Mais uma
do time das “mais uma”. Lançada pela paulista Editora Escala, não informava a
data em que estava nas bancas e não trouxe nenhuma inovação. Editada por João
Henrique Pugliesi, usou muito o shows de imagens consagrado por Placar, bem como
as antiquíssimas seções de carta dos leitores e de páginas com notas muito
manjadas pelo torcedor desde os tempos de “Apito final e Uma Volta pelo Mundo na Revista
do Esporte e O Mundo em Manchete Esportiva” – Show de Bola trouxe uma coluna exclusiva
sobre o futebol internacional.
Esta experiência circulou pela mesma faixa da
REVISTA DO FUTEBOL, que viria uma temporada depois. Os tipos de pauta eram
quase os mesmos, sem esquecer da seção nostalgia. Louve-se, porém, a agenda do
mês, para deixar o desportista bem ligado. Eram duas páginas visualmente bem
alegres, repletas de fotos de quem estava acontecendo. Não era novidade, no
entanto. Placar, inclusive, já o fizera. E, na década-1960, a paulistana
A Gazeta Esportiva trazia algo parecido, mas ao contrário, informando o que ocorrera
a cada dia do mês.
Para quem dispunha só
de Placar nas bancas, Whow de Bola chegou como um bom aperitivo. As suas
matérias eram bem pesquisadas, tendo por repórteres Fernando Factori e Rogério Chacon, e os colaboradores Giuliana
Hollo Del Grande Válter Pimentel. O visual era de Michele A. Silva, as fotografias
de Hélio Nório e Renato Costa (contanto com as agências Estado de São Paulo e A
Gazeta Esportiva) e a direção de arte a cargo Edson Gallo, assistido por
Antônio Correa.
Da parte visual, algo merecia discussão: chegou-se a publicar
gráfico com números pequeninos, precisando de lupa para indentificá-los, e
matérias em corpo 12, grande e mais recomendado a quem teve problemas de Acidente
Vascular Cerebral. Uma outra bola fora foram letras bancas pequenas sobre
fundo azul. Também ruim de ler. Show de Bola pecou, também, por fazer matérias
sem intertítulos, cansativas visualmente
Golaços? Uma boa iniciativa foi “Retrato de
Família”, mostrando a ligação do atleta com um familiar. A Revista do Esporte
tinha algo parecido, “Como vive...(fulano)”, que terminava sempre valorizando o
lado familiar de alguém, na maioria das vezes da esposa).
O número sete, com
Edmundo na capa, de volta ao Vasco, após passar pelo Corinthians, trouxe um belo material, em forma de bate-bola
(pergunta e reposta), deixando se explicar o craque que era um dos principais
do futebol brasileiro e, também, um dos mais complicados, envolvendo-se em muitas
confusões. Também, um bom trabalho sobre
a Lei Pelé, inclusive informando quais jogadores se beneficiariam com a sua aprovação.
Um outro golaço da Show de Bola foi o talento
do chargista Juarez. Produziu desenhos engraçadíssimos , tanto como ilustrador
de “causos” da bola (não assinados), do dicionário do futebol e a sua própria
coluna, a Maracutaia Futebol Clube, em quadrinhos.. Publicitariamente, a rapaziada pegava leve.
Por volta de 1996, estava na moda os telefones que forneciam informações sobre
tarô, religiosidade, sexo, gravações sobre terror, os terríveis prefixos 0900.
Eles pintaram na SB, bem como as revisas sobre animais e sexo. Permutas também
não faltaram, com emissoras de TV. Para uma edição colorida, em papel cuchê,
com 72 páginas, precisava-se de muito aporte publicitário. O show não continuou por muito tempo.
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