Vasco

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segunda-feira, 4 de julho de 2022

                                  4 DE JULHO

Festa na Colina. Foi a brasa da casa no 4 de julho de 1948. Naquela ocasião, o Vasco conquistou o Torneio Início do Campeonato Carioca, um "aperitivo", desde 1916,  para o inicio do Estadual. Para chegar ao título, a rapaziada começou vencendo o Bonsucesso, por 1 x 0.  Chico bateu no barbante, aos 8 minutos do jogo que tinha dois tempos de 15, cada. Mario Vianna apitou e o time foi: Barbosa, Wilson e Rafagnelli; Ely, Danilo e Jorge; Djalma, Maneca, Dimas, Ademir Menezes e Chico.
No segundo compromisso, diante do América, a decisão foi por pênaltis e a moçada mandou 3 x 2, com Friaça sendo o batedor. Carlos de Oliveira Monteiro, o "Tijolo", apitou e o time só trocou Dimas por Friaça, tendo sido: Barbosa, Wilson e Rafagnelli; Ely, Danilo e Jorge; Djalma, Maneca, Friaça, Ademir e Chico.
 Na decisão, apitada por Mário Vianna, 1 x 0 sobre o Olaria, com gol de Friaça, aos 8 minutos do segundo tempo. O time foi quase o mesmo da partida anterior, só trocando Ademir, por Tuta. Jogaram: Barbosa, Wilson e Rafagnelli; Ely, Danilo e Jorge; Djalma, Maneca, Friaça, Tuta e Chico.
DETALHE:  O Vasco foi campeão do Torneio Início em 1926/29/30/31/32/42/44/45/48/58, ressaltando-se que, em 1932, houve duas disputas, com os vascaínos vencendo a da Associação Metropolitana de Esportes Athléticos. A outra foi da Liga Metropolitana de Desportos Terrestres. 

O baixinho ponteiro-esquerdo Djayr
CAMPEÃO MUNDIAL?  O torcedor mais fanático não perde a chance de dizer que o Vasco foi campeão mundial, pela primeira vez, em 1953. Poderia até ter sido. Explica-se: até 1950 não havia torneios internacionais, só amistosos. Em 1951, a então  Confederação Brasileira de Desportos promoveu a Copa Rio, com a ajuda da FIFA, reunindo times de referência mundial. Repetiu a dose no ano seguinte e, para fazer a terceira disputa, mudou o regulamento e patrocinou uma “puxadinha de saco” do seu presidente, chamando-a de Torneio Octogonal Rivadávia Correa Meyer.     
 Com jogos no Rio de Janeiro e em São Paulo, entre 7 de junho e 4 de julho, foram formados dois grupos. De saída, todos contra todos dentro de suas chaves, classificando-se dois para as semifinais. Estas em duas partidas, cruzando-se os agrupamentos, para se ter os finalistas. No RJ, ficaram Vasco, Botafogo, Fluminense e Hibernian, da Escócia. Em “Sampa”, duelaram Corinthians, São Paulo, Sporting, de Portugal, e Olímpia, do Paraguai.
Os cruzmaltinos colocaram todo mundo no chileno e foram campeões invictos. Na estreia, contra os europeus, um empataço: 3 x 3, em 7 de junho, no Maracanã. Mário Vianna apitou e Alvinho (2) e Maneca “estufaram os cordeia da cidadela escocesa” como narravam os “speekers” de antigamente. Uma semana depois, no mesmo local, Sabará e Pinga marcaram e mandaram 2 x 1 no Fluminense. Passado mais sete dias, Maneca e Pinga visitaram as redes e novo 2 x 1 rolou, desta vez diante do Botafogo.
Vieram as semifinais e o Vasco mandou 4 x 2 e 3 x 1 no Corinthians, respectivamente, em 24 e 28 de junho, com ambos os pegas no “Maraca”. No primeiro, Pinga (2), Maneca e Ipojucan foram os “caras”. No segundo,  Maneca, Sabará e Dejayr garantiram a vaga nas finais.  
 Também em dois jogos, a decisão foi contra o São Paulo. No  jogo de ida, em 1º de juho, no Pacaembu, os vascaínos foram à casa do adversário e Dejayr marcou o gol do 1 x 0. Em 4 de juho, no Maracanã, o títuo foi conquistado, por 2 x 1, com dois gols de Pinga. Mário Vianna estava com o apito e a renda chegou a Cr$ 723.917,00 (cruzeiros). Zezé Moreira treinava a rapaziada, que foi: Ernâni (Osvaldo Baliza), Mirim e Belini; Ely, Danilo e Jorge; Maneca (Alfredo II); Ipojucan, Ademir Menezes (Maneca), Pinga e Dejayr.
E assim se conta a história do “primeiro título mundial” cruzmaltino. O “segundo” foi no “Torneio de Paris”, em 1957. 

