O Brasil pré-Fernando Collor olhava para bom cenário externo, com o neoliberalismo em moda. Em 1990, com o país já collorido, o homem achava ter munição suficiente para lançar plano econômico e decretar medida provisória sem papo com o Congresso Nacional. Segundo ele, acabaria com a inflação, melhoraria a economia e mataria a corrupção. Era início de março daquele 1990, rolou feriado bancário e o Collor de Melo surpendeu o povão com oito itens: poupança acima de 50 mil cruzeiros novos (moeda da época) retida; retrocesso nos preços; troca de moeda (de cruzados novos para cruzeiros); privatização de estatais; reforma administrativa, com fechamento de ministérios, autarquias e empresas públicas; demissão de funcionários públicos; abertura do mercado brasileiro ao exterior; fim de subsídios governamentais e flutuação cambial controlada pelo Governo.
No iten retenção das poupanças nos bancos, o brasileiro sentiu-se “confiscado”, mesmo com Collor de Melo prometendo devolvê-la dentro de 18 meses, corrigida por juros anuais de 6%. Sustentava que 90% das contas “poupeiras” ficavam abaixo dos 50 mil e que a retenção não prejudicaria a economia nacional. Dizia que obteria liquidez e financiaria projetos econômicos Resultado: o Plano Collor foi um fracasso. Reduziu a inflação no primeiro mês de vigência, mas, nas semanas seguintes, os preços seguiram subindo. E o salário, óhóhóhó!
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