Nº 1 com capa paulista |
Sem publicar editorial, a Gol FC fez duas edições
diferentes em sua estreia, uma com capa para o Rio de Janeiro e outra para São
Paulo, algo que “Placar” já fazia, para ficar bem, também, com torcedores, gaúchos
e mineiros. Em sua apresentação, o editorial chamado de “carta do leitor”, assinado por Marcos
Barrero, o diretor de redação, avisava
que a proposta chegava “pra ficar sua amiga” e que era revista feita com calor,
vibração e muita tesão pelo futebol”.
CONFERE!
A tentativa trouxe reportagens, artigos, muitas fotografias, historinhas em
quadrinhos e até coluna feminina, tudo colorido. Mas não conseguiu sair de um circuito
muito familiar às revistas esportivas da década 2000. As “foto cassetadas” –
coleção de imagens engraçadas e esquisitas – eram o que “Placar” fazia, de há
muito, seguida por “Lance”, bem como o
poster central, inaugurado pela primeira, com times posados ou atletas, e
imitado pela segunda que aproveitava o espaço para radiografar o homenageado, de várias
modalidades, o que GolFC também fez. Aliás, Manchete Esportiva já publicava
posters (ainda não havia a denominação vinda da língua inglesa) em suas páginas
centrais na década-1950, embora colocando muito texto junto à foto.
Outras repetições de fórmula antigas foram tabelas de campeonato e as colunas “Maria Chuteira” – gênero que a “Revista do Esporte” fazia pela Candinha no Esporte e a “Lance” com Mary Chute – e Prorrogação, tipo Apito Final da “RevEsp”. Mas eram bem modernizadas, com muitas fotos, como os tempos modernos exigiam.
Outras repetições de fórmula antigas foram tabelas de campeonato e as colunas “Maria Chuteira” – gênero que a “Revista do Esporte” fazia pela Candinha no Esporte e a “Lance” com Mary Chute – e Prorrogação, tipo Apito Final da “RevEsp”. Mas eram bem modernizadas, com muitas fotos, como os tempos modernos exigiam.
Como
todas as revistas, GolFC não deixou de ter a seção carta dos leitores, perguntas
de leitores a um algum ídolo da hora, não só da bola, e a página de humor, desenhada
por Gustavo Duarte – as historinhas em quadrinhos tiveram traços de Éber
Evangelista e de Alexandre Jubran e texto de Marcos Barrero, enfocando um fato
marcante do futebol brasileiro. Há, também, uma charge assinada por Fernando.
GolFC chegou aos dois últimos números
magrinha, com 36 páginas e tendo por anunciantes apenas Guitt´s Beer (cerveja);
Pânico Surf (material esportivo); Dalponte (chuteiras); Times do Coração
(relógios com escudos, anunciados por www.maisvantagens.com.br)
e Topper (bolas para futebol).
Pelas
edições anteriores, conseguiu peças de empresas com Nestlé (Pelé usando camisas
de vários times); Preserv (preservativo sexual); Olehh! (site esportivo); Empório
Alex e Trippyz (roupas de moda); Diauto (peças e equipamentos para motores
diesel); Beef Shopping; Saturno (lojas de facas, serras, rebolos); Eucafloor
(pisos laminados); Sol e Nova Schin (cervejas); JVC (aparelhos de som); Reiplas
(fios e cabos elétricos); Diadora (chuteiras); Visa (cartão de crédito); Tilibra
(cadernos escolares); Tudor (baterias
para automóvel); Ebicen (salgadinhos). Exército da Salvação (pedindo
doações) e Rádio Transamérica, o que pode ter sido permuta.
Embora tivesse prestigiado bandeirinha Ana Paula Oliveira como colunista
e feito matéria como a mulher, esta não teve tanta consideração da revista. Em
capas, só saiu em fotos pequenas – Ana Paula, Glenda Kozlowiski (jornalista e
ex-bodyboarder), Luize Altenhof (modelo e ex-surfista) e Núbia Oliveira (modelo.
A mulher só apareceu mais quando precisou socorrer a revista, em seus
finalmente, pela seção “Mulheraço e Cia”, em duas páginas bem sexy. Talvez, tenha chegado atrasado na bola. Não se antecipou ao lance, como as "Garotas do Placar".
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