Em 1995, Placar partiu para uma nova experiência, desistindo das edições
temáticas que circularam entre 1991 e 1994. Como já lemos, a revista vendia
poucos anúncios e jamais fora um sucesso da Editora Abril. Vendeu bem nas bancas,
após a Seleção Brasileira trazer o tri, do México, mas, assim que a euforia
passou, começou a preocupar a casa presidida por Roberto Civita. Foi salva pela
ideia de um diretor de redação, Milton Graça, de jogar tudo em cima da Loteria
Esportiva (também, como já lemos).
Placar recuperou-se, parcialmente e atingiu venda avulsa de 250 mil exemplares, em 1972. Mas seguiu trajetória de vida, muitas vezes, sob a mira da extinção. E de tudo a sua redação fazia para, editorialmente, motivar o leitor, inclusive o público feminino, que ainda não era muito ligado ao esporte. Por exemplo – nº 63, de 28 de maio de 1971 –, trouxe o primeiro pôster central colorido de uma atleta em revista esportiva brasileira, a professora Maria Helena, que tinha um emprego fora das quadras para poder defender a seleção nacional. Se bem que, por aquele tempo, por lei, o basquetebol ainda era amador, no Brasil.
Placar recuperou-se, parcialmente e atingiu venda avulsa de 250 mil exemplares, em 1972. Mas seguiu trajetória de vida, muitas vezes, sob a mira da extinção. E de tudo a sua redação fazia para, editorialmente, motivar o leitor, inclusive o público feminino, que ainda não era muito ligado ao esporte. Por exemplo – nº 63, de 28 de maio de 1971 –, trouxe o primeiro pôster central colorido de uma atleta em revista esportiva brasileira, a professora Maria Helena, que tinha um emprego fora das quadras para poder defender a seleção nacional. Se bem que, por aquele tempo, por lei, o basquetebol ainda era amador, no Brasil.
Ainda como parte do
esforço de chegar às mãos femininas, Placar deu-lhes, também, o primeiro poster
coletivo central colorido – edição de 4 de junho daquele 1971 –, patrocinado
pela General Motors, aplaudindo a seleção que ficara em terceiro lugar no IV
Campeonato Mundial Feminino de Basquetebol, disputado em São Paulo, vencido
pela então URSS, com a Tchecoeslováquia vice – o time de Maria Helena, Norminha
fizera 55 x 51 França (20.05); 70 x 63 Coréia do Sul (22.05); 77 x 76 Japão
(24.05); 62 x 59 Cuba (26.05); 59 x 68 Tchecoeslováquia (27.05) e 49 x 82 URSS
(29.05). As duas edições, no entanto, tiveram poucos anunciantes, pois o Brasil
ainda era muito machista e as mulheres ainda não ocupavam cargos importantes em
grandes empresas patrocinadoras – Blaupunkt (auto-rádio); Cigarros Continental
(da Companhia Souza Cruz); Exército brasileiro (divulgando a sua Olimpíada);
Eveready (pilhas) e Sindicato Nacional da Indústria de Peças para Automóveis e
Similares/Grupo Setorial dos Fabricantes de Cintos de Segurança foram os poucos
prestigiantes.
Pelo mesmo período – nº 68, de 2 de julho de
1971 –, Placar abriu uma grande série de reportagens, com Pelé narrando ao
jornalista Orlando Duarte as suas memórias de quatro Copas do Mundo, sob
patrocínio das Lojas Ducal, da qual era garoto propaganda. Também, não alterou
muito o quadro de vendas publicitárias. E, assim, Placar foi vivendo, passand0
por fases diferentes, até completar duas décadas nas bancas. De onde saiu, após
o selecionado brasileiro ter sido eliminado, precocemente, da Copa do Mundo da
Itália-1990. Em seu lugar, a Editora Abril escalou “Ação”, uma revista com
adrenalina voltada para o público jovem que adorava esporte, lazer e muitas
emoções. Inclusive, abrindo capa para uma “hermana”, a tenista Gabriela
Sabatini.
Para não perder o título,
em outubro do mesmo ano, Placar lançou uma edição especial comemorativa dos 50
anos de vida de Pelé, em que o “Rei do Futebol” apareceu como garoto propaganda
da Casas Bahia, na contracapa. Com 80
páginas discorrendo sobre toda a carreira do ídolo – nº 1.053, de 23 de outubro
de 1990 – teve só três prestígio publicitários – JVC (câmeras filmadora);
Associação de Assistência à Criança Defeituosa (pode ter sido cortesia) e
Instituto Universal Brasileiro (ensino por correspondência) e poucas peças da
casa.
“Ação” não empolgava tanto,
embora seus editores afirmassem que “A Semana em Ação” (o título) estava
“testada e aprovada”, como “revista semanal moderna, esportiva e divertida”. Placar
não merecia ser esquecida. Prestara muitos bons serviços à torcida brasileira,
como em 1982, quando o repórter Sérgio F. Martins denunciou uma “máfia” que
negociava resultados e acabou com a mística da Loteria Esportiva. Voltou, em
janeiro de 1991, com nova edição dedicadas aos campeões regionais e o aviso de
que, a partir de então, seria mensal e temática. Em fevereiro – nº 1.056 –,
abordou 20 clubes, por um “superguia” do
Campeonato Brasileiro – só com anúncios da casa.
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