Se há – ou já houve –
um atleta do futebol vascaíno com tanta antipatia pelo Flamengo, este assina por
Humberto Martins Barbosa. Tudo por conta de uma sacanagem, como contou à Revista
do Esporte. Segundo ele, dirigentes rubro-negros prometeram-lhe incluir em uma
excursão à Europa, para ele poder matar o grande desejo de visitar um seu avô,
em Portugal. Isso, em troca de aceitar não viajar com uma seleção amadora
brazuca que iria a Chicago,nos Estados Unidos, o que foi negociado com o
comando da equipe.
Como os cartolas flamenguistas nada cumpriram,
Humberto ficou, profundamente aborrecido. Ele era amador e tinha contrato, como
profissional, que o Flamengo o deixar na gaveta, sem registra-lo. Então,
valeu-se da brecha e acertou-se com o seu “clube de coração, desde menino”, o
Vasco da Gama, como contou à revista semanária carioca.
- Eu era tão vascaíno
que, quando garoto, pelo Natal, entre os meus presentes estava, sempre, uma
camisas vascaína, contou à RE.
Humberto até teria razões pra aliviar o ódio
ao Flamengo. Afinal, pelo clube que o acolhera, em 1955, havia sido bicampeão
carioca infanto-juvenil-1956/1957, além de representa-lo durante o segundo
Campeonato Sul-Americano de Amadores-1958, no Chile, quando voltou com a medalha
de bronze. (detalhes mais abaixo).
Humberto reproduzido da Revista do Esporte |
Humberto, porém, preferiu tentar a sorte jogando pelo time de
aspirantes do Vasco da Gama, o qual ajudou a ser campeão estadual da categoria,
em 1960.
Com 1m69cm de altura, ele tinha dificuldade em disputas aéreas, também, por pesar só 59 quilos. Os rubro-negros, pelos motivos citados acima, era clube que ele mais gostava de vencer:
Com 1m69cm de altura, ele tinha dificuldade em disputas aéreas, também, por pesar só 59 quilos. Os rubro-negros, pelos motivos citados acima, era clube que ele mais gostava de vencer:
- Contra o Flamengo,
procuro dobrar os meus esforços, revelou à mesma RE.
Humberto concluiu o
antigo curso ginasial, em 1957, no Ginásio Central do Brasil, no bairro do
Meier. Quando falou à RE, namorava a Neuza, que a chamava por Neuzinha,
torcedora que não perdia um jogo do Almirante. Ele foi lançado no time
principal vascaíno pelo antigo xerifão Ely
do Amparo, das décadas-1940/1950.
BRONZEADOS -
goleiros: Márcio (Flu) e Milton (América); Zagueiros: Hércules (Flu), Geraldo
Munhoz (Flu), Marinho (Fla) e Djalma Dias (América); Meias: Paulistinha
(Botaf), Joel Pinheiro (Vasco), Paulo Soares (Bangu), Zé Carlos Moraes (Botaf);
Roberto Passos (Fla), Humberto Martins Barbosa (Fla), China (Botaf); Manoelzinho
(Fla), Hélio Oliveira (Bonsuc), Jorginho Quaresma (Botaf), Décio Viana (Botaf)
e Aloísio Pinheiro (Bang).
Com este grupo, o treinador Newton
Alves Cardoso montou uma seleção carioca juvenil e a Confederação Brasileira de
Futebol-CBD mandou-o ao Chile disputar o segundo Campeonato Sul-Americano de
Amadores-1958.
A garotada até que não fez feio. Venceu a Argentina (1 x 0) e
goleou a Venezuela (4 x 0). Empatou com o Uruguai (2 x 2) e os anfitriões
chilenos (2 x 2). Mas uma escorregada diante do Peru (1 x 2), deixou a patota
com a medalha de bronze, ficando a prata com os eternos rivais argentinos, por
dois gols a mais de saldo (6 x 4) – os uruguaios (7 x 6 pontos, um a mis do que
argentinos e brasileiros), levou o ouro, mas com mesmo saldo de gols brazucas.
O torneio, promovido pela
Confederação Sul-Americana de Futebol, teve bola rolando, entre 13 de março a
dois de abril, em gramados de Valparaíso e de Santiago.
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