Vasco

Vasco

domingo, 28 de fevereiro de 2016

O ADMIRÁVEL ALMIRANTE - 9

Brito e Fontana, dupla que
esteve no jogo
 
 “Eu não escondia que era torcedor do Vasco, mas era rigorosíssimo quando apitava jogos do clube, para demonstrar a minha lisura. Inclusive, a diretoria vascaína não gostava quando eu era escalado para as suas partidas, por achar que eu prejudicava o seu time.
Realmente, em lances sem perigo de nada, pelo meio do campo e pelas laterais, na dúvida, eu marcava a favor do adversário cruzmaltino.
 Certa vez, fui ao Rio Grande do Sul apitar  Vasco x Internacional, não me lembro mais se pela Taça Brasil, ou o Robertão. Marquei um pênalti contra os vascaínos, mas não me lembro do placar. No dia seguinte, cheguei atrasado ao aeroporto e fui um dos últimos a embarcar. Dentro do avião, deparei-me com o time do Vasco. Levei uma vaia da rapaziada.
 Quando passava pelos jogadores, o Fontana disse: ‘Você é um vascaíno que não ajuda a gente”. Então, dei uma de Armando Marques: senhor José de Anchieta Fontana. O lance foi pênalti indiscutível. E fui sentar na primeira cadeira vaga. Ao chegarmos ao Rio (de Janeiro), esperei o avião esvaziar para descer. Não queria levar outra vaia dos vascaínos” – José Mário Vinhas – ex-árbitro da antiga Federação Carioca de Futebol, residente, hoje, em Brasília. 

KIKE NO LANCE – O jogo foi em 18 de de setembro de 1968, pela Taça de Prata, como também chamava-se, na época, o Tornei Roberto Gomes Pedrosa, um dos embriões do Brasileirão. Era noite de quarta-feira e o Inter venceu, por 2 x 1, com o tento cruzmaltino marcado por Valfrido “Espanador da Lua”, um centroavante muito alto. Paulinho de Almeida, ex-lateral vascaíno das décadas-1950/1960, estava como treinador e escalou: Pedro Paulo; Ferreia, Brito, Fontana e Eberval; Benetti e Buglê; Nado, Nei Oliveira (Adílson Albuquerque),Valfrido e Silvinho.      

2 comentários:

  1. O ex-árbitro José Mário Vinhas revela que por ser vascaíno, muitas vezes era acusado de prejudicar o Vasco para demonstrar a sua lisura e honestidade. Bela atitude a sua, diferente de outros, mais ilustres que não se incomodavam muito com isso. Apitavam e pronto...

    ResponderExcluir
  2. Em meu comentário acima, os "mais ilustres" aos quais me refiro, não eram vascaínos.

    ResponderExcluir