Vasco

Vasco

sábado, 13 de fevereiro de 2016

PUBLICIDADE NAS REVISTAS ESPORTIVAS BRASILEIRAS - FUT, SEXO E ROCK

 As quatro temporadas de “Placar” mensal foram decepcionantes para os seus proprietários. Vendia pouco mais de 40 mil exemplares. Só virou o jogo quando lançou o guia da Copa do Mundo dos Estados Unidos-1994, com perto de 200 mil vendas. Na euforia do tetracampeonato mundial, vendia 120 mil revistas por mês. Foi quando a Abril decidiu partir para mais uma nova experiência, agora incidindo, forte e, principalmente, sobre o torcedor adolescente, a turminha que tinha o sangue fervendo por esporte, sexo e rock.  
 A fase “Placar Futebol, Sexo e Rock & Roll” das primeiras edições teve revistas enormes, desconfortáveis para o manuseio do leitor.  O Guia do Brasileiro-1995 – nº 1.106B, de agosto – atingiu o maior tamanho de uma publicação brasileira, medindo 36, 2 cm x 27,8 cm, maior do que muitos jornais em formato tabloide. Mesmo com tanto espaço para exibir a marca, só as paulistanas TV Bandeirantes (divulgandoprogramas esportivos e equipe, que incluía os tricampeões mundiais Tostão, Rivellino e Gérson); Rede Transamérica (vendendo seleção de hits e flashbacks em CD e nos antigos LP e cassetes) e  Eucatex (anunciando Rendmax Green, produto para a terra) compareceram às páginas. Sem problemas, pois o primeiro  “Placar” da nova fase vendera 240 mil exemplares. 

O DESCONFORTO de manusear uma revista tão grande não demorou muito. Em 1996 – nº 1.114, de abril – estava menor, medindo 29,8 x   22,7 cm e com um grande número de anúncios (18) – Mangels (calotas para carros); Fearles (marca de tênis); Sandalo e Stradero (calçados); Studio Flash Book Models; Sped Stick (desodorante); Swampy (camisas); Reebok, Nike e Umbro (material esportivo); Chevrolet (divulgando o modelo Corsa); Bino (marca de volante de automóvel); Antarctica (cerveja); Gatorade (energético); Micosty (antimicótico); Mercadão dos Esportes (comércio); Playpiso (pisos esportivos) e SeteSeteCinco (jeans). Em junho – nº 1.116 – manteve aumentou o aporte publicitário, com a chegadas de novos parceiros – Fanta (refrigerante); Diadora (material esportivo); Kildare e Condor (tênis); Lee (jeans); Buettner (panos para banho, cama e mesa); Revista Olímpica e SporTV (podem ter sido permutas); Nestlé e   MF (Maurício Fernandez Promoções, divulgando 8th sports & fitness, programação tipo feira esportiva de negócios e exposição). 
 
Pelo lido, a fórmula de fazer revista esportiva para adolescente bombou, na linguagem daquela galera. Confere? Mas as vendas foram caindo e, dos 240 mil iniciais, ficaram em 120 mil. Juntadas às assinaturas, beirava 180 mil mensais. Foram duas temporadas assim, quando uma edição especial, sobre os 50 maiores times do futebol brasileiro –  nº 1.127ª, de maio de 1997 –, não teve nenhum anunciante em suas 100 páginas.   

Nenhum comentário:

Postar um comentário