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quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

A PUBLICIDADE NAS REVISTAS ESPORTIVAS BRASILEIRAS - VIDAS ESPORTIVAS (2)


 As edições produzidas em Belo Horizonte, com o título em grafia modernizada – Vida Esportiva – já se aproximava das revistas de circulação nacional Sport Ilustrado e Globo Sportivo, que, também, atualizaram a grafia de seus nomes. Das  38 páginas editadas, a maioria era sobre o futebol, mas abria-se espaço para modalidades como voleibol, basquetebol, xadrez natação e o interior do estado. 
 
 Publicação mensal, lançada em 1949, as edições dos mineiros adiantaram-se a um expediente que foi usado pela carioca Revista do Esporte, mais tarde: propagar candidaturas políticas, os chamados “santinhos”, contendo recados dos candidatos. Seguramente, reflexo de Minas Gerais ser um dos estados mais politizados do país. Assim foi que, pelo Nº 19, de julho/agosto de 1950, Ano 2, Vida Esportiva, “uma revista a serviço do esporte”, entregou páginas inteiras, entre outros,  a Juscelino Kubitscheck, avisando aos “esportistas” que “à frente da Prefeitura...foi um incansável incentivador dos desportos...à frente do Govêrno de Minas...será uma força viva a serviço do Esporte em nossa terra”; ao pleiteante à presidência da república Christiano Machado, considerando-o “um apelo do Brasil à prudência e ao bom senso dos mineiros”; ao candidato a deputado federal Octacílio Negrão de Lima, “o patrono dos esportes”; ao pretendente  ao governo municipal da capital mineira Heráclito Mourão de Miranda, prometendo que seria “o continuador da ciclópica obra administrativa dos prefeitos Octacilio Negrão de Lima e Juscelino Kibitscheck”.

 Algo que seria muito popular na década-1970 no belo-horizontino Diário da Tarde, os reunidos charges e humor já eram publicados pela revista, em Chutes & Caneladas, com desenhos de Adão Pinho e de Sílvio Costa, ajudando à captação de anúncios – Pinto Alfaiate da moda”;  Reino das Casemiras; Nacional e Viabras (transportes aéreos); Brylcreem (fixador de cabelos); Giovanni (fogão elétrico); Malzbier e Antarctica (cervejas); Gato Preto (guaraná); Sapataria São Geraldo; Carimbos Gualberto; Ecrima Rádios; Biotonico Fontoura; Helmitol (produto da Bayer para os rins); Guanabara (magazine); Manteiga Virgínia Mineira; Casa Alex (eletrodomésticos); Credimata (confecções); Caixa Econômica Federal; Caixa Econômica do Estado de Minas Gerais; Campeão da Avenida (lotérica) e Vida (gordura de coco) estavam entre os anunciantes. 

PAULISTA - Criada por Enrico de Martino, em fevereiro de 1940, teve entre os seus colaboradores um dos maiores jornalistas esportivos da história brasileira, Thomaz Mazzoni, que assinava como “Olimpicus”.
 A publicação priorizava o futebol, mas não esquecia de outras modalidades, como atletismo, automobilismo, basquetebol, boxe, natação, tiro, xadrez, etc. Um detalhe, porém, a distinguia das demais: seus contatos publicitários eram mais ativos. A edição comemorativa do 11º aniversário, com 86 páginas em papel jornal  – Nº 132, de fevereiro de 1951 –, por exemplo, circulou com o recorde de 207 anúncios, de quase todos os setores do comércio paulistano, de alfaiatarias a relojoarias, passando por baterias, geladeiras, rádios, produtos para cabelos, etc. Entre alguns  anunciantes da edição festiva estiveram:  Móveis Paschoal Bianco, ocupando toda a contracapa; Relojoaria Seminário e Auto Elétrico Pedrinho, dividindo a chamada segunda capa, isto é, o verso da capa; Moveis de Aço Fiel, em toda a terceira capa; Cinzano (bebida); Brylkcreem (creme para cabelos); Neon Brasil (luminosos); A Esportiva (loja de material esportivo); Redutor Alfa (modelador corporal); Cantina Américo (pizzaria) e Metalúrgica Matarazzo.      
 Assim como a xará carioca, a Vida Esportiva Paulista (esate era o título) pulicava também o que a outra,  nos inícios do século 20, chamava de “noticias  mundanas”, como cinema, notas sociais, etc. Inclusive, abria espaço para publicação de fotos de crianças.           

    

     




  
 
 
 
 
 






  
 
 

 

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