Em 1998, Cassiano Ricardo Gobbet, Tomaz R. Alves e Martim Silveira criaram
o site www.trivela.com para divulgar o
futebol internacional, com foco principal no europeu. Depois, incluiu brasileiro. Próximo passo: o Guia da Liga dos Campões da Europa-2005/2006,
em forma de revista gráfica, lançada em setembro de 2005. Como o leitor gostou,
em fevereiro de 2006 veio uma nova publicação, a Copa´06, em seis edições, cinco
antes e uma depois do segundo Mundial de Futebol promovido pelos alemães –
antes de 2006, haviam promovido o de 1974.
Copa´06 mudou de nome, para Trivela, em setembro de 2006, com tiragem
semanal. Toda colorida, revirava o futebol de todo o planeta, sem esquecer de reviver grandes
fatos rolados nos gramados. Esteve nas bancas de revistas por 43 edições, com
68 páginas, tendo lançado, também, os guias da Liga dos Campeões europeus-2007/08
e 2008/09, bem como das Taças Libertadores da América de 2007/2008/2009, este
último integrando o Nº 36, em fevereiro de 2009.
Em termos de futebol internacional, foi a melhor cobertura já surgida nas
revistas brasileiras. “Placar”, a mais famosa, visitava o setor, mas sem tanta
profundidade como a trazida por Trivela. Em termos publicitário, no entanto, a publicação chegou
zerada, pois não se pode contar dois anúncios da casa, um na chamada segunda capa (o verso da capa),
e o outro na quarta capa (a contracapa das revista).
Mesmo com bons texto, diagramação, visual fotográfico e humor, Trivela
mandou avisar pelos seus primeiros números que não demoraria no mercado. Sempre
circulou com poucos anunciantes, e são estes que seguram uma publicação nas
bancas. Um exemplo claro foi chegar ao 14º número, em abril de 2007, prestigiada naquela edição por apenas três
marcas – Toyota, montadora automobilística; Só Futebol Brasil, vendedora de camisas
de clubes, e televisores LG, promovendo
o modelo Time Machine, com tela plana e a novidade do plasma – anúncios nas segunda,
terceira e quarta capas. Nenhum pelo miolo, fato repetido em setembro de 2008, quando
o nº 31 teve as mensagens da Asics, divulgando o “novo (tênis) gel-nimbus-10”; Só Futebol Brasil
(já citada) e Gillette, que tinha o jogador Kaká, do italian Milan, como garoto propaganda
na época em que a marca sueca vendia o modelo March-3 Turbo Victory.
Muito provavelmente, quando mandou às
bancas o nº 40, Trivela já intuísse que estaria vivendo as suas últimas publicações
gráficas, pois aquela, de junho de 2009, só trazia publicidades que mais se
assemelhavam a permutas: revista Sustenta, focada no meio ambiente e os canais
televisivos ESPN e Band Sports, exclusivo para desportistas. E foi o que deu. Pelo nº 43, o editor
executivo Caio Maia avisou aos leitores que eles estavam se despedindo do projeto
gráfico de Luciano Arnold e dos desenhos humorísticos e das ilustrações de João
Tiago. Trivela, que trouxe em sua primeira capa os presidentes do Brasil, Luís
Inácio Lula das Silva, e Ricardo Teixeira, da Confederação Brasileira de
Futebol — como Copa´06, o treinador Luís Felipe Scolari, o Felipão, foi capeiro
– sai de cena capeado por Kaká, já no espanhol Real Madrid, e tendo anúncios da
ONG Greenpeace (na segunda capa e também à página 3); da revista Sustenta (no
miolo) e da ESPN (contracapa). Antes
dela (terceira capa), a casa deixava telefone e e-mail para o leitor completar
a sua coleção que só não tinha o primeira guia, esgotado, coincidentemente, com
o mesmo Kaká na capa, mas como rubro-negro milanês.
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