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segunda-feira, 18 de janeiro de 2021

MEMÓRIA DA PUBLICIBRASPORT-18

   Analisado de hoje - século 21 -, é surpreendente o interesse dos anunciantes comerciais da década-1950 pelo alinhamento do tênis à sua imagem. Na revista semanária carioca O Cruzeiro, a então principal do país, eram vários os recados carregados por uma raquete e mulheres lindamente jovens. Ou, esmeradamente, desenhados, quando saíam na ponta do lápis. Sendo o Brasil nação predominante rural, na época, não havia razão para revista que penetrava maciçamente pelos interiores brazucas divulgar o casamento anunciante/tênis, por ser este esporte elitista, para pessoas de grande poder aquisitivo. 

Em suas viagens, do Rio de Janeiro, onde era produzida, para os sertões brasileiros, O Cruzeiro era deixadas pelos aviões que as entragavam a assinantes – comerciantes, fazendeiros, servidores públicos – sem nenhum contato com a modalidade, bem como jovens que as folheavam. Logo, anúncios atrelados ao tênis eram viagens de agências publicitárias com criadores/redatores se mirando só na vida das grandes capitais. Faz até sentido, tendo em vistsa que o tênis chegou ao Brasil - final do século 19 - trazidos por ingleses e franceses que se instalaram no Rio de Janeiro e em São Paulo. Hoje, propaganda com cunho tenístico não seria politicamente incorreto, como na fase citada acima, pois os brasileiros já somam milhões de praticantes, dos quais 33.675 registrados pela Confederação Brasileira de Tênis.

Consta que tênis vem o francês tenez (pegar, jogar), mas as suas primeiras menções nos chegam do século quinto, vindos do Egito e de alguns países europeus. No século 17, na França, era o jeu de paume, brincadeira, com a palma da mão, entre monges e que chegou aos nobres e até a Inglaterra dos reis Henrique sétimo e oitavo. Modernizado pelos ingleses, no século 19, entrou nas Olimpíadas de 1896, na grega Atenas, e o restante da história todos sabem: virou máquina de fazer dinheiro e astros.

Neste post, temos produtos para a beleza e o bem-estar das belas mulheres e, também, para uso durante competições esportivas. Recados, evidentemente, para gente que vivia pelas capitais, ou cidades grandes, com gente endinheirada.  Digamos, em São José da Mutamba, o trabalhador Aleonda, empregado na casa de Seu Arnaldo, se abrisse uma revista e desse de cara com recado by tênis, não teria a mínima ideia do que se tratava – seguramente, como todo interiorano, sertanejo.     

 

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