                            FOI ASSIM QUE O VASCO CONQUISTOU A III COPA RIO
07.06. 1953 – Vasco 3 x 3 Hibernian-ESC. Estádio: Maracanã. Juiz: Mário Vianna. Renda: Cr$ 745.954,00. Gols: Alvinho (2) e Maneca. VASCO: Osvaldo, Augusto, Bellini, Eli, Mirim e Jorge, Pedro Bala (Alfredo II), Maneca, Vavá (Ipojucan), Ipojucan (Alvinho) e Chico Técnico: Zezé Moreira
14.06.18953 – Vasco 2 x 1 Fluminense. Estádio: Maracanã (RJ). Juiz: Franz Grill. Renda: Cr$ 1.141.693,50. Gols: Saará, Pinga e Simão. VASCO: Ernãni, Augusto (Bellini) e Haroldo; Mirim, Danilo e Jorge; Sabará (Alfredo), Maneca, Ipojucan, Pinga e Chico.Técnico: Flávio Costa

21.06.1953 – Vasco 2 x 1 Botafogo. Estádio Maracanã (RJ). Juiz: Mário Vianna. Renda: Cr$ 1.067.933,00. Gols: Maneca e Pinga. VASCO: Ernani, Augusto (Bellini) e Haroldo: Mirim, Danilo e Jorge; Sabará, Maneca, Ipojucan, Pinga e Simão (Djayr). Técnico: Zerzé Moreira.  

24.06.1953 – Vasco 4 x 2 Corinthians. Estádio: Marcanã (RJ). Juiz: Erik Westman (SUE). Renda: Cr$ 487.924,60. Gols: Pinga (2), Maneca e Ipojucan. VASCO: Ernãni, Mirim e Bellini; Ely, Danilo e Jorge; Sabará (Alfredo), Maneca, Ipojucan, Pinga e Djayr.Técnico: Zezé Moreira

28.06.1953 – Vasco 3 x 1 Corinthians. Eswtádio: Maracanã (RJ). Juiz: Erik Westman (SUE). Gols: Maneca, Sabará e Djayr. VASCO: Ernãni, Mirim e Bellini; Ely, Danilo e Jorge; Sabará, Maneca, Ipojucan (Ademir), Pinga e Djair. Técnico: Zezé Moreira.  

01.07.1953 – Vasco 1 x 0 São Paulo. Estádio: Pacaembu (SP). Juiz: Mário Vianna. Renda: Cr$ 979.256,00. Gol: Djayr. VASCO: Ernãni, Mirim e Bellini, Ely, Danilo e Jorge; Sabará (Maneca (Ademir (Alfredo)), Maneca (Ademir (Maneca)), Ipojucan (Ademir), Pinga e Djayr.Técnico: Zezé Moreira

04.07.1953 – Vasco 2 x 1 São Paulo. Estádio: Maracanã (RJ). Juiz: Mário Vianna. Renda: Cr$: 723.917,00. Gols: Pinga (2). VASCO: Ernãni (Osvaldo), Mirim e Bellini, Eli, Danilo e Jorge, Maneca (Alfredo), Ademir (Maneca), Ypojucan, Pinga e Djayr. Técnico: Zezé Moreira.

TÚNEL DA COLINA - Na matéria anterior  estávamos em 1953, confere? De lá, a história cruzmaltina vai viajar por 28 temporadas. Pegue o embalo do tempo, ok Pois bem! Em 4 de julho de 1981, pelo primeiro turno do Estadual-RJ, a Taça Guanabara, a “Turma da Colina” mandou uma boa bordoada pra cima de um grande rival, o Fluminense: 3 x 0. Era um sábadaço e público de 5.479 pagantes pintou no Maracanã, para conferir, no primeiro tempo, os gols de Ticão, aos 6, e de Silvinho, aos 29 minutos. Na etapa final, Wilsinho matou, aos 12. Valquir Pimentel apitou aquele clássico  que teve o time vascaíno escalado pelo técnico Antônio Lopes com:  Mazaropi; Rosemiro, Orlando (Gilberto), Ivã e Sérgio Pinto; Dudu (Serginho), Zandonaide e Renato Sá; Wilsinho, Ticão e Silvinho.
Em 2007, a rapaziada esteve mais impiedosa, principalmente Darío Conca (2), Wagner Diniz e Ernani, que deitaram e rolaram diante do Santos: 4 x 0. Foi em uma quarta-feira, em São Januário, pelo Campeonato Brasileiro. Treinado por Celso Roth, o time era: Sílvio Luiz; Jorge Luiz, Vilson (Júnior), Rubens Júnior e Wagner Diniz; Roberto Lopes (Thiaguinho), Amaral, Darío Conca e Rafael Nascimento (Ernane); Guilherme e Leandro Amaral. 

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