Vasco

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domingo, 31 de janeiro de 2016

A PUBLICIDADE NAS REVISTAS ESPORTIVA BRASILEIRAS - RAPIDINHAS

 Pelo final de 1965, a carioca Edições Dado mandou para as bancas “Futebol e Outros Esportes”. Tirou quatro edições no período e foi para 1966, ano da Copa do Mundo da Inglaterra, acreditando que a expectativa pela conquista do tri faria o torcedor entusiasmar-se pela nova proposta que só tinha por concorrente, no Rio de Janeiro, a Revista do Esporte. O projeto era de circulação nacional, mas não chegou a 30 publicações.
 MOTIVOS DA RÁPIDA VISITA: jogou o mesmo jogo da Revista do Esporte, repetindo o seu tipo de matérias com atletas, dirigentes e esportes amadores. Criou uma página para noticiar o futebol dos outros estados, por notinhas, enquanto a concorrente abria entrevista para ganhar a simpatia estadual nas vendas avulsas. E, é claro, não faltou as cartas dos leitores e as perguntas respostas.
  Não faltou, evidentemente,  as cartas dos leitores e as perguntas e respostas. Mas saiu uma cópia piorada, tão mal planejada que não citava nem a data de lançamento de cada edição. Usou até um velho costume da Sport Ilustrado na década-1940, a divulgação de times de peladeiros de firmas, o que parecia "jabaculê". Resposta do mercado: apenas dois anúncios na primeira edição – Moreira Leite Esportes (loja de material esportivo) e Banco Colonial de São Paulo. Para não ficar tão devagar no lance, usou dois anúncios da casa para anunciar os seus produtos, que icluíam as (outras) revistas: Senha Social, Clube da TV, Foto-Piadas, Vamos Sambar, O Riso, Show de Palavras Cruzadas e Guia de Palavras Cruzadas.   
  
O ITEN PLANEJAMENTO trouxe uma bola foríssima na mesma edição de lançamento: matéria sobre a conquista da Taça Guanabara-1965, pelo Vasco da Gama, não tem um poster do time na página central, mas uma foto pequena dentro do texto. A Revista do Esporte usava e abusava do expediente, até se não houvesse título conquistado. Para um comércio, como o do Rio de Janeiro, repleto de portugueses apaixonados pelo Vasco, escancarar um fotaço do time vascaíno seria um bom caminho para ir atrás do anúncio dos “gajos”. Só quando lançou a nona edição publicou a foto dos cruzmaltinos. E só aderiu aos posters na página central na metade da sua caminhada, o número 15, quando a equipe canarinha já fazia amistosos pela Europa, a caminho de Liverpool, a sede de sua chave no Mundial.  
 POR SINAL, o pôster colorido de times na contracapa era um diferencial da revista que trazia capa dividida por jogadores de dois times. A número 1, por exemplo, trouxe Pelé e o flamenguista Fefeu, o que foi uma outra bola fora do ponto de vista promocional, pois o “Rei do Futebol” daria uma dimensão maior o espaço, e outro era apenas um bom jogador. Tentou-se, então, agradar à torcida rubro-negra, para tentar uma boa venda avulsa entre os cariocas.


Anúncio da casa com a mulher...
 A semanária trouxe, ainda, colunistas convidados e uma página entregue a Fritz, com charges inteligentes. Ainda não estava distante o tempo em que ele brilhara pela Manchete Esportiva, na segunda metade de década-1950. No entanto, nada do a revista que oferecia motivava o patrocinador. O  segundo número dois voltou a ter só dois anúncios – Todosports (loja de material esportivo) e geladeira Consul. Aumentou para seis no terceiro – D´A Colegial (loja de roupas), Las Vegas Country Clube, Metal Gráfica Wil , Joalheria Jaguaré (os quatro, miúdos) e repetiu Consul e Todosports.
... ajudando a vender
 EM TRÊS EDIÇÕES, apenas 10 anúncios que não podiam ser chamados de “peças”, por não apresentaram a necessária produção publicitária. Até o quarto número – Joalheria Jaguaré, Consul, Moreira Leite (trazia desenhos de situações futebolísticas em seu recado) e Mundo das Tintas, este foi o primeiro a comparecer produzido por agência, apresentando os seus personagens Mundeco e Mundeca.
 A revista só conseguiu um número razoável de patrocínios quando lançou dois números especiais enfocando a seleção canarinha e as histórias das Copas do Mundo. Totalizou 23 recados: – Facit (multinacional fundada em 1922 para vender coisas de escritórios); Superball e Todosports (lojas de artigos esportivos); J. de Almeida Lopes (vendas de ferro e máquinas usadas); Osmar Alves de Lima (venda de papel); J. Janér (fornecedora de papel da revisa, o que pode ter sido uma permuta); Volkslândia (auto mecânica); Casa Masson; Mundo das Tintas; Moreira Leite; Polar (loja de calçados); Globo (bolas de futebol) ; Casa Garson (loja de eletrodomésticos); Todosports; Esquina da Sorte Loterias; Consul; Empire Hotel-RJ; Balas Feliz Aniversário; Superball; Polar (divulgando os calçados Mário Gonzalez, em homenagem a um golfista) e Casa Oliveira Leite (louças) e Casa José Silva (loja de roupas, divulgando a camisa Epson).       

  

           

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