Vasco

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terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

A PUBLICIDADE NAS REVISTAS ESPORTIVAS BRASILEIRAS - PLACRA SOB NOVA DIREÇÃO

  Em agosto de 2015, pelo Nº 1.405, com 64 páginas, Placar foi às bancas com novo dono. A revista, comprada pela Editora Caras, manteve os mesmos tamanhos e conceição editorial, e circulou com capa trazendo uma sensacional matéria, sobre pai e filho que haviam marcado gols em uma mesma partidas – o pentacampeão mundial Rivaldo e seu filho Rivaldinho (2 gols), jogando pelo Mogi Mirim-SP, contra o Macaé-RJ, em 14 de julho, pela Série B do Brasileirão, quando o pai era o presidente do clube e o estádio carregava o nome do avô do artilheiro da partida.       
 O novo produto chegou trazendo um resumão de tudo o que ocorrera no planeta esportivo, no mês anterior, e um agendão de todas as modalidades pelos dias correntes. Mas nada de novidade. E informou ao leitor que a revista partira para premiação internacional, concedendo a Bola de Prata aos melhores da Copa América-2015.
O Placar de Caras foi às bancas mostrando, também, fome de estatísticas. Além de citar a nota de todos os atletas que haviam disputado a competição continental, encheu a caderneta do torcedor sobre o número de medalhas conquistadas pelos 277 brasileiros que já subiram ao pódio dos Jogos Pan-Americanos e até sobre as eliminatórias para a Copa do Mundo-12018. Em termos de anunciantes, nada havia mudado. Só estampou sete recados – O Boticário (vendendo o perfume masculino Quasar Revolution); Brahma (bebidas); Jontex (preservativo sexual); SESI/SENAI (promovendo a competição internacional WorldSkills São Paulo-2015; Goodyear (pneus Wrangler SUV); Lupo (meias) e The Rolling Stones (revista musical). Nesse rol dos impressos, trouxe uma peça da casa, a revista Recreio, também comprada da Editora Abril, e duas outras publicações da Abril, “Aventura na História e Você S/A.
 Na edição seguinte, Placar aumentou, para 104, o número de páginas, mas só manteve um anunciante  da edição anterior (O Boticário). Seguiu enchendo a cabeça do leitor de números, desta vez até do ParaPan-2015, competição que o brasileiro não dispensa muita atenção, mas conseguiu três novos aportes publicitários – Ministério do Esporte; Ministério das Cultura/Brainstorming Entretenimento; Unimed (plano de saúde) e Honda.  
  Em outubro, marcou um golaço, com espaço dedicado a Pelé, que comemorava 75 anos de vida. Além da capa, trouxe uma grande entrevistas com o “Rei do Futebol”, por 14 folhas, rememorando, também, todas as capas em que ele havia aparecido, e um álbum de fotografias da carreira do “Camisa 10”, que  abriu o jogo sobre o tudo o que lhe fora perguntado. Só que, como capas com Pelé nunca haviam sido fenômenos de venda em nenhuma publicação, naquela foram vendidos  só anúncios cinco espaços em 100 páginas – Olla (preservativo sexual); Brahma/Skol/Itaipava (promoção conjunta); 3ª Rolling Stones Music & Run (promoção musical); Mack Color (etiquetas e adesivos) e Honda.  Há um recado da Rádio Bandeirantes, mas pode ter sido permuta, e a manutenção de “Aventura na História”.
 Em novembro, em seu quarto número, o Placar de Caras bateu o recorde de páginas publicadas por uma revista esportiva brasileira (136), repetindo dois anunciantes, tendo a volta de um anterior (O Boticário) e recebendo peça da Gillette, com Neymar vendendo barbeador. Manteve o esquema de entrevistas longas e cansativas, oferecendo 10 páginas ao então desempregado treinador  Muricy Ramalho  e ao ministro do Esporte, George Hilton. E mais oito para um vice do Brasil nos 6º Jogos Militares Mundiais, repleta de números. Foi um trabalhão com pouco interesse para o torcedor do futebol brasileiro, que viu até pôster de time tricampeão mundial de rúgbi (Nova Zelândia) e apenas uma grande matéria da terra, contando quem era Vasconcelos, atacante do Santos que usava a camisas 10 herdada por Pelé, que o considerou muito melhor do que do que Neymar.    
 A farta quantidade de páginas, o pouco número de anúncios e a divulgação de um livro esportivo chegando à praça foram mantidos na última edição de 2015, que ofereceu um encarte sobre os ganhadores da Bola de Prata. Para finalizar os seus primeiros tempos como proprietária de Placar, a Editora Caras lançou cinco edições especiais – campeões das Séries A, B e Copa do Brasil (Corinthians, Botafogo e Palmeiras); Rogério Ceni (goleiro do São Paulo que encerrara a carreira) e Anuário 2015 da Fórmula-1 (vencida pelo inglês George Hamilton), além de pôsteres de Corinthians, Botafogo e Palmeiras, e o retorno da Edição dos Campeões, exigida pelos leitores. Mais de mil páginas, o que o leitor recebia durante toda a última década. Só um problema: o texto das primeiras Placar de Caras parecia ter sido escrito por semianalfabetos. Palavras repetidas com proximidade; vírgulas parecendo terem sido espalhadas por um ventilador; desconhecimento total da função dos adjunto adverbiais e frases como “foi eliminado para”, quando a preposição correta deveria ser “pelo”. Mas o problema foi identificado e logo corrigido.



Para o torcedor vascaíno da décadas de 1960, este lance representou uma das maiores tragédias da equipe. O zagueiro Russo marca um gol contra, no jogo em que a rapaziada caiu ante o Palmeiras, por 0 x 1, pelo Torneio Rio-São Paulo. Se tivesse vencido, o Vasco viveria mais uma glória. No entanto, a pisada na bola ajudou o  maior rival, o Flamengo, a conquistar o seu primeiro titulo nacional. Até então, os rubro-negros ficavam com inveja de quem já havia vencido tal disputa, em 1958. (Foto reproduzida de A Gazeta Esportiva).

For the Vasco supporter of the 1960s, this move represented one of the greatest tragedies of the team. The Russian defender scores an own goal in the game in which the boys fell to Palmeiras, for 0 x 1, the Rio-São Paulo Tournament. If he had won, Vasco live more glory. However, treading on the ball helped the biggest rival to the Flemish, to win his first national title. Until then, the Rossoneri were jealous of who had won this race in 1958. (Photo reproduced from "Sports Gazette).

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