24 de junho de 1950 - Com sete vascaínos no time - Barbosa, Augusto, Ely do Amparo, Danilo, Manca, Ademir e Friaça, além do treinador Flávio Costa -, a Seleção Brasileira pisava no gamado do Maracanã, para abrir a Copa do Mundo-1950, enfrentando o México. O estádio nem estava totalmente pronto para uso. Para a torcida brasileira, não importava conviver, durante 90 minutos, com cimento fresco. O que a galera queria era bola na rede - e teve, rapidão.
Rolavam as solenidades inaugurais daquele Mundial de futebol, com os canhões do Artilharia de Costa disparando os tradicionais 21 tiros de saudações. Sua senhoria, o juiz inglês George Reader, muito apressadinho, mandou bola rolar debaixo dos estrondos canhoneiros. No primeiro minuto, Jair Rosa Pinto (vascaíno, por 193 jogos e 62 gols, entre 1943 a 1946), passou a bola para Ademir Menezes, dentro do círculo central do gramado. O goleador vascaíno ligou a turbina, disparou rumo à área mexicana e, em tremendaço rush, terminou com maricota na rede.
Os tiros ainda estavam pela metade. Coberto pela fumaça espalhada pelos canhões, Ademir foi pra galera e abriu os braços, mandando dizer a 81.649 pagantes (e ao convidado especial, o presidente da república, Eurico Dutra): "Comemore, povão. A festa é sua - e o gol vascaíno.
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