Vasco

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quinta-feira, 9 de março de 2023

DUPLAS DINAMITE DA ESQUINA DA COLINA

 Roberto Dinamite teve vários parceiros nas matadeiras duplas de ataque vascaínas. Entre outros, os indiscutíveis Tostão, Romário e Bebeto, campeões mundiais; Edmundo, o melhor do mundo-1997; Cláudio Adão, o último parceiro de Pelé no futebol brasileiro; César e Jorge Mendonça, que haviam sido ídolos da torcida palmeirense; Paulinho Massariol, o principal goleador (pelo Vasco), do Brasileirão-1978, Ferreti, Silva Batuta (Walter Machado), Ramon Pernambucano e outros “menos votados”.  No entanto, nenhum parceiro fez tanto sucesso ao lado do Dnamite quanto o malandrão Dé.     

 Fernando Ferretti, sujeito de 1m90cm de altura, razão de ser apelidado, pelos speakers esportivos, por Chope Duplo, foi o primeiro "dupleiro" do Dinamite, entre finais de 1971 e maio de 1972, apartir de quando o treinador Zizinho (Thomaz Soares da Silva) preferiu formar a sua dupla fatal  com Tostão e o Batuta. Jogando com Ferreti, o Dimamite marcou os seus quatro primeiros gols oficiais: 25.11.1971 – Vasco 2 x 0 Internacional-RS; 27.01.1972 – 3 x 2 Seleção do Zaire; 23.05.1972 – 2 x 1 Pinheiros-PR; 22.04.1972 – 1 x 1 Bonsucesso -, o primeiro treinado por Admildo Chirol e os outros três por Zizinho, que caiu em 18 de maio, por conta de 0 x 0 Olaria, pelo segundo turno do Estadual-RJ, cedendo vaga aos interinos Célio de Sousa e Coronel (ex-lateral-esquerdo cruzmaltino da década-1950). Estes passaram o comando para Mário Travaglini, em 4 de junho e, com este, o Dinamite marcou, do seu quinto ao décimo gol oficial: 10.09.1972 – Vasco 1 x 0 Atlético-MG;  20.09.1972 – 3 x 0 América-RJ (7º e 8º); 12.11.1972 – 1 x 1 Corinthians-SP e 15.04.1973 – 2 x 0 Campo Grande-RJ –, tendo Silva e Tostão por parceiros de frente.

                     FOTO REPRODUZIDA DA REVISTA MANCHETE

         O Ferretão está ao centro deste ataque do Brasileirão-1971

 De Romário Edmundo, Bebeto. Cláudio Adão e Jorge Mendonça nem é precisa falar, pois eles eram famosíssimos, mais conhecidos do que o Papa. Mais vantgem falar do Dé Aranha, com quem o Dinamite formou a trepidante “Dupla da Baixada”, por ser um de Duque de Caxias e o outro de Paraíba do Sul, ambas do estado do Rio de Janeiro. 

Domingo Elias Alves Pedra, o Dé, chegou ao Vasco da Gama, em 1970,  juntamente com o garoto Roberto Dinamite, que incorporou-se ao time juvenil. Seis temporadas mais velho, o Aranha já havia rodado, desde 1966, por Olaria e Bangu, fazendo fama de matador. Mesmo com a diferença de idade, os dois ficam amigões. Mas demoraria para serem relacionados juntos para jogos. Só a partir de 27 de janeiro de 1973 - Vasco da Gama 1 x 0 Argentino Juniors -, em São Januário, quando Dé foi titular e o Dinamite substituiu Tostão. A fómula foi reusada, pelo treinador Mário Travaglini, em 31 de janeiro - Vasco 0 x 0 Atlanta-ARG -, com o Dinamite substituindo o meia Ademir da Silva, e no 4 de fevereiro - Vasco 1 x 0 Flamengo, quando o garoto substituiu Amaraildo Silveira. Dali por diante rolou uma série de partidas em que Dé e Roberto se viam um substituindo o outro, até o 4 de novembro de 1973, quando começaram uma partida juntos, pela primeira vez – Vasco 2 x 0 Atlético-MG -, diante de 27.025 pagantes, no Maracanã, pelo Brasileiro.

                       REPRODUÇÃO DE WWW.SUPERVASCO.COM 

Roberto e Dé foram a "Dupla da Baixada", a mais famosa do Bob 

 Entre 1973/1974, os dois se separaram, devido a ida de Dé para o português Sporting. Foi na volta dele a São Januário, em 1975, que a “Dupla da Baixada” deslanchou. Surgiu até uma caçoada pela qual um torcedor chegava atrasado à arquibancada do estádio e indagava ao outro: ‘Cheguei antes, ou depois do pênalti?” – Dé cavava e o Dinamite encaçapava. Em 1977, novamente, a dupla se desfez - para sempre -, com Dé indo para o América. Por ali, Ramon Pernambucano (Ramon da Silva Ramos) já estava lá na equina paquerando o cargo de novo parceiro do Dinamite.                                                               

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