Roberto Diamite
havia sido convocado, pelo treinador Oswaldo Brandão para reforçar uma seleção
mineira que representara o Brasil em duas partidas, contra o Peru, pela Copa
América-1975, entre setembro/outubro de 1975. Voltou a ser chamado, em abril de
1976, para o time principal encarar os uruguaios, valendo a Taça do
Atlântico/Copa Rio Branco. E, em maio, para ir ao Torneio Bicentenario da
Idependência dos Estados Unidos. A partir dali, totalizou mais 22 partidas
amistosas e 13 gols. Em fevereiro de 1977, Brandão caiu e sua vaga foi
preenchida por Cláudio Coutinho, que o chamou para quatro prélios das
Eliminatórias da Copa do Mundo-1978, e mais três amistosos.
Em 1978 e, dos
cinco amistosos disputados pelo time canarinho, o Dinamite só teve uma
convocação, pois não havia feito um bom Campeonato Brasileiro-1977, marcando só
sete gols. Após o final daquele Brasileirão – começou em outubro e terminou em
março de 1978 - saiu a convocação do
escrete canarinho para o Mundial da Argentina. O Dinamite, aos 23 de idade, esperava
estar na lista dos convocados, mas o treinador Cláudio Coutinho preferiu para a
posição dele o artilheiro Nunes, que havia
encaçapado o dobro de gols do vascaíno no Brasileirão (14 x 7), ficando e terceiro
lugar na escala dos “matadores”.
Que pacada para o
Dinamite! Ele atravessava momento ruim não só dentro de campo, como fora. A
segunda gravidez de sua mulher – Jurema – tinha sido muito acidentada, com o
parto, em janeiro de 1978, prematuro, de sete meses, levando o bebê (Tatiana) a
passar 20 dias em encubadeira. Deentro de campo, quando jogava comandado por
Oswaldo Brandão, fazia na Seleção o mesmo que no Vasco da Gama. Com o Coutinho,
tinha que voltar, buscar jogo. Não conseguia se enquadrar no “estilo
polivalente”.
REPRODUÇÃO DE SITE DA FIFA
Rola a bola, o Brasileirão-1978 e, no 25 de março, na casa do adversário, o Vasco da Gama mandou 3 x 1 Guarani de Campinas, com os três tentos marcados pelo Dinamite. Gols que começaram a mudar a sorte dele. Depois, marcou seis, em nove jogos, entre amistosos e o BR-78, e foi chamado para disputar a Copa do Mundo da Argentina. De início, não ficou nem no banco dos reservas. Mas, quando entrou no time, marcou três gols, em cinco jogos, e voltou “campeão moral”, no dizer do técnico Cláudio Coutinho, porque o Brasil não perdera nenhuma partida, ao contrário da campeã Argentina, que caíra em uma.
Vasco da Gama 3 x 1
Guarani de Campinas, da redenção do Dinamite, foi assistidoi por 10.3452
pagantes, apitado por Luis Zeltermann Tores-RS, no Estádio Brinco de Ouro da
Princesa, com os tentos do artilheiro saíndo aos 5, 14 e 44 minutos do primeiro
tempo. Seu time estava treinado por Orlando Fantoni e começou a peleja com: Mazaroppi; Orlando Lelé, Gaúcho, Geraldo e Marco Antônio Tri; Helinho, Zanttta e Paulo Roberto;
Guina, Roberto Dinamite e Paulinho Massariol.
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