No 2 de julho de 2011, o católico Itamar Franco atendeu convocação do Partido do Altíssimo e foi politicar nas Graças do Senhor. Como 33º presidente da república brazuca, deixou três grandes marcas, sempre lembradas pelos historiadores do seu governo (ler adiante), que rolou entre 29 de dezembro de 1992 a 1º de janeiro de 1995 - após a renúncia do antecessor Fernando Collor de Mello.
Além de fatos políticos e econômicos, o
mandato presidencial de Itamar Franco ficou marcado, também, pelas suas muitas
brigas com os fotógrafos. Ao ver jornais publicando imagens sua que lhe
desagradavam, ele soltava os bichos: “Filhos da......Não largam do meu pé. Onde
vou, tem mais de 30 me perseguindo. Batem as mais exóticas fotos, só pra me
sacanearem. Só faltam me fotografar coçando o....”, lembrava Gervásio Batista,
da então extinta e governamental Radiobras.
Quando dormia com uma de suas (muitas)
namoradas, Itamar aparecia mais calmo com os fotógrafos que o cobriam em
compromisso público matinais. “Presidente: o senhor não gosta, mas foto feia
faz parte da democracia”, cobrou-lhe, certa vez, o fotógrafo Hermínio Oliveira.
Talvez, a pior briga de Itamar com os
fotógrafos foi quando uma de suas namoradas apareceu caminhando com ele pelos
gramados do Palácio da Alvorada. Iriam sair naquele que era um final de semana.
Ao ver a moça de mãos dadas com ele, os ‘caras’ subiram na cerca da casa, com
as suas teleobjetivas disparando, insistentemente, e deixando o presidente uma
fera. Quando os encarou, ele os acusou de invasão de privacidade e gritou: “Não
sou o Governo, neste momento, mas um cidadão comum, igual a vocês”, nunca esquecia
disso Tadashi Nakagomi, então no Jornal de Brasília.
Se tinha bronca dos fotógrafos, curiosamente,
Itamar curtia as sacanagens que os chargistas faziam com ele, como desenhando o
seu pimpão em tamanho exagerado. “Eu acho isso um abuso”, criticava o porta-voz
Fernando Costa, tentando justificar: “Sou jornalista, como vocês, mas se
deveria levar em conta que o presidente da república não é só uma pessoa
física, mas o chefe da nação. Não deve ser ridicularizado”.
Naquele momento, “do outro lado do balcão”,
Fernando Costa era cobrado pelo
jornalista carioca Armando Simões: “Fotos e charges sacaneando o “home”
são coisas de um país tropical, cara. Aqui, levamos tudo na baderna”.
POLITICAÇOS – Itamar Franco assumiu a
presidência da república com o apoio de todos os partidos políticos. Os fatos mais importantes
da sua gestão foram: 1 - plebiscito para
os brasileiros dizerem se queriam monarquia ou república, parlamentarismo ou
presidencialismo, em abril de 1993 – preferiu república presidencialista; 2 –
plano econômico (Real) para acabar com a hiperinflação e estabilizar a moeda,
por meio de contenção dos gastos públicos; privatização de estatais; redução do
consumo; aumento de taxas de juros e
abertura da economia à competição internacional; 3 – suas lideranças
parlamentares conseguiram criar a Comissão Parlamentar de Inquérito-CPI, que
apurou denúncias de desvio de verbas públicas, por
meio de emendas apresentadas à Comissão
do Orçamento. Foi chamada por CPI dos Anões, devido deputados “comissionistas”
serem baixinhos. Dos 18 acusados, seis foram cassados
e quatro renunciaram aos mandatos,
na primeira vez em que o Congresso Nacional brasileiro teve parlamentares
investigando colegas.
Itamar Augusto Cautiero Franco tinha certidão de batismo informando que nascera na mineira Juiz de
Fora, em 28 de junho de 1931. Havia versões, no entanto de que viera ao mundo
sob águas da Bahia, quando a sua mãe viajava em um navio.
Era
inícios de 1989,
quando Itamar Franco topou convite de Fernando Collor
de Melo, então governador de Alagoas, para ser
o seu vice na chapa do “breguíssimo” Partido da
Reconstrução Nacional-PRN, em novembro. Ao anunciar isso
aos jornalistas que estavam na sala de imprensas da Câmara dos Deputados, levou
uma vaia, pois todos antipatizavam com o Collor, que largou a corrida presidencial com 2% das intenções
de votos, além de ter tentado
outros parceiros, que recusaram, por não botarem fé nele. Sem partido e em final de mandato senatorial, Itamar topou, com
Fernando Collor levando muito em consideração a sua imagem de politico
honesto e pobretão, e a sua boa base eleitoral, em Minas Gerais. Torcedor do América Mineiro, o ex-presidente Itamar, faz,
hoje, então, um time de temporadas em que foi integrar o time dos políticos Lá
de Cima.
Como é bom ver que hoje o Vasco da Gama já troca passes com rapidez, com vontade de vencer, confiante em si mesmo. E isto de dizer que o Palmeiras jogou com o time reserva é conversa fiada. Com o número de substituições e tamanho dos elencos, já não se deve mais falar em time titular ou reserva .
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