Vasco

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domingo, 19 de junho de 2016

DOMINGO É DIA DE MULHER BONITA - OLIVINHA CARVALHO, VASCAINÍSSIMA

 Cantora das rádios Nacional e Mayrink Veiga, ela garantiu à revista “Radiolândia” – Nº 42, Ano II, de 22 janeiro de 1955 – ser torcedora cruzmaltina desde “que me entendo como gente”.  Jurou vibrar muito nas vitórias e sofrer com as derrotas. Sempre que a sua agenda de trabalho permitia, comparecia aos jogos da “Turma da Colina”, gritando e torcendo bastante. Pulava, de contentamento, quando Ademir Menezes, Vavá Pinga ou Sabará fuzilavam as redes adversárias.
 Era assim, quando estava no estádio, a animadíssima Olivinha Carvalho. Quando o “Almirante” estava sendo atacado, ou com alguém mirando no arco defendido pelo goleiro Barbosa, ela tremia de medo. Gols só deveriam ocorrer nas bolas chutadas pela turma do Vasco, “indiscutíveis”. As do adversário, que fosse para fora.
 De tão vascaína que era, Olivinha posou para o  fotógrafo Wilson Lopes, no meio do time da Colina, a aceitou fazer uma pose, no gramado, usando o uniforme de jogo do time. Muito provavelmente, a primeira de uma foto sexy de uma torcedora vascaína publicada pela imprensa. Mas bem comportada.
 Quando a cantora chegou ao estádio de São Januário, o treinador Flávio Costa preparava-se para iniciar os trabalhos com a rapaziada. Todos a cumprimentaram. Ao ver Olivinha, o técnico “sargentão” abriu um sorriso e a cumprimentou, calorosamente, dizendo: “Espero que você nos tragas mais sorte”, no que ela respondeu: “A sorte não será trazida só por mim, mas pro toda a imensa torcida do nosso Vasco”. 
 Como a equipe disse “a casa é sua, fique à vontade”, Olivinha visitou todo o complexo esportivo que servia ao futebol vascaíno e, também, a piscina olímpica. Assistiu uma parte do treino coletivo do dia e, quando posou para as fotos que você vê, encarou o ataque do sol forte que brilhava sobre São Januário, como os grandes zagueiros da Colina.
Em 1952, Olivinha gravou um grande sucesso, o bolero "Coimbra", de José Galhardo e Raul Ferrão. Em 1955, quando ocorreu aquele encontro de astros da Colina com a estrela, Olivinha fez muito sucesso com o fado” Foi Deus”, de Alberto Janes. Até hoje, esta canção é muito executada, integrando o rol dos “sucessos eternos”. Mas o seu maior sucesso foi um outro fado,  "Ai, Mouraria", de Frederico Valério e Amadeu do Vale.
Olivinha cantava desde os cinco anos de idade, no Programa Heraldo Português, da carioca Rádio Cajuti. No disco, estreou em 1940, levada pelo compositor Braguinha, para a gravadora Colúmbia, onde colocou voz em "Folhas ao vento", e o fado "Evocação", de Antônio Russo e Américo Morais. Em 1947, atuou nos filmes "Esta é fina" e "Fogo na canjica", ambos dirigidos por Luiz de Barros", que a dirigiria depois, em "Eu quero é movimento
 Em 1949, Olivinha passou a cantar mais a música portuguesa, a começar pelos fados "Juramento" e "Quanta saudade", ambos de Antônio Ferreira e Armando Nunes.

 

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