Brito e Fontana, dupla que esteve no jogo |
Realmente, em lances sem perigo de nada, pelo meio do campo e pelas laterais, na dúvida, eu marcava a favor do adversário cruzmaltino.
Certa vez, fui ao Rio Grande do Sul apitar Vasco x Internacional, não me lembro mais se pela Taça Brasil, ou o Robertão. Marquei um pênalti contra os vascaínos, mas não me lembro do placar. No dia seguinte, cheguei atrasado ao aeroporto e fui um dos últimos a embarcar. Dentro do avião, deparei-me com o time do Vasco. Levei uma vaia da rapaziada.
Quando passava pelos jogadores, o Fontana disse: ‘Você é um vascaíno que não ajuda a gente”. Então, dei uma de Armando Marques: senhor José de Anchieta Fontana. O lance foi pênalti indiscutível. E fui sentar na primeira cadeira vaga. Ao chegarmos ao Rio (de Janeiro), esperei o avião esvaziar para descer. Não queria levar outra vaia dos vascaínos” – José Mário Vinhas – ex-árbitro da antiga Federação Carioca de Futebol, residente, hoje, em Brasília.
KIKE NO LANCE – O jogo foi em 18 de de setembro de
1968, pela Taça de Prata, como também chamava-se, na época, o Tornei Roberto
Gomes Pedrosa, um dos embriões do Brasileirão. Era noite de quarta-feira e o
Inter venceu, por 2 x 1, com o tento cruzmaltino marcado por Valfrido
“Espanador da Lua”, um centroavante muito alto. Paulinho de Almeida, ex-lateral
vascaíno das décadas-1950/1960, estava como treinador e escalou: Pedro Paulo;
Ferreia, Brito, Fontana e Eberval; Benetti e Buglê; Nado, Nei Oliveira (Adílson
Albuquerque),Valfrido e Silvinho.
O ex-árbitro José Mário Vinhas revela que por ser vascaíno, muitas vezes era acusado de prejudicar o Vasco para demonstrar a sua lisura e honestidade. Bela atitude a sua, diferente de outros, mais ilustres que não se incomodavam muito com isso. Apitavam e pronto...
ResponderExcluirEm meu comentário acima, os "mais ilustres" aos quais me refiro, não eram vascaínos.
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