTE ILUSTRADO
Ademir solta a bomba e explode o maior rival...
Depois daquela vitória, o Vasco da Gama
disputou mais cinco partidas do Campeonato Carioca – 2 x 0 América; 4 x 1
Bonsucesso; 2 x 2 Fluminense; 2 x 1 Bangu e 1 x 0 Olaria – e que foram
consideradas as últmas do Expresso da
Vitória, a fortíssima equipe difícil de ser batida e que conquistou cinco Estaduais-RJ
(1945/47/49/50/52) e um Sul-Americano (1948), em sete temporadas. Na vitória
citada acima, a Turma da Colina, comandada pelo treinador Gentil Cardoso, alinhou:
Barbosa, Augusto e Haroldo; Ely, Danilo e Jorge; Sabará, Ipojucan, Ademir,
Alfredo II e Chico.
... em clássico de 1952, da época do Expresso da Vitória.
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