Vasco

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sábado, 11 de junho de 2016

BELAS NA ESPORTVA - MARIA, YANA E SELMA

 Um time repleto de moças lindíssimas e que nunca brigavam com o namorado. Porque o namorado delas era o vôlei. É o que todo treinador sonha.
Se dizem que “mineiro trabalha em silêncio”, o Minas Tênis Clube, de Belo Horizonte, descobriu uma turma assim na Escola Normal de Educação Física e Desportos da cidade! As meninas, amigas de todas as horas, caíram como uma luva na equipe alviazul das Minas Gerais. E como!
Isso acontecia em 1957, quando Marta Miraglia, Zilá, Jane, Augusta, Alma, Sueli e Maria formaram uma grande equipe para o time belo-horizotino. Todas haviam começado o namoro com o voleibol em joguinhos de escolas secundárias.
A que viria a ser a considerada a “mola mestre” da representação chamava-se Maria do Espírito Santo Correia. Tinha 17 anos e jogava com a camisa 15. Moreninha, demonstrando uma energia impressionante na quadra, brilhava em todos os jogos. Irregularidade estava fora do seu histórico esportivo. Sem cogitação!
Maria descrevia o esporte como “um espetáculo na vida de uma garota”. E complementava: “Saúde e disposição a gente aproveita até o fim”. Beleza! Por isso,  Estudante de Educação Física, com a fome que tinha de esporte, Maria não deixava por menos. Anda praticava atletismo e basquete. “Fera das Alterosas.
                                   YANA
Ela era apaixonada pelo balé, quando era uma garotinha. Chegou a assustar os pais. Depois, virou desportista, em 1954. E, de saída, venceu o torneio de arco e flecha, dos Jogos Infantis do Rio de Janeiro. Como não repetiu o feito no ano seguinte, mudou para o tiro ao alvo, embora não fizesse muito sucesso em casa. Seus pais viam a modalidade como “muito estúpida” para moças. Considerações à parte, valeu-lhe medalha de prata. Em 1957, como o seu colégio, o Anglo-Americano, preferiu ficar fora dos Jogos Infantis, para promover uma olimpíada interna, ela decidiu competir pelo Centro Israelita Brasileiro, do qual a sua família era membro.
Além do tiro ao alvo e do arco e flecha, Yana Purim praticava, também, a ginástica desportiva. O próximo esporte a experimenta-lo seria uma brincadeira chamada “aqualoucos”, isto é, de piruetas malandrinhas em saltos ornamentais.
 Fora das atividades desportivas, Yana, cujo nome é um derivativo do indígena Yara, aprendia a tocar violão e piano. Assim, como os malandros “aqualoucos”, quando precisava descolar um aumento de mesada, fazia um quitute caprichado para o pai. E flechava o bolso do coroa –Yana foi fotografada por Ângelo Gomes, para o Nº 81 da “Manchete Esportiva” de 8 de julho de 1957.

                                       SELMA
  Ela trabalhava na Panair, mas não era aeromoça. Era moça aérea. Vivia no ar, subindo para bater forte e derrubar a bola do outro lado das quadras de vôlei. Da mesma forma, tirava os pés do chão e decolava para colocar a bola no aro do basquete.
Com a mineirinha Selma Rezende era assim. Uma autêntica "Fera das Alterosas". Além das duas modalidades em que era craque, mostrava veneno, também, na seleção mineira de atletismo. Era daquele ofício.
Quando voltava a Lavras, a sua cidade, levava medalhas para mostrar aos conterrâneos, como a de prata do Campeonato Brasileiro-1956, no arremesso do dardo, e a de ouro, buscada pelo Colégio Gamon, de sua terra, quando disputou os Jogos da Primavera do Rio de Janeiro. Selma excedeu: bateu o recorde do arremesso do peso.
 Na opinião desta "Fera das Minas", toda garota que jogava basquete, gostava do vôlei. E discordava dos que diziam que "bola ao cesto" não era esporte para moças. Garantia que qualquer modalidade bem praticada fazia era bem às meninas. Antes de ser do time de vôlei do Minas Tênis Clube, ela defendia a equipe basqueteboleira do Lavras Tênis Clube. Ela postou para esta foto da "Manchete Esportiva" de 13 de outubro de 1956, em que era apresentada como "Selma, a Tal em Qualquer Esporte". Está escrito assim.

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