Porquê o Roberto Dinamite foi jogar pelo "pequeno" Campo Grande? Era um sonho da diretoria daquele clube tê-lo vestindo a sua jaqueta, mesmo aos 37 de idade. Como o Vasco da Gama passou a considera-lo “velho, dispensável", sobretudo porque o Almirante terminara o Campeonato Brasileiro em 11º lugar, o clube suburbano pediu ao meia-atacante Elói, amigão do artilheiro - haviam jogado juntos no Vasco da Gama-1983 - para levar um papo com o seu chegado.
O Dinamite tinha propostas de outros clubes, mas ao ouvir o recado deixado pelo Elói em sua secretária eletrônica, o respondeu, topou conversasr com o os cartolas campo-grandenses, achou que aquilo seria um grande desafio e, em 26 de agosto de 1991, lá estava ele, do lado do velho parceiro, enfrentando os vascaínos, pela segunda fase da Copa Rio de Janeiro (não é o mesmo que a Taça Rio), em São Januário, diante de 1.646 pagantes - segunda vez em que o Roberto Dinamite enfrentava o Vasco a primeira, pela Portuguesa de Desportos, em 21 de outubro de 1989, em jogo que terminou no 0 x 0.
Se os cartolas vascaínos achavam o Dinamite um “velho”, até poderiam ter
razão no dia em que o atacante não conseguiu fazer gol e nem imepedir a
goleada Vasco 4 x 0 Campo Grande. No entanto, no 7 de outubro, em Campo Grande
1 x 0 Vasco da Gama, uma segunda-feira, pelo segundo turno da Taça Rio, o meia Elói
fez o gol e derrubou os vascaínos, diante de 536 pagantes, no Estádio Idolo Del
Cima. O Dinamite não pode ser escalado naquele prélio pelo treinador Edu
Coimbra, mas o veterano Elói, também, de 37 nos costados, atuou e impressinou os
cartolas vascaínos.
REPRODUÇÃO DE WWW.VASCONOTICIAS.COM.BR
Em pé, da esquerda para a direita: Galvão, Orlando Fumaça, Celso, Serginho, Pedrinho e Acácio; agachados, na mesma ordem: Dudu, Pedrinho Gaúcho, Elói, Roberto e Almir.
Por aquela fase, o “Campusca” iria enfrentar o Flamengo, pelo Estadual, e o Dinamite falou para seu amigo: “Bola alta sobre a área deles, já viu: vá para o segundo pau, que eu fico no primeiro. Ele vão ficar de olho em mim”. Se o Elói fosse mai alto, teria tido sucesso naquele jogo - mede 1m69cm.
A primeira vez em que Roberto Dinamite e
Elói haviam atuado juntos foi no 21 de janeiro de 1983, no Estádio Castelão, em Fortaleza, em Vasco da Gamas 2 x 0 Ferroviário, pelo Basileiro, diante de 14.644 pagantes. Elói ainda
não era titular do time do treinador Antônio Lopes e entrou em campo durante a
partida. Só passaram a começar partidas juntos a partir de Vasco 1 x 1 Náutico-PE,
assistsidos por 20.503 pagantes, no Maracanã, em 3 de fevereiro daquele 1983,
pelo Brasileirão. Em 6 de março, ainda pelo Brasileirão, em Vasco 5 x 2
Treze-PB, diante de 11.258 pagantes, em São Januário, marcaram gols juntos,
pela primeira vez. Time: Acácio; Galvão, Orlando Fumaça, Celso e Pedrinho; Serginho (Ernâni), Dudu Coelhão e Elói; Pedrinho Gaúcho, Roberto Dinamite e Almir
(Bebeto). Técnico: Antônio Lopes.
Embora tivesse ficado conhecido no futebol por Elói, este nome saiu de
Eloia, do seu sobrenome de registro civil - Francisco Chagas Eloia, nascido em 17 de fevereiro de 1955, em Andradina-SP. Transformado em “corruptela”, foi com a tal que Eloia virou Elói e um cigano da bola,
vestindo 17 camisas, entre 1973 e 1996, tendo a parceria vascaína (1983) sido por 28
jogos e nove gols.
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