Vasco

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domingo, 12 de março de 2023

DINAMITE DA PRÉ-COPA DO MUNDO-1978

  Em 23 de janeiro de 1977, Roberto Dinamite participou– dirigido pelo treiandor Oswaldo Brandão -  e marcou o gol de Seleção Brasileira 1 x 0 Bulgária, amistosamente, diante de 67.708 pagantes, no estádio do Morumbi, em São Paulo. Dois dias depois, ajudou a mandar 2 x 0 Seleção Paulista, também, amistosamente,  no mesmo estádio e na presença de 24.944 pagantes. Em 20 de fevereiro, no Estádio El Campin, na colombiana Bogotá, pelas Eliminatórias da Copa do Mundo, novamente, ele foi escalado por Brandão, que perdeu o cargo devido Brasil 0 x 0 Colômbia.

                FOTO DO ARQUIVO DO JORNAL DE BRASÍLIA

Roberto se virava e até se contorcia para marcar gols vascainos

 Caído o Brandão, a vaga foi preenchida por Cláudio Coutinho, que manteve o Dinamite titular e o teve marcando dois gols, em Brasil 6 x 0 Colômbia – 09.03.1977  – pelas mesmas Eliminatórias, com 162.764 pagantes, no Maracanã. O vascaíno seguiu titular, em Brasil 1 x 0 Paraguai – 13.03.1977 -, assistido por 57 mil almas, no Estádioi Defensors Del Chaco, em Assunção, e em Brasil 1 x 1 Paraguai – 20.03.1977 – no Maracanã, prestigiado por 94.947 pagantes.

 Pelos inícios de junho – no quinto dia -, o time do Coutinho não teve trabalho para vencer a Seleção Carioca, por 4 x 2, no Maracanã, divertindo 28.883 pagantes, que assitiram dois gols do Dinamite. Até ali, tudo bem! Veio, então, amistosos com a  Inglaterra  - 08.06.1977 – e a a ainda Alemanha Ocidental - 12.06.1977. A atuação do atacante vascaíno não agradou ao treinador, à imprensa e nem aos 77.130 pagantes do primeiro e os 106.066 da segunda partida.  O Dinamite não conseguiu fazer bem o que o treinador queria e passou a apanhar de todos. Mas ele teria o amistoso do 16 de junho – Seleção Braileira 1 x 1 Seleção Paulista -, no Morumbi, para tentar se redimir das criticas -  102.308 pagantes prestigiaram aquelas pugna. Resultado: não foi esclado nos três amistosos seguintes  - Brasil 3 x 1 Polônia; 2 x 0 Escócia e 0 x 0 Iugoslávia. Voltou nos 2 x 2 França – 30.06.1977, marcando um gol conferido por 83.317 pessoas, no Marcanã; no 1 x 0 Peru – 10.07.1977 –, no Estádio Pascual Guerero, na colombiana Cáli, pouco prestigiado – 18 mil pagantes - e nos 8 x 0 Bolívia – 14.07.1977 -, no mesmo estádio e marcando mais um tento, em jogo também válido pelas Eliminatórias da Copa do Mundo-1978.

Na Seleção Brasileira, pouco tempo para matar a bola no peito e respirar 

  Voltemos à primeira quinzena de junho de 1977. Roberto Dinamite era um homem triste. Desde o após jogo contra os ingleses, quando enfrentara uma dura marcação e não cumprira, com acerto, a sua funão tática. Deveria se deslocar, constantemente, para os dois lados do gramado, a fim de atrair omarcador e abrir espaços para quem viesse de trás. Mas a zaga inglesa sacou, rápido, o barato. Além daquilo, ele deveria ser pivô, receber bolas de costas para a baliza e devolvê-la por toques curtos para quem vinha de frente. Só acertou uma jogadada assim. Quando nada, a repetiu diante dos alemães, no lance do gol do empate brasileiro.

O Dinamite foi criticado, também, por se mostrar mal na marcação das saídas de bola da área do adversário. De sua parte, cobrava dos criticos que ele estava jogando bem diferente do que o fazia no Vasco das Gama, onde as jogadas centralizavam-se nele, que não se preocupava com marcação, como o fez diante de um zagueiro alemão, pelo alto, quando este subia para a área brazuca. Como jamais atuara assim, se perdera no esquema tático. Nos dois amistosos, ele ficou isolado na frente e, quando dominava a bola e tentava virar-se para o gol, já tinha gente em cima. As críticas chegarasm a fazer o Roberto Dinamitge chorar.

Para repórteres que cobriam o Vasco da Gama e o conheciam muito bem, além de não se achar no esquema tático do treinador Cláudio Coutinho, aqueles diziam que o Dinamite sofrera pela ausência de sua mulher, Jurema, enquanto estivera na Colômbia e em São Paulo, pois a tinha por mulher e mãe. E lembravam que a CBF tivera de mandar buscá-la, no Rio de Janeiro, e levá-la até Bogotá, para ele não fundir a cuca. Enfim, enquanto esteve barrado, ele evitava o grupo e isolava-se em seu quarto nos hotéis onde a equipe se hospedava e até fugia da mesa, perdia quilos.

IMAGEM REPRODUZIDA DA EMPRESA BRASILEIRA DE COMUNICAÇÃO

    Roberto foi barrado na Seleção-1977, mas reconvocado para a Copa-1978 

      Pra a comissão técnica da entidade, o comportamento do Dinamite era coisa de quem não tinha estrutura para segurar barras pesadas. Levava em conta que ele vinha da pobreza da Baixada  Fluminense, onde bandidos e policiais só livravam a cara de quem estivesse no topo da glória, o que ele não estava, por aqueles momentos, que só voltaram a melhorar quando Nunes se contundiu e ele ficou com a vaga do atacante do Santa Cruz-PE na Seleção Brasileira que iria disputar a Copa do Mundo-1978.

 Em 17 de maio de 1978, dez meses depois de ser tirado dos planos da Seleção Brasileira, o Dinamite ele voltou a ser um canarinho, substituindo Reinaldo Lima, durante Brasil 2 x 0 Tchecoeslováquia, sob as vistas de 44.180 pagantes, no Maracanã. O mais é a história que todo vascaíno conhece: o Dinamite ficou na reserva, em Brasil 1 x 1 Suécia e em Brasil 0 x 0 Espanha, para o presidente da CBF, o almirante Heleno Nunes, exigir a sua escalação no jogo que classificou o país à segunda fase do Mundial, marcando o gol de Brasil 1 x 0 Áustria, em Mar del Plata, assistido por 35.221 pagantes – convocado em cima da hora, uma história que se repetiria em 1982, como poderá ser lido em “Repórter Dinamite em campo”, publicado pelo Kike no recente dia cinco deste março. Confira!    

     

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