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Válter e Vavá estiveram infernais diante do 'Diabo' |
A "Manchete Esportiva" Nº 42, datada de 8 de setembro de 1956, ilustrou vitória do Vasco, sobre o América, por 3 x 1, com 10 fotografias. Valeu pela sexta rodada do primeiro turno do Campeonato Carioca e rendeu Cr$ 1 milhão, 277 mil, 744 cruzeiros e 44 centavos. Sabará, Válter Marciano e Vavá marcaram os gols.
Diz a matéria, sem assinatura, no título, que "Quem viu o diabo foi o América". E narra a história do confronto, contando que o "Time da Colina" foi ao Maracanã para ser "sempre mais perigoso nas pontadas, colocando a defesa rubra, mercê de excelentes deslocações de sua vanguarda, em constante polvorosa". Elogia o preparo físico do time e vê o treinador Martim Francisco armando a equipe " a olhos" vistos. .. "o Vasco agiu, mais uma vez, de forma inteligente. Embaraçou a retaguarda adversária e, firme na defesa, alcançou um triunfo de expressão, que o guindou à liderança do campeonato", prossegue o texto.
OS GOLS - Aos 31 minutos, o americano Hélio fura, pela intermediária. A bola sobre para Pinga, que chuta ao gol. Pompéia salvou, mas não conseguiu segurara pelota. Ângelo tentou afastá-la dali, mas esta bateu no peito de Sabará, que aproveitou a sobra, avançou e fulminou: 1 x 0, placar do primeiro tempo.
O segundo tento saiu, aos 32 minutos da segunda etapa, quando o América entusiasmava-se para dominar a pugna, após ter empatado, aos 14. No lance fatal, Pinga centrou a "maricota" para dentro da área americana. Como o goleiro Pompéia e o zagueiro Ângelo erraram (de quem seria a bola?), Sabará e Válter foram mais espertos e entraram com bola e sorrisos arco a dentro – o juiz considerou gol de Válter: 2 x 1.
Vavá fechou a conta, aos 37. Em mais uma falha de Pompéia, que não segurou um chute violentíssimo, de Válter. O atacante pernambucano pegou o rebote e não perdoou: 3 x 1.
A turma do dia teve: Carlos Alberto Cavalheiro, Paulinho de Almeida e Bellini; Laerte, Orlando e Coronel: Sabará, Livinho, Vavá, Válter Marciano e Pinga. Pela análise da revista carioca, os jogadores vascaínos estiveram pelo mesmo nível. Laerte e Válter levaram a nota 9, e Coronel e Livinho a 7. Os demais ficaram com a 8. Com aquele triunfo, o grupo de Martim Francisco ficava com apenas um ponto perdido (critério da época), um a menos do que América e Flamengo. Confira a sequência de fotos foi clicada por Jader Neves.
ROTA DO ALMIRANTE - Até aquela dia, o time cruzmaltino só deixara de vencer na segunda rodada, quando ficara no 0 x 0, com o Botafogo, em 29 e julho, no mesmo Maracanã. Três dias antes, em São Januário, mandara 4 x 0 pra cima da Portuguesa-RJ.
Na terceira rodada, em 12 de agosto, o batido chamou-se Madureira, em seu estádio, à Rua Conselheiro Galvão. Levou 4 x 1. O próximo, uma semana depois, foi o Canto do Rio, por 2 x 0, na Colina. Para não deixar dúvidas de que era candidato a carregar o "caneco", no dia 26, passou pelo Fluminense, em sua última partida de agosto, com 3 x 2. A turma estava fera, feríssima